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Acessibilidade em museus

Como a tecnologia pode auxiliar o processo de inclusão?

Museu Nacional/UFRJ e AVICOM convidam pessoas de grupos sociais marginalizados para protagonizar o debate sobre o uso de ferramentas digitais

Entre 24 e 26 de agosto de 2021, um workshop on-line foi realizado pelo Museu Nacional/UFRJ com o objetivo de discutir o tema da inclusão e acessibilidade nos museus por meio do uso de ferramentas como as mídias digitais. Desta vez, a parceria internacional facilitada pelo Goethe-Institut se deu com o AVICOM, o Comitê Internacional para Audiovisual, Novas Tecnologias e Mídias Sociais do Conselho Internacional de Museus.

“Ao longo dos três dias, foram analisadas as possibilidade e os métodos de uso do audiovisual digital para reduzir barreiras e trazer os diferentes grupos da população brasileira para as atividades do Museu Nacional”, resume a museóloga Amanda Cavalcanti.

A abertura foi marcada por uma conversa franca sobre os desafios enfrentados pelas instituições no processo de se tornarem mais inclusivas, interativas e acessíveis de forma on-line. Foram promovidas reflexões sobre o que é necessário, o que é desejável e o que é supérfluo quando se trata do uso de mídias em museus. 

O segundo dia de debates foi o grande destaque do workshop. Indivíduos que fazem parte do público-alvo que o Museu Nacional/UFRJ pretende incluir neste esforço de reconstrução foram convidados a dividir suas experiências e expectativas. Em um primeiro momento, representantes do movimento negro, indígena e também do Museu da Imagem Intinerante da Maré apresentaram seus pontos de vista - eram eles: Clementino Junior, Tonico Benites e Francisco Valdean. 

“Ficou evidente em suas falas a importância de incluir pessoas desses grupos desde os momentos iniciais dos projetos, em uma estreita colaboração. Se queremos alcançá-los, temos que estabelecer estratégias de comunicação específicas” afirma Amanda.

Logo depois, o tema da vez foi acessibilidade. Participaram Felipe Monteiro e Isabel Portella, deficientes que trabalham na área cultural; além de Márcia Costa, responsável pela educação de jovens, adultos e idosos com deficiência cognitiva - público muitas vezes esquecido na criação de recursos acessíveis. 

“Aprendemos o quão complexo é desenvolver essas soluções, mas também como as novas tecnologias e as novas mídias são instrumentos que impactam positivamente a experiência do público com deficiência nos museus”, conclui a museóloga. 

No terceiro e último dia, os participantes iniciaram um documento colaborativo, a partir de três perguntas que resumem os pontos mais importantes do encontro:

1. Como os museus podem se tornar mais inclusivos para grupos sociais historicamente marginalizados? Como podemos motivar pessoas de grupos historicamente marginalizados a cooperar com museus?

2. Quais são as principais recomendações de acessibilidade que os museus deveriam levar em conta atualmente?

3. Quais questões deveriam ser levadas em conta ao usar mídias sociais, audiovisual e novas tecnologias para inclusão e acessibilidade em museus? 

Durante a Conferência de Museus Rio de Janeiro 2022, que será realizada nos dias 3 e 4 de junho no, todas as ideias compartilhadas na dinâmica serão apresentadas, e um novo documento será redigido com boas medidas de inclusão e acessibilidade em museus. 
 

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