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Mostra nos tapumes do Museu Nacional

Mostra apresenta temas que nortearão os espaços expositivos do Museu Nacional/UFRJ quando reaberto

Die Werke, die in einer virtuellen Ausstellung und an den Zäunen rund um den Bau in Quinta da Boa Vista präsentiert werden, sind in drei Hauptthemen unterteilt: Bedeutung der Wissenschaft, Vielfalt und Weltgeschichte

Um incêndio de grandes proporções consumiu, em 2018, o palacete do Museu Nacional/UFRJ e grande parte de seu acervo, mas não a relação estreita que essa importante instituição construiu com seu público ao longo de mais de dois séculos. Desde o trágico incidente, como demonstração de solidariedade, frequentadores passaram a enviar para o museu cartas, desenhos, poesias e outras formas de acolhimento em diferentes plataformas artísticas. Assim surgiu a ideia de transformar este novo vínculo em uma mostra, que pode ser acessada no site do Goethe-Institut Rio de Janeiro. Por um período, as obras também foram expostas nos tapumes que cercam a área em reconstrução no Paço de São Cristóvão.  

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“Queremos ouvir as pessoas para entender suas expectativas e saber o que está no imaginário de cada uma delas quando se fala sobre a reconstrução do Museu”, explica Amanda Cavalcanti, museóloga que assina a curadoria.

A partir da pergunta “O que você sonha para o Museu Nacional/UFRJ?”, uma ação cultural foi promovida em parceria com o Goethe-Institut e incentivou o envio das obras, que estão na mostra. Cada arte ou poesia segue um de três eixos propostos: A importância da ciência em nossas vidas; O que nos une e nos diferencia socialmente; e Nossa geodiversidade e biodiversidade. São estes os grandes temas que serão trabalhados a longo prazo nos novos circuitos expositivos que serão abertos com a reinauguração do museu de história natural e de antropologia.

Cada um deles parte de uma reflexão. O primeiro traz à tona o legado, questionando o que seria importante para as futuras gerações verem no Museu Nacional/UFRJ. Além de revelar como as pesquisas científicas são produzidas por lá, o intuito é fazer o público pensar na importância da ciência e em como ela está presente em diversos momentos do nosso dia a dia – especialmente em tempos que este assunto vem sendo constantemente colocado em pauta.

“Hoje, mais do que nunca, o fazer voltado para o conhecimento científico e natural é essencial para a preservação da humanidade, visto que a história dos extermínios se repete deixando marcas”, afirma a artista carioca Lucia Lopes Meneghini, autora da pintura “Natureza Morta” e a série de fotografias “Crânio Tupi”, ambas selecionadas.

Atento aos movimentos que ganham espaço mundo afora, o segundo eixo foca na construção de um mundo plural. “Quantos meninos adolescentes e negros se encontram representados em grandes museus desse país?”, questiona Bê Sancho. Segundo ele, sua pintura a óleo com fitas do senhor do Bonfim batizada de “O Menino do Pelô” quis trazer pertencimento para jovens marcados pela estética da violência. Essa perspectiva dialoga perfeitamente com o objetivo do eixo temático: provocar uma reflexão sobre a sociodiversidade humana, estimulando sempre o respeito às diferenças.

Para finalizar, o Museu Nacional/UFRJ não poderia deixar de falar sobre a origem do Universo e da vida, o estudo da Terra pelas ciências e a importância da sua conservação. Aqui, o público volta a ter contato com o saudoso acervo de História Natural a fim de observar e interagir com a grande diversidade natural do nosso país e do nosso planeta.

“Eu sonho com um Museu reconstruído por fora e por dentro, cheio de uma coleção biodiversa, cheio de cientistas fazendo pesquisa, cheio de professores compartilhando conhecimento e de alunos pensantes, cheio de crianças e visitantes curiosos”, deseja a artista Beatriz Neves, de São Gonçalo, resumindo os votos que todos nós temos para o futuro espaço.

Ao todo, 65 pessoas de diferentes regiões do Brasil se inscreveram com trabalhos artísticos como colagem, desenho, foto, ilustração, poesia e produção gráfica. “Estas obras abrem um diálogo e ajudam a direcionar a nossa própria criação”, conclui a museóloga Amanda Cavalcanti.

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