O século das mulheres

A área de prevenção é provavelmente o setor que tem feito menos progressos em termos de política pública.

Mulheres de diferentes setores promovem iniciativas que, de alguma forma, preenchem as lacunas deixadas pelas instituições.

Na Argentina, os feminismos conseguiram se tornar onipresentes nas agendas cultural, política e midiática. Sua força está na trama social como parte da voz pública.

A luta pela igualdade de gênero é inseparável da luta contra o racismo – no Brasil, muita coisa ainda precisa ser mudada.

Durante o confinamento, o que acontece por trás das portas fica por ali, escondido, irrelevante. Irrelevantes mulheres agredidas, violentadas e assassinadas.

Quando a pandemia se instala, as desigualdades preexistentes atingem uma visibilidade dramática. Isso significa uma sobrecarga maior para as mulheres.

Em nossa aparente liberdade coexiste a violência, que continua visando especificamente os corpos das mulheres.

Acreditava-se que, no Paraguai, houvesse um matriarcado, por causa da imensa contribuição das mulheres para as famílias e porque elas reergueram duas vezes o país.