Como conciliar relacionamentos, filhos e trabalho? Ainda hoje, atividades de cuidar de filhos ou parentes continua sendo atribuída às mulheres, seguindo um modelo clássico de divisão de tarefas entre os gêneros. Na sociedade alemã, contudo, há muitas mulheres que criam sozinhas seus filhos. E também comuns são as famílias patchwork, formadas por filhos de relacionamentos anteriores, bem como relações queer, trans ou poliamorosas. Quais formas de convivência são adequadas aos tempos atuais?
Homem, mulher – e mais nada? Quem não se sente confortável em nenhuma dessas categorias gera perplexidade. O feminismo de hoje aposta na diversidade e pergunta: a diferença entre homens e mulheres precisa ser tão rígida assim? Essas categorizações de gênero não acabam por nos oprimir?
“Se queremos ter filhos ou não, decidimos nós mesmas”: a soberania com relação ao próprio corpo foi, durante muito tempo, uma das reivindicações feministas mais importantes. E continua sendo, embora em meio a outras circunstâncias. Hoje podem ter filhos pessoas que teriam sido privadas disso antigamente. Ao mesmo tempo, é possível detectar, bem no início de uma gestação, a existência de anomalias genéticas. Qual é a relação entre a ética da reprodução e o progresso tecnológico? Seis personalidades da vida cultural alemã dão suas opiniões pessoais a respeito.
Sou gorda demais, velha demais, não sou suficientemente bonita? Imagens de uma feminilidade idealizada pululam diariamente à nossa frente, nos deixando inseguras e confirmando modelos tradicionais que reduzem as mulheres à aparência. Debates feministas contrapõem a essas imagens estratégias de empoderamento e autoafirmação da mulher.
Numa época em que correntes populistas de direita vão se tornando aceitáveis na sociedade, o feminismo empenha-se cada vez mais pelo antirracismo e em prol da integração das pessoas não-brancas. Não apenas porque as mulheres cuja cor da pele não é branca ou aquelas que usam lenços muçulmanos são atingidas de outra forma pelo sexismo que as brancas ocidentais, mas também porque o clichê racista do “estranho perigoso de pele escura” vem sendo cada vez mais instrumentalizado.