De quais competências digitais os educadores precisam hoje?
É certo que todos nós vivemos em um mundo no qual as mídias digitais desempenham um importante papel. Nós nos comunicamos, nos informamos, consumimos e nos divertimos na Internet e nas mídias sociais. No mundo do trabalho, as mídias digitais são obrigatórias, mas ainda há discussões controversas sobre o seu uso na escola.
A política alemã acabou de decidir a realização de grandes investimentos na área das mídias digitais nas escolas. O que torna ainda mais urgente a questão sobre como os professores devem lidar com esse tema no futuro.
PACTO DIGITAL ESCOLAR
Com o chamado DigitalPakt Schule aprovado pelo parlamento alemão com um orçamento de 5 bilhões de Euros, as escolas da Alemanha logo estarão melhor esquipadas. As classes devem ser equipadas com wi-fi, novos laptops e lousas interativas. A “aprendizagem colaborativa” deve ser estimulada por meio de plataformas on-line.Mas o Ministério também sabe: “Nenhuma mídia sozinha gera boa educação.” Aqui dependemos de novo dos educadores que “[devem] ser bem qualificados para poderem usar as mídias digitais e ensinar competências digitais.”
Se digitarmos a expressão “competência digital professores” em uma ferramenta de busca, como por exemplo, no Google, veremos entre 750.000 e 2,8 milhões de páginas sugeridas. Como podemos no orientar, então?
QUADRO EUROPEU DE COMPETÊNCIA DIGITAL PARA EDUCADORES
A Comissão Europeia publicou em 2017 o „Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores“ Ele está disponível em inglês e foi agora traduzido para o alemão pelo Goethe-Institut.Quadro Europeu de Competência Digital para Educadores
“O quadro europeu de competência digital para educadores serve para que educadores determinem sua competência atual na área digital e assim possam definir sua necessidade pessoal de cursos de formação complementar. Além disso, ele também informa quais competências digitais devem ser transmitidas aos cidadãos do futuro. (...) O fato de que, em um mundo cada vez mais digital, educadores também devem se adequar às novas circunstâncias deveria ser evidente. Todavia, no caso da maioria das competências a serem adquiridas, não se trata de uma nova metodologia de ensino, mas a própria imagem tradicional do professor é, com isso, questionada. Isso representa, para muitos educadores, um primeiro obstáculo a ser superado. Somente quando ele tiver sido superado e surgir a curiosidade em relação ao novo e a disposição para lidar com ele, o processo de aprendizagem pode ser iniciado. Para se atingir esse estágio, é absolutamente necessário que o educador tenha consciência de que se trata de uma educação moderna para a próxima geração e para o futuro da sociedade e que não se pode rejeitar mudança da sociedade."
Demanda-se dos educadores, portanto, que eles avaliem e estruturem suas competências digitais.
AS ÁREAS DE COMPETÊNCIA DO DIGCOMPEDU
O DigCompEdu distingue três áreas de competência para educadores no campo digital:- a competência profissional do educador
- a competência pedagógica do educador e
- as competências dos aprendentes.
A fim de facilitar a autoavaliação, são sugeridas descrições motivadoras de papéis para os seis diferentes níveis de competência que se baseiam nos seis níveis (A1/A2/B1/B2/C1/C2) do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECRL):
Recém-chegados (A1) tiveram até então apenas pouco contato com mídias digitais e necessitam de ajuda para ampliar seu repertório de estratégias digitais.
Exploradores (A2) já descobriram as mídias digitais para seu uso pessoal e começaram a utilizá-las no campo profissional, no entanto, sem uma abordagem ampla ou consistente.
Integradores (B1) utilizam as mídias digitais em diversos contextos com diferentes finalidades. Eles desenvolvem continuamente suas estratégias digitais para poderem reagir melhor em diferentes situações.
Especialistas (B2) utilizam uma grande variedade de mídias digitais de forma competente, criativa e crítica. Eles ampliam continuamente seu repertório de práticas digitais.
Líderes (C1) têm um amplo repertório de estratégias digitais flexíveis, abrangentes e efetivas. Eles são fonte de inspiração para outros.
Pioneiros (C2) questionam, como especialistas na área, a adequação de práticas digitais e didáticas usuais. Eles desenvolvem estratégias de ensino digitais novas e inovadoras e são um modelo a ser seguido por outros educadores.
Exploradores (A2) já descobriram as mídias digitais para seu uso pessoal e começaram a utilizá-las no campo profissional, no entanto, sem uma abordagem ampla ou consistente.
Integradores (B1) utilizam as mídias digitais em diversos contextos com diferentes finalidades. Eles desenvolvem continuamente suas estratégias digitais para poderem reagir melhor em diferentes situações.
Especialistas (B2) utilizam uma grande variedade de mídias digitais de forma competente, criativa e crítica. Eles ampliam continuamente seu repertório de práticas digitais.
Líderes (C1) têm um amplo repertório de estratégias digitais flexíveis, abrangentes e efetivas. Eles são fonte de inspiração para outros.
Pioneiros (C2) questionam, como especialistas na área, a adequação de práticas digitais e didáticas usuais. Eles desenvolvem estratégias de ensino digitais novas e inovadoras e são um modelo a ser seguido por outros educadores.
INSTRUMENTOS PARA A AUTOAVALIAÇÃO
Existe um teste para uma rápida autoavaliação, o DigCompEdu Quick Check, o qual até agora só está disponível em uma versão mais antiga em alemão. Uma versão mais atual está sendo finalizada.
O SELFIE é uma ferramenta gratuita, amigável e adaptável para ajudar as escolas a avaliarem seu nível atual quando se trata do aprendizado na era digital. A ferramenta coleta, de forma anônima, as visões de alunos, professores e diretores escolares sobre a forma como as tecnologias são utilizadas em sua escola.
OFERTAS PARA PROFESSORES DE ALEMÃO COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA EM ESCOLAS NO EXTERIOR
Como o Goethe-Institut promove as competências digitais dos professores de alemão no exterior? Dois exemplos:DIP IN SOE
O projeto promoveu, no período de 2015 a 2017, a aprendizagem e o ensino baseados em mídias em escolas no sudeste da Europa. Sob o mote “digital-interkulturell-projektorientiert (DIP)" [digital-intercultural-voltado para projetos], surgiram, no decorrer desses três anos, na Bulgária, Bósnia e Herzegovina, Grécia, Croácia, Romênia e Sérvia, centros de competência e formação nos quais professores qualificados (multiplicadores de DaF – alemão como língua estrangeira – e mídias) apoiam e formam seus colegas na área de aula multimídia. O objetivo do projeto era a introdução de um modelo de aula baseado em mídias em um total de 12 escolas-piloto.
EDDU
Você encontra mais informações sobre o EDDU aqui.