A cada dois meses, uma dobradinha de filmes alemão e francês ocupa a Cinemaison, uma parceria entre o Consulado da França/Institut Français e o Goethe-Institut
No dia 23 de julho, acontecerá a primeira edição do Cineclube Franco-Germânico no Cinemaison, uma parceria entre o Consulado da França/Institut Français e o Goethe-Institut. Uma dobradinha de filmes das duas nacionalidades será exibida pelo cineclube, entorno de uma temática definida para cada encontro pela curadora Andrea Ormond, responsável pela seleção e apresentação da programação dessas diferentes noites. As sessões acontecerão de dois em dois meses: 23/07, 11/09 e 13/11. O primeiro filme será exibido às 18h; o segundo, às 20h. Três encontros, seis filmes.
“Teremos sempre um longa-metragem francês e um longa-metragem alemão, não necessariamente nessa ordem. A ideia é fazer um panorama das cinematografias de dois países que impactaram a alma do cinema. Para a curadoria, escolhi três tremas que dizem muito sobre o oceano de possibilidades. No cômputo geral, servem para aguçar a curiosidade, fazer do nosso cineclube uma casa acolhedora. Aberta para as criações que ainda transformam o cinema em uma inesgotável novidade”, afirma Andrea Ormond.
Em
23/07, diretoras mulheres e completamente diferentes entre si: Margarethe von Trotta, com “Die Bleierne Zeit” (1981), e Claire Denis, com “Trouble Every Day” (2001). Uma introvertida; a outra, gore. São a prova de que a diversidade é muito maior do que supõe a filosofia, embora comunguem do mesmo sexo e do mesmo século.
Em
11/09, a sagrada família. Gente feliz ou nem tanto assim. Olivier Assayas revira um baú de ossos e de fantasmas familiares, em “L'Heure D'Été” (2007). Pouco depois, “Tod den Hippies!! Es lebe der Punk” (2015), de Oskar Roehler. Às vezes repugnante, mas sempre criativo, na Berlim Ocidental dos anos 1980.
Completando o panorama, em
13/11, os cem anos do término da Primeira Grande Guerra. O clássico “Westfront 1918” (1930), de Georg Wilhelm Pabst, abre a sessão. Um libelo pacifista, cruento, há pouco mais de uma década do conflito. “Cessez Le Feu” (2016), de Emmanuel Courcol, demonstra os cotidianos alterados, a poesia delicada de vidas que se perderam.
Andrea Ormond é pesquisadora, curadora e crítica de cinema. Autora da trilogia de livros "Ensaios de Cinema Brasileiro – Dos Filmes Silenciosos ao Século XXI". Mantém, desde 2005, o blog Estranho Encontro, exclusivamente sobre cinema brasileiro. Colabora na Folha de São Paulo e na revista Cinética, tendo participado das revistas Filme Cultura, Rolling Stone, Teorema e dezenas de coletâneas e catálogos de mostras. Desde 2017, é também curadora da Curta Circuito - Mostra de Cinema Permanente.
Programação da #edição1:
Às 18h:
OS ANOS DE CHUMBO
Die Bleierne Zeit (Alemanha, 1981).
De Margarethe von Trotta. Com Barbara Sukowa, Luc Bondy, Doris Schade. 110´.
Juliane (Jutta Lampe) e Marianne (Barbara Sukowa) são filhas de um pastor protestante. Elas se afastam da severidade religiosa de seus pais para lutar pelos direitos das mulheres. Enquanto Juliane se torna uma jornalista engajada, sua irmã faz parte de uma organização terrorista. Quando Marianne é presa, Juliane decide ajudar a irmã, apesar das diferentes opiniões sobre como viver.
Às 20h:
DESEJO E OBSESSÃO
Trouble Every Day (França, 2001).
De Claire Denis. Com Tricia Vessey, Béatrice Dalle, Alex Descas. 100´.
Shane (Vincent Gallo) e June (Tricia Vessey) casaram-se recentemente e estão em plena lua-de-mel em Paris. Shane é um homem atormentado por ter um grande apetite sexual e, por causa disto, decide procurar seu velho conhecido Léo Semeneau (Alex Descas), um médico com quem trabalhou em experiências sobre a libido humana. O Dr. Semeneau está atualmente à procura de Coré (Béatrice Dalle), sua esposa, que era mantida presa no quarto mas fugiu recentemete. Shane decide ajudá-lo e acaba encontrando-a, agachada sobre um rapaz ensanguentado e cheio de mordidas.
LOCAL: Cinemaison
ENTRADA FRANCA
Ingressos disponíveis para retirada a partir das 17h
- Sujeito a lotação da sala -
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