Exposição Raíz invisível

Exposição Koffi Mens © Goethe-Institut e. V.

sáb, 03.09.2022 -
6ª, 28.10.2022

Galeria do Goethe-Institut/ICBA

Exposição individual de Koffi Mens, nascido no Togo e radicado em Burkina Faso, um dos atuais residentes do Programa de Residência Artística Vila Sul.

Nas obras expostas, o artista explora as semelhanças entre o Vodoun da África e o Candomblé da Bahia através de retratos tecidos em lona. Koffi Mens, artista visual autodidata, nasceu em Lome, Togo, em 1982. Quando jovem, Koffi Mens desenvolveu paixão pela arte visual em todas as suas dimensões. Assim, absorveu vários treinamentos e workshops de desenho. Com o entusiasmo de adquirir mais conhecimentos, ansioso por satisfazer a sua alma e realizar o seu sonho, o rapaz, então com 17 anos, iniciou uma longa jornada cheia de aventuras e deixou o seu país, o Togo, para se submeter a muitos workshops de formação em Acra, Abidjan, Niamey e Cotonou.

Além das influências de seus mentores ou anciãos, como Ousman Sow, do Senegal, e El Anatui, do Gana, Koffi Mensah é inspirado por uma nova técnica relevante emprestada da natureza, criando as artes figurativas e os retratos. Ele afirma para o mundo que se liberta de todas as teorias dogmáticas. Ele sempre reflete a relação íntima de sua arte e vive de acordo com ela. Hoje, Koffi Mensah é uma pessoa espiritual e acredita que o instinto tem um impacto muito forte na sua produção. Realizou várias obras de arte institucionais, como o retrato do primeiro presidente de Burkina Faso, Maurice Yameogo, com quatro metros de altura.
 
“A arte é um meio multidimensional de imersão, sendo um artista que assume riscos, passei o tempo fazendo declarações políticas, sociais e culturais.
Durante esta residência no Brasil, que me foi concedida pelo Goethe-Institut Salvador-Bahia, fui tocado por um assunto tão vasto quanto a espiritualidade afro-brasileira.
 
Para mim, a arte não trata apenas de beleza ou de estética. Minha abordagem tira sua força das cordas do ativismo.
 
Portanto, para começar, convido-os para uma viagem, uma viagem ao passado. 
Estamos entre o século 16 e o século 18, os africanos que foram desenraizados de sua pátria, alguns dos quais acabaram em outros lugares e a maioria deles acabou no Brasil, passaram gerações trabalhando para servir e desenvolver a terra do 'mestre'.
 
Os negros não haviam decidido seu destino no Brasil, explorados ao extremo sob o jugo do traidor de escravos, em total desordem, voltaram-se para os deuses de seus antepassados (os Vodoun) enquanto aceitavam com força a religião do mestre (o catolicismo) essa fusão religiosa é chamada Candomblé. Vodoun é celebrado por milhões de seguidores ao redor do mundo e se baseia nos quatro elementos do cosmos: água, ar, fogo e terra.
 
É uma religião nascida do encontro dos cultos tradicionais dos deuses iorubás e das divindades Fon e Ewe.
 
Há muitas semelhanças entre o Vodoun da África e o Candomblé daqui através das formas de culto ao ritmo folclórico e a abnegação de seus seguidores.
 
Esta religião não tem nada a ver com bruxaria ou magia negra. É uma prática religiosa que consiste em adorar o Deus criador, abaixo do qual estão outros deuses inferiores que servem como intercessores para que o homem chegue a Deus Todo-Poderoso.
Uma intercessão na qual os seguidores do Vodoun africano e do Candomblé acreditam firmemente.”

Koffi Mens
 
 
Serviço:
Abertura: 03/09, 15h
Exposição: 05/09 até 28/10, 09h às 18h
Gratuito
Galeria do Goethe-Institut Salvador-Bahia
Classificação: Livre

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