Filmes Mostra de Cinema Europeu comemora 14ª Semana da Europa

Semana da Europa 2018 © Edvaldo Oliveira

5ª, 10.05.2018 -
5ª, 17.05.2018

Sala Walter da Silveira

Goethe-Institut, Aliança Francesa e Instituto Cervantes promovem a programação em Salvador, reunindo filmes de diversas nacionalidades
 
Realizada pela Associação dos Institutos Culturais, Embaixadas e Consulados de Países Membros da União Europeia (EUNIC Brasil) e pela Delegação da União Europeia no Brasil, a Semana da Europa chega à sua 14ª edição com uma programação cultural intensa em 13 capitais brasileiras. Em Salvador, as atividades se desenvolvem numa parceria entre o Goethe-Institut, a Aliança Francesa e o Instituto Cervantes, apresentando a Mostra de Cinema Europeu, este ano com o tema “Democracia”, que reúne 14 filmes de diferentes países, de 10 a 17 de maio, na Sala Walter da Silveira, com entrada franca.
 
A Mostra do Cinema Europeu percorrerá 11 cidades, exibindo raridades que dificilmente entrariam no circuito comercial. Na capital baiana, são obras da Alemanha, Áustria, Chipre, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, França, Hungria, Itália, Irlanda, Países Baixos, Portugal, República Checa e Suécia.
 
“A democracia é um dos valores estabelecidos pela União Europeia e compartilhados pelos 28 Estados membros. Procuramos fortalecer esse valor essencial, trazendo a experiência europeia para o povo brasileiro”, explica o Embaixador da União Europeia no Brasil, João Cravinho. “Esse é o sentido de toda a programação da Semana da Europa. Queremos mostrar aos brasileiros que pode haver união na diversidade e que é possível exercer a democracia representativa mesmo com realidades diferentes”, completa Cravinho. A Semana da Europa faz parte das comemorações do Dia da Europa, celebrado em 9 de maio, data da assinatura da Declaração Schuman, considerada o início do que hoje é a União Europeia.
 
Toda programação pode ser consultada em www.semanadaeuropa.org.
 
SERVIÇO
Mostra de Cinema Europeu – Democracia

Quando: 10 a 17 de maio, horários variados
Onde: Sala Walter da Silveira (Rua General Labatut, 27 – Barris)
Entrada franca
 
“23F. O filme” (23-F. La película), de Chema de la Peña (Espanha, 2011)
Gênero: Drama, história
Quando: 10 de maio (quinta-feira), 19h
Sinopse: O fracassado golpe de estado de 23 de fevereiro de 1981, que começou com a apreensão do Congresso dos Deputados e terminou com a libertação dos parlamentares, colocou a democracia espanhola em grande risco. Enquanto Tejero e seus homens mantinham os deputados como reféns, o Rei, de seu escritório, tentou conter o exército e organizar as forças civis. No meio, um quadro complexo onde Milans e Armada moviam as cordas. Na parte de trás do palco, a Espanha vivia no rádio e na televisão. “23F” é a história de três golpes: o de Milans, o de Armada e o de Tejero. O golpe falha quando Tejero começa a entender que foi usado.
 
“O Bockerer IV – Primavera de Praga” (Der Bockerer IV- Prager Frühling), de Franz Antel (Áustria, 2003)
Gênero: Drama político
Quando: 11 de maio (sexta-feira), 15h
Sinopse: O açougueiro Karl Bockerer de Viena, que já foi protagonista em três outros filmes da história da Áustria, vai casar no ano 1968 com a sua empregada Anna. Ele é convidado pelo filho adotivo à cidade de Praga, na ex-República Tchecoslováquia, para passar a lua de mel. O plano do filho de abrir uma filial do açougue e a “Primavera de Praga” na época do comunismo causam muitos problemas e confusões para a família Bockerer, e quando as tropas Soviéticas tomam posse do país, a família quer voltar com urgência para Viena. Mas primeiro eles têm de tirar o filho da prisão.
 
“O atirador” (Skytten), de Annette K. Olesen (Dinamarca, 2013)
Gênero: Thriller político
Quando: 11 de maio (sexta-feira), 18h
Sinopse: “O atirador” é um filme de viés político no qual Copenhague se encontra sitiada por um atirador inteligente e determinado. No drama, o novo governo dinamarquês, contrariamente às suas promessas eleitorais, anuncia extração de petróleo na Groenlândia. Isso gera uma violenta reação pública frente aos novos planos que prejudicam o meio ambiente. O pesadelo da democracia se transforma em uma realidade assustadora – e agora um atirador está em liberdade nas ruas de Copenhague.
 
“A universidade perdida, Vincennes” (Vincennes, l’université perdue), de Virginie Linhart (França, 2016)
Gênero: Documentário
Quando: 12 de maio (sábado), 15h
Aberta a todos, a universidade de Vincennes, criada no outono de 1968 e destruída em 1980, encarnava a possibilidade de outro sistema de ensino. Entre nostalgia e reflexão, este documentário homenageia uma história esquecida. Na floresta de Vincennes, antigamente, existia uma universidade revolucionária. Em maio de 1968, iniciou seu legado e, durante 12 anos, Vincennes cresceu, se agitou, incomodou, atraindo os melhores professores do país: Michel Foucault, Gilles Deleuze, Hélène Cixous, ou ainda Jacques Rancière. “A floresta que pensa” se torna um lugar de referência, misturando militância e aprendizagem. As lutas são cotidianas. Mas este caos alegre se encontra enfraquecido por histórias de drogas, pretexto ideal para destruir os prédios de Vincennes no verão de 1980. Então, o que sobra destes 12 anos efervescentes?
 
“Se não nós, quem?” (Wer, wenn nicht wir), de Andres Veiel (Alemanha, 2010/2011)
Gênero: Drama, biografia
Quando: 12 de maio (sábado), 18h
Sinopse: No início dos anos 1960, em meio à atmosfera da Alemanha Oriental, Bernward Vesper (August Diehl) conhece e se apaixona pela colega de universidade Gudrun Ensslin (Lena Lauzemis). Filhos de pais com papéis importantes no governo Hitler, o casal, ativista político, abre uma pequena editora, causando polêmica logo no primeiro trabalho, quando Bernward dá continuidade a algo começado pelo pai, Will Vesper, autor famoso cuja obra foi usada pelo nazismo. Contrários ao conformismo da sociedade alemã, os jovens unem forças com escritores e demais ativistas, fazendo parte do movimento que tomou proporções globais: “Se não nós, quem, se não agora, quando?”.
 
“Sangue nas águas” (Szabadság, szerelem), de Krisztina GODA (Hungria, 2006)
Gênero: Drama, guerra, histórico, romance
Quando: 13 de maio (domingo), 15h
Sinopse: Uma nação cujo sonho de liberdade foi devastado encontra seu rival em um campo de batalha diferente neste filme inspirado em uma história real. “Sangue nas águas” celebra a heroica Revolução Húngara de 1956 que se passa em Budapeste e nos Jogos Olímpicos de Melbourne em outubro e novembro daquele ano. Enquanto tanques soviéticos arrasavam seu país, a equipe húngara de polo aquático vencia os soviéticos na disputa mais violenta da história.
 
“A máfia mata só no verão” (La mafia uccide solo d’estate), de Pif (Pierfrancesco Diliberto) (Itália, 2013)
Gênero: Comédia, drama
Quando: 13 de maio (domingo), 18h
Sinopse: Ambientado na Sicília contemporânea, o filme é o conto tragicômico da vida de Arturo, que desde jovem cruza o caminho da máfia. Ele é uma criança particularmente sensível às peculiaridades que ocorrem diariamente na sua cidade e sofre o mesmo destino de todos os jovens jornalistas e ativistas que enfrentaram a verdade de frente e que muitas vezes se tornam vítimas da máfia. A partir da vida pessoal do protagonista e de sua banal historieta de amor, o filme visa mostrar a organização criminosa não apenas como uma entidade marginal da sociedade do sul da Itália, mas como um organismo que se infiltra em todos os aspectos da vida dos habitantes desta região e na cultura coletiva.
 
“Vox Populi” (Vox Populi), de Eddy Terstall (Países Baixos, 2008)
Gênero: Comédia, sátira política
Quando: 14 de maio (segunda-feira), 15h
Sinopse: Jos Fransen é um político veterano que enfrenta uma crise de meia-idade. Ele é o líder do partido de esquerda Rood-Groen, mas ultimamente o partido não está indo bem nas pesquisas. Sua filha Zoë começa a namorar com o policial militar Sjef. O pai de Sjef, Nico, é um autêntico vendedor de carros de Amsterdam que odeia políticos. Através dos olhos de Sjef e Nico, Jos está começando a perceber como “as pessoas” enxergam a política. Inspirado por Sjef, Nico e Savo (o cunhado iugoslavo de Sjef), Jos Fransen começa a incluir ideias mais populistas no seu, anteriormente, partido politicamente correto e começa a subir nas pesquisas de opinião. Isso é tudo para aborrecimento de seus colegas elitistas do partido.
 
“A história da linha verde” (The story of the green line), de Panikus Chrissanthou (Chipre, 2017)
Gênero: Drama
Quando: 14 de maio (segunda-feira), 18h
Sinopse: Uma história na “linha verde” de Nicósia, onde um muro de barricadas e arame farpado divide uma cidade e um país. Após a guerra, vizinhos que viviam em harmonia se tornaram inimigos. Um soldado cipriota grego e um soldado cipriota turco guardam seus postos em lados opostos da linha e fazem um acordo para visitar suas antigas vilas. Uma jornada perigosa com motivos secretos, mas que prova que muros não podem dividir amizades verdadeiras.
 
“Em nome da paz: John Hume na América” (In the Name of Peace: John Hume in America), de Maurice Fitzpatrick (Irlanda, 2017)
Gênero: Documentário
Quando: 15 de maio (terça-feira), 15h
Sinopse: Explorando a campanha de décadas do vencedor do Prêmio Nobel, John Hume, para garantir a paz na Irlanda do Norte, Maurice Fitzpatrick revela como Hume, inspirado por Martin Luther King e emergindo das ruas revoltantes da Irlanda do Norte, recrutou um exército de importantes Chefes de Estado para a causa. Narrado por Liam Neeson com música por Bill Whelan (Riverdance), este documentário de longa duração inclui entrevistas com os presidentes Clinton e Carter, senadores e congressistas dos EUA, bem como líderes irlandeses e os primeiros-ministros britânicos Tony Blair e John Major. Em um momento de instabilidade política, este é um filme oportuno que examina a liderança constante, a importância da democracia e a cooperação internacional.

“Protetor” (Protektor), de Marek Najbrt (República Tcheca, 2009)
Gênero: Drama
Quando: 16 de maio (quarta-feira), 15h
Sinopse: Um jornalista Tcheco se junta a uma estação de rádio de Praga que transmite propaganda nazista, a fim de proteger sua esposa judia. No entanto, uma vez que o domínio nazista sobre a Tchecoslováquia pede mais e mais colaboração, seu relacionamento com sua esposa vai por água abaixo.
 
“Palme” (Palme), de Maud Nycander e Kristina Lindström (Suécia, 2012)
Gênero: Documental
Quando: 16 de maio (quarta-feira), 18h
Sinopse: Em 1986, o Primeiro Ministro da Suécia, Olof Palme, foi baleado abertamente nas ruas de Estocolmo. Naquela noite de fevereiro, a Suécia transformou-se. O filme “Palme” trata sobre sua vida, tempo e a Suécia que ele criou. É sobre um homem que mudou a história. Durante a sua vida, Palme foi transportado dos enredos da classe alta para tomar o seu lugar entre os democratas socialistas. Foi um menino do escalão dos privilegiados que acabou criando a sociedade mais igualitária do mundo. O habilidoso político dirigido pela sua paixão à justiça social. O orador ardente que achava inspiração nos contos infantis de dormir. O democrata persuasivo que incitou os EUA a convocar o seu embaixador de volta para a Suécia. Admirado e odiado além do paralelo. Nem antes nem depois dele houve políticos parecidos. Com Olof Palme, um país tão pequeno como a Suécia afetou a política internacional de alto nível. O jovem Olof Palme era brilhante, atraía homens e mulheres. Cheio de entusiasmo, ele viajou o mundo inteiro e criou impressões, também influenciando a história. O mundo estava aos seus pés. Possibilidades. Visões. Vontade de transformar. Esse filme sobre Olof Palme é uma viagem no tempo, em imagens e experiências.
 
“Circus Fantasticus” (Circus Fantasticus), de Janez Burger (Eslovênia, 2010)
Gênero: Drama, guerra
Quando: 17 de maio (quinta-feira), 15h
Sinopse: Quando cessam os estrondos da guerra, Stevo perambula pelos escombros do que um dia foi seu lar, acompanhado dos filhos Dunja e Mali. Outro barulho ressoa: é a presença do exótico Circus Fantasticus e sua trupe.
 
“Zeus” (Zeus), de Paulo Filipe Monteiro (Portugal, 2016)
Gênero: Biográfico
Quando: 17 de maio (quinta-feira), 18h
Sinopse: Esta é a história real de Manuel Teixeira Gomes. Um escritor de ótima literatura erótica que é eleito Presidente da República – caso único no mundo. Promove políticas reformistas, apoia os operários, combate a banca. Mas, ao fim de 26 meses, diz: basta. Estou farto. Qual é o primeiro barco a sair de Lisboa? Não é daqui a um mês, é já. Zeus? É um cargueiro? Não me importa, hão de levar-me. Não me interessa para onde vão. Parto sem um papel, nada que me lembre a minha vida de escritor ou de presidente. E assim, aos 65 anos, muda de vida. Vai para o Norte de África, convive com os nômades do deserto, instala-se na Argélia, aí morre 15 anos depois. A sua vida deu um filme: um hino à vida, à liberdade, à coragem, ao sensualismo e à amizade.

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