Perspectivas Afro-Alemãs
Há séculos, pessoas negras vivem na Alemanha. Igualmente durante o mesmo período lutam pelo respeito, pela visibilidade e pelos direitos. Mas cada geração, ao que parece, precisa começar de novo e atacar a norma invisível, segundo a qual a Alemanha se imagina como um país de brancos. Uma longa e violenta história produziu essa norma, do colonialismo passando pelo nacional-socialismo até o racismo cotidiano do presente. No entanto, não é uma linha reta que atravessa essa história, em que muitos sonharam e lutaram por outro país, tornando esse futuro pronunciável, em primeiro lugar, com as autodefinições “Alemães Negros” e Afro-Alemães”. Desde a década de 1980, a auto-organização das mulheres negras tem desempenhado um papel importante neste processo.
Esta noite, conversamos com três artistas negras da Alemanha sobre a sua história, o seu trabalho e a atual conjuntura política na Alemanha. O evento faz parte da FLUP (A Festa Literária das Periferias).
Convidadas:
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Anta Helena Recke é uma artista alemã-senegalesa. Antes de começar os estudos de Artes Cênicas na Universidade de Hildesheim, Alemanha em 2011, ela trabalhou no teatro emancipatório GRIPS em Berlim, no campo do teatro pedagógico. Em 2017 ganhou uma bolsa do Teatro da Cidade de Munique para uma pesquisa de estudo na África do Sul. No mesmo ano ela encenou a peça MITTELREICH na
Münchner Kammerspiele, que mais tarde foi selecionada para o Encontro de Teatro em Berlim (
Berliner Theatertreffen). Na pesquisa de críticos da revista
Theater heute, foi eleita a Jovem Artista do Ano 2018.
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Dr. phil. Natasha A. Kelly é uma socióloga das comunicações, com especialização em pós-/colonialismo e feminismo. Seu filme de estreia »Millis Awakening« (2018) foi encomendado pela 10ª Bienal de Berlim e exibido em contextos nacionais e internacionais; seu livro mais recente é uma coletânea de textos fundamentais de feministas negras traduzidos para o alemão.
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Stefanie-Lahya Aukongo é escritora, poeta, curadora, fotógrafa e ativista feminista negra e interseccional. Desde 2014 ela apresenta e faz a curadoria do “One World Poetry Night”, evento realizado mensalmente em Berlim, uma referência global em Poesia Falada. Reuniu poesias no livro “Buchstabengefühle” e publicou uma autobiografia intitulada “Kalungas Kind” (Create Space, 2014).
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Mediação: Taísa Machado, funkeira e artista multi-linguagem
Anta Recke e Natasha Kelly integram o Programa de Residência Artística do Goethe-Institut Salvador-Bahia.
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