Arte Sonora
Lisboa Soa

Festival de arte sonora ambiental

Environmental Bikes:
21-27.09, 10h00 - 18h00
Performances:
25.09, 17h30-20h30
Goethe-Institut Lisboa

O Goethe-Institut volta a associa-se ao festival de arte sonora ambiental Lisboa Soa, que decorre entre 24 e 27 de setembro. Na edição deste ano serão apresentadas as Environmental Bikes da artista Kaffe Mathews, bicicletas que transmitem som e música a partir da qualidade do ar que um ciclista percorre. De 22 a 27 de setembro, será possível alugar estas bicicletas no Campo dos Mártires da Pátria. No dia 25 de setembro, a partir das 17h30, terão também lugar, no jardim do Goethe-Institut, três performances de Luís Antero João & Lorenço, Adriana Sá & John Klima e Vitor Joaquim & João Silva. Em caso de mau tempo, as performances realizam-se no intstituto.

24-27.09.2020
A Participatory Environmental Bike Lab.

Inventada por Kaffe Matthews, a Environmental Bike, é uma bicicleta que transmite som e música a partir da qualidade do ar que um ciclista percorre. Ao pedalar, estamos a sonificar os dados recebidos por um sensor de qualidade do ar instalado na caixa da bicicleta, acionando e processando os sons dos níveis crescentes ou decrescentes das partículas que respiramos. Desta forma, o ciclista percorre a cidade para ouvir e registar a qualidade do ar ao seu redor. Permitindo novas experiências sonoras e de escuta, também convidará a um nível diferente de envolvimento. Venha andar de bicicleta para descobrir o seu ambiente. Consegue encontrar um caminho limpo?
 
O Bicrophonic Research Institute (BRI) é uma organização que faz sim e música compessoas e lugares para tocar em bicicletas, e foi estabelecido por Kaffe Matthews e Dave Griffith em 2013, o BRI trabalha colectivamente nos laboratórios em Berlim e Cornish.
 
A premiada artista e compositora Kaffe Matthews nasceu em Essex, Inglaterra, vive e trabalha em Berlim. Desde 1990, produz e executa novas músicas eletroacústicas em todo o mundo, com uma variedade de coisas e lugares, como violino, theremin, salmão selvagem, clima escocês, cientistas da NASA, bicicletas, tubarões-martelo, crianças em idade escolar, fios esticados no deserto e a BBC Scottish Symphony Orchestra.

Os environmental bikes também contam com o apoio da Associação de S. Bartolomeu dos Alemães em Lisboa.


25.09.2020
Performances

17h30 
Luís Antero und João Lourenço 
(do) Rural - retroprojectores sonoros | Luís Antero e João Lourenço 
A partir de algumas das paisagens e marcos sonoros da Beira Serra, assim como de elementos naturais dos locais gravados, (retro)projectam-se imagens líquidas telúricas. É o rural que se transporta para a cidade e nela se funde como coisa una.

18h30
Adriana Sá e John Klima | Lugar Elástico
Os sons da cidade reverberam em diálogo com um instrumento de cordas tocado a quatro mãos, com arcos de violino, baquetas, elásticos e sliders. Este instrumento – o sandcastle – foi construído com diversos materiais reciclados. Tem uma ressonância extraordinária, prolongando sons graves e plenos de harmónicos por muito tempo. Um software desenvolvido pelos artistas também processa sons pré-gravados com base na análise do som que produz.
Por vezes os sons instrumentais tornam-se protagonistas, e outras vezes diluem-se na paisagem sonora; as frases musicais emergem da combinação. A escala individual cresce e decresce, emerge e submerge, foge e reaparece. Como as relações mutáveis do ego com o mundo.

19h30
Vitor Joaquim e João Silva | The Construction of Time
Esta proposta de concerto tem uma natureza combinatória de dois elementos: por um lado corresponde a material pré-existente e composto, que se encontra neste momento em fase final de produção discográfica com edição prevista para Outubro de 2020. Por outro lado, numa perspectiva combinatória, na sua concretização ao vivo, pretende-se produzir um concerto com características site-specific, isto é, cuja formulação e apresentação tenha em consideração os aspectos arquitectónicos do lugar – tipologia das superfícies, dimensão, reentrâncias, volume, cor, iluminação – assim como, e fundamentalmente, as suas qualidades acústicas – reverberação, ressonância, etc. Nesta lógica, pretende-se fazer uma apresentação que de alguma forma se adapte à natureza do espaço, fazendo-o florescer e funcionando de forma não intrusiva, respeitando também as suas possíveis fragilidades acústicas em termos de volume sonoro ao mesmo tempo que se explora a sua espacialidade.