Nova temporada dos espetáculos do Projeto Transit 2020

Peças do projeto TRANSIT serão exibidas de 24 a 26 de novembro
Goethe-Institut

Apresentações acontecem de 24 a 26 de novembro

A edição de 2020 do Projeto Transit, realizada pelo Goethe-Institut Porto Alegre e pelo Sistema Fecomércio-RS/Sesc, está com inscrições gratuitas abertas para o público que deseja assistir aos espetáculos, que serão exibidos online de 24 a 26 de novembro.

Para fazer sua inscrição, clique sobre os links abaixo:
Wonderland Ave. – Experiência de Criação Cênica em Confinamento | Apresentação dia 24 de novembro | 20h Avenida das Maravilhas - Episódios 1 a 4 | Apresentações dia 25 de novembro (Episódios 1 e 2) e dia 26 de novembro (Episódios 3 e 4) | 20h
As peças Wonderland Ave. – Experiência de criação cênica em confinamento, dirigida por Leandro Silva, e Avenida das Maravilhas, dirigida por Júlia Ludwig, foram adaptadas para o ambiente virtual após as restrições causadas pela Covid-19. As duas montagens apresentam versões diferentes para o texto da autora alemã Sibylle Berg. Intitulada Wonderland Ave., a obra de Sibylle trata de um futuro distópico, em que a inteligência artificial deixa o humano para trás.
 
O grupo do diretor Leandro Silva aborda poéticas tecnológicas, quando existe uma presença onisciente das inteligências artificiais governando a humanidade. Perante o isolamento social que estamos vivendo, a equipe opta por apresentar uma experiência nascida da fricção entre teatro, confinamento social e audiovisual, mesclando o texto da obra de Sibylle Berg com a crueza da experiência pessoal de confinamento de cada um.
 
Já o grupo da diretora Júlia Ludwig apresenta o espetáculo Avenida das Maravilhas, que trata da competição entre homem e máquina de maneira mais tragicômica. Dividida em três episódios, a obra conta com uma trilha sonora especialmente composta e proporciona uma reflexão fundamental para nossos tempos.
 
As inscrições para assistir às peças são gratuitas e ocorrem a partir da plataforma Sympla (ver links abaixo). No momento da inscrição, os participantes podem optar contribuir em um chapéu virtual com um valor simbólico para auxiliar os grupos. Após a inscrição, o público receberá um link exclusivo antes do espetáculo, através do qual será possível acompanhar a peça, ou uma de suas partes.

Para fazer sua inscrição, clique sobre os links abaixo:
Wonderland Ave. – Experiência de Criação Cênica em Confinamento | Apresentação dia 24 de novembro | 20h Avenida das Maravilhas - Episódios 1 a 4 | Apresentações dia 25 de novembro (Episódios 1 e 2) e dia 26 de novembro (Episódios 3 e 4) | 20h

Sobre o texto “Wonderland Ave.”

Como será o mundo no futuro, quando o desenvolvimento social e tecnológico progredir tão rapidamente quanto nas últimas décadas? Quando a inteligência artificial deixa o humano para trás e determina todas as áreas da vida? O que acontece então ao povo - esses seres imprevisíveis, errôneos, lentos e sentimentais? A nova peça de Sibylle Berg “Wonderland ave.” é um “acorde final” amargo, porém cômico, do mundo como o conhecemos.
 
 

Sobre a Autora

Sibylle Berg nasceu em Weimar, Alemanha, e hoje vive em Zurique, Suíça. Seu trabalho incluiu 25 peças de teatro e diversos livros e ensaios traduzidos para 34 idiomas. Desde janeiro de 2011, Berg escreve para a Spiegel Online. Em 2016, foi convidada ao Frieze London com a peça Wonderland Avenue, em colaboração com Sebastian Nübling e Claus Richter. Entre os prêmios recentes que recebeu, estão: Friedrich-Luft-Prize (2016) e prêmio da audiência no Festival Mülheimer pela peça "And then came Mirna"; os prêmios de literatura de Kassel (2019); prêmio de Literatura de Thüring (2019), dois prêmios na Suíça (2019 e 2020) “Swiss Book Prize for GRM. Brainfuck” “Swiss Grand Prix Literature” e o prêmio Bertolt Brecht de Literatura (2020). 
 
 

Sobre a Diretora e o Diretor

Júlia Ludwig é diretora e professora de Teatro, co-fundadora e co-diretora do Bloco da Laje. Formada em Direção Teatral pela UFRGS, no qual montou o Grupo Barraquatro e Integrante do Coletivo das Flor. Concebeu o Projeto Solos Férteis, no qual dirige os solos de Dedy Ricardo, Maria Falkembach, Renata de Lélis e atua no Solo Fértil - Canção para o Povo em Pé, dirigido por Adriano Basegio, do qual também assina dramaturgia e composições musicais, pelo qual foi indicada a Melhor Atriz pelo Prêmio Açorianos. Realizou Assistências de Direção para Gerardo Bejarano (Costa Rica), Patrícia Fagundes, Ramiro Silveira, Daniel Colin e Mirah Laline. Co-dirigiu o espetáculo AYÊ em POA e Tempografia no Rio de Janeiro, por este último recebeu o Prêmio de Melhor Direção no Festival da Cidade do Rio de Janeiro.
 
Leandro Silva é artista bonequeiro, diretor teatral e consultor de projetos culturais e sociais. Pesquisador. Mestre em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Bacharel em Direito pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e Especialista em Processo Civil pelo Centro Universitário Uninter. Filiado à Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB) e à União Internacional dos Marionetistas (UNIMA INTERNACIONAL). Fez residências artísticas no Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo (Porto Alegre, RS), no Tolosa Puppet Internacional Center – TOPIC (Tolosa, Espanha) e no Espaço de Imersão Artística Vale do Arvoredo (Morro Reuter, RS). Possui formação em Economia da Cultura, Política Cultural, Gestão Cultural e Elaboração e Gestão de Projetos Culturais (Programa de Capacitação em Projetos Culturais/ Ministério da Cultura – Fundação Getúlio Vargas – Senac-DF).
 
 

Sobre o Projeto

Iniciativa do Goethe-Institut Porto Alegre, o projeto TRANSIT busca estabelecer trocas entre continentes, estéticas, linguagens e interpretações, além de colaborar para a ampliação e qualificação do campo crítico para as artes cênicas de Porto Alegre. A cada ano é escolhido um texto da dramartugia contemporânea alemã, que é então encenado por dois diretores brasileiros diferentes, selecionados a partir de um edital.
 
A estreia do projeto ocorreu em 2017, com o texto “As Trevas Risíveis” (Die Lächerliche Finsternis, 2015), do alemão Wolfram Lotz. Camilo de Lélis e Alexandre Dill foram selecionados para encenar o texto.
 
Em 2018, foram selecionados por edital os projetos de Patrícia Fagundes e Lucca Simas para encenarem o texto “Tremor” (Beben), da jovem dramaturga alemã Maria Milisavljevic.
 
Em 2019, foi a vez de João Ricardo da Cunha Santos e Maurício Casiraghi oferecerem versões diferentes do texto “jogar paraíso/paradies spielen”, do jovem dramaturgo austríaco Thomas Köck.
 

Sobre as montagens

 

Wonderland Ave. – Experiência de criação cênica em confinamento

Direção: Leandro Silva
 
 

Por mais que a gente tente se igualar às máquinas, sempre tem alguma coisa que não funciona, alguma coisa sempre vaza, tem sempre alguma coisa fazendo barulho (Sibylle Berg)

 
Na montagem proposta pelo diretor Leandro Silva e sua equipe para Wonderland Ave. da dramaturga alemã Sibylle Berg, o cotidiano de um mundo distópico governado pela presença e voz onisciente das Inteligências Artificiais (I.A.). Corpos e casas reais, invadidas pela “voz” das máquinas que tudo ouvem, veem e sabem.
 
Ante a impossibilidade de realização do projeto original interrompido pela pandemia da Covid-19, a equipe opta por uma experiência nascida da fricção entre teatro, confinamento social e audiovisual, mesclando o texto da obra de Sibylle Berg com a crueza da experiência pessoal de confinamento de cada um. Para a  adaptação do projeto, a equipe dispensa cenários e figurinos elaborados e abusa de recursos como ligações telefônicas, maquetes, miniaturas, videoconferencia e registro em vídeos nas casas dos artistas. Ensaio e cena, processo e produto, sem uma fronteira nítida. Corpos e presenças em transitos, da sala física às arenas virtuais, do edifício teatral para as casas do diretor, da atriz, dos atores e técnicos, um “teatro do possível” para se somar a tantas experiências teatrais na pandemia em todo mundo, tão diferentes quanto potentes.
 
O trabalho contou com a colaboração do Coletivo Catarse de Comunicação, e será veiculado  em volume único via streaming na programação virtual do Transit 2020. O processo de criação estará acessível ao público, a partir de publicações frutos do acompanhamento realizado pelos provocadores críticos artísticos Michele Rolim e Henrique Saidel, do site AGORA Crítica Teatral.
 
Duração: 50 minutos
 
Classificação Indicativa: 14 anos
 
Técnicas: Teatro Filmado e Teatro de Miniaturas
 
Ficha Técnica:
Direção teatral: Leandro Silva
Direção audiovisual: Billy Valdez 
Elenco/ Personagens: Márcia Metz (Robô/ Coro/IA), José Renato Lopes (Pessoa 1), Paulo Roberto Farias (Pessoa 2) e Marco Marchessano (Pessoa 3)
Adaptação de roteiros: coletivo da equipe 
Desenho e criação de maquetes e miniaturas: Silvia Serrano 
Trilha Sonora: Paulo Betanzos
Desenho de som e finalização: Gustavo Türck
Projeto Visual: Silvia Serrano e Leandro Silva 
Captação, edição e pós-produção: Coletivo Catarse de Comunicação 
Provocadores críticos artísticos e acompanhamento: Michele Rolim e Henrique Saidel (Agora Crítica Teatral) 
Realização: Goethe-Institut Porto Alegre e Sesc/RS

Avenida das Maravilhas

Direção: Júlia Ludwig

Avenida das Maravilhas é um espaço de residência para Pessoas numa realidade distópica, onde a máquina dominou completamente as atividades humanas. Sob a supervisão e vigilância contínua de Robôs, as Pessoas enfrentam uma derradeira competição entre si em busca do grande prêmio, travando um diálogo tragicômico entre Humanos e Máquinas.

O texto foi especialmente adaptado da versão teatral para virtual, utilizando recursos audiovisuais, dentro do contexto do isolamento social, conferindo ainda mais realidade ao texto estranhamente atual de Sibylle Berg. A competição ao qual os humanos estão submetidos se relaciona com nosso intenso trabalho nas redes sociais e mundo digital, especialmente neste período. Através de animações 3D damos vida à “Avenida das Maravilhas”, que ganha ares de vídeo-game onde os humanos travam jogos em busca da sobrevivência.

Dividida em quatro episódios, a obra conta com uma trilha sonora especialmente composta e proporciona uma reflexão fundamental para nossos tempos. A micro série faz parte do projeto Transit 2020, promovida pelo Goethe Institut Porto Alegre e SESC/RS.

Duração: aprox. 50 min divididos em 4 episódios
 
Classificação Indicativa: 16 anos
 
Ficha técnica:
Adaptação e Direção: Júlia Ludwig
Direção Audiovisual: Gabriel Faccini
Direção de Arte, Efeitos Visuais, Colorista, Identidade Visual e Direção Musical: Tomás Piccinini
Montagem: Gabriel Faccini e Tomás Piccinini
Produção: Cia Circular
Iluminação e elétrica: Carol Zimmer
Assistência: Betina e Jo Carminatti
Design de Som: Duda Cunha
Trilha Sonora: Duda Cunha e Tomás Piccinini
Elenco: Chico de Los santos, Dani Dutra, Diego Machado, Ju Barros, Kaya Rodrigues e Thiago Pirajira
Figurinos:
Concepção: Margarida Rache
Assistência: Patrícia Preiss
Costuras: Antonia Maria de Lourdes Silveira
Adereços: Chico de Los Santos
Cenotécnica: Rodrigo Shalako
Texto: Sibylle Berg
Tradução: Luciana Waquil
Provocadores críticos artísticos: Henrique Saidel e Michele Rolim 


 

Detalhes

Língua: Português
Preço: Evento gratuito. Contribuição voluntária

21187800 annekatrin.fahlke@goethe.de