Alumni da Vila Sul

Jacqueline van de Geer é uma artista baseada em Montreal que trabalha principalmente com performance. Vinda dos Países Baixos, onde estudou arte visual e performática, sua prática atual é inspirada pela literatura, mitologia, história e memória pessoal. Desde sua chegada a Montreal em 2005, suas ações performativas têm combinado performance, teatro, dança, movimento, artes multidisciplinares e integradas.

A criação coletiva é uma parte importante de sua prática, e essa filosofia informa seu trabalho tanto com colaboradores artísticos quanto com seu público. Assim, desenvolver conexões fortes com os espectadores é fundamental: suas performances oferecem a muitos a oportunidade de se tornarem participantes ativos, com esses intercâmbios espontâneos se tornando parte integrante de suas peças. A intimidade e a surpresa então surgem como componentes-chave em seu trabalho.

Jacqueline fala quatro idiomas: holandês, alemão, inglês e francês.

Bolsista de Conseil des Arts et des Lettres du Québec (CALQ) na residência Vila Sul.

Karla Claudio é uma pessoa cineasta, artista e educadora que nasceu e vive em San Juan, Porto Rico. Sua prática criativa é guiada por pesquisas materiais sobre corantes e pigmentos caribenhos, etnobotânica, história oral e práticas baseadas na terra em apoio à soberania material e alimentar. Lidera La Recolecta, um laboratório itinerante de artes e ecologia que estuda o potencial de plantas e argilas selvagens para artesanato, medicina e alimentação. O conhecimento etnobotânico é coletado e compartilhado por meio de públicações independentes, curtasmetragens documentais e oficinas comunitárias. Seus curtas-metragens documentais e experimentos com corantes e pigmentos caribenhos foram apresentados no Museu de Arte Contemporânea de Porto Rico, Museu de Design de Miramar, Whitney Museum of American Art, BronxNet Television, Kadist Online Gallery, Cooper Hewitt Smithsonian Design Museum e galerias locais de Porto Rico. Atualmente, Karla trabalha com produção criativa e local para Matininó, um 
documentário híbrido de longa-metragem dirigido por Gabriela Arp e apoiado por Topic, Sundance Film Institute, Bay Area Video Coalition, Ford Foundation, Firelight Media e outros. Karla Claudio foi selecionada para participar do Sundance Producers Intensive de 2023 e atualmente é SundanceLatine Artist Fellow de 2024.

Bolsista do programa "Rethinking the South - Repensando Sul" da KfW Stiftung.

Um viajante incansável, Kokou Ferdinand Makouvia se baseia em suas explorações do mundo para enriquecer sua prática. Seu caminho artístico é na forma de uma mão estendida, buscando teimosamente (re)conciliar o aqui e o alhures: o eu e o outro, o próximo e o distante, a memória das origens e a história de seu apagamento, a espiritualidade dos ancestrais e a filosofia por vir - esse todo indissociável que compõe cada ser humano, fragmenta-o, e com o qual devemos, com raiva e ternura, viver incansavelmente. Imbuído do animismo de sua cultura nativa e de uma espiritualidade profundamente enraizada, o escultor desenvolveu uma filosofia muito pessoal, entre materialidade e sensibilidade: transformar a resistência do material em uma força criativa, o acaso em um desafio pessoal, o acidente em uma resposta do material a ser integrada na obra. Ao mesmo tempo, ele está desenvolvendo uma prática de performance, de reagir ao mundo e às coisas, muitas vezes na rua, sempre de forma improvisada. Kokou Ferdinand Makouvia se formou na Beaux-Arts de Valenciennes, depois em Paris, onde obteve seu DNSAP em 2019, cinco anos após iniciar seus estudos de arte em Abidjan e após um diploma em telecomunicações em Lomé. Ele então ingressou na prestigiada residência De Ateliers em Amsterdã (2019-2021). Em 2021, foi o vencedor do Salomon Foundation Residency Award, e em 2023 entrou na residência ISCP, o International Studio & Curatorial Program em Nova York. Ele também é cofundador da residência de arte contemporânea ArtMéssiamé, um evento anual realizado em Lomé-Togo.

Bolsista do programa "Rethinking the South - Repensando Sul" da KfW Stiftung.

Cambodia

Sao Sreymao nasceu em 1986, no campo de refugiados Site 2, na fronteira com a Tailândia. Ela se formou na Escola de Artes Visuais e Aplicadas Phare Ponleu Selpak, na província de Battambang, em 2006. Sua prática multidisciplinar inclui pintura, fotografia, desenho digital, escultura e performance. Suas obras exploram a expressão pessoal e memórias, bem como as mudanças nas paisagens físicas e psicológicas das comunidades urbanas e rurais do Camboja. Ela também colaborou com vários escritores em narrativas visuais e publicou diversos romances gráficos. Além disso, as obras de Sreymao foram exibidas em exposições individuais e coletivas em galerias locais e internacionais, bem como em festivais de arte.

Bolsista do programa "Rethinking the South - Repensando Sul" oferecida por KfW Stiftung.

Declaração de Arte para Bolsista na Vila Sul
SAO Sreymao
24 de abril de 2024
Como artista profundamente envolvida na exploração de temas de identidade e hibridismo cultural, estou muito entusiasmada por ser uma das escolhidas para participar da residência artística na Vila Sul. Minha prática, que abrange pintura, fotografia, desenho digital, escultura e performance, está enraizada na expressão pessoal e na memória, bem como nas paisagens em evolução das comunidades urbanas e rurais do Camboja.
A residência na Vila Sul apresenta uma oportunidade crucial para o meu projeto e desenvolvimento artístico. Em primeiro lugar, oferece um novo ambiente cultural onde posso me desafiar, ganhando novas perspectivas e inspiração. Engajar-me com as comunidades e artistas locais proporcionará insights inestimáveis sobre suas tradições e expressões artísticas, que pretendo integrar ao meu trabalho. As oportunidades de colaboração na Vila Sul são muito desafiadoras e interessantes para mim. Os artistas de diversas origens, o lugar que desconheço. Antecipando enriquecer minha prática através da troca e diálogo intercultural.
Além disso, estou animada para continuar a exploração iniciada em meu projeto "Breath", uma performance em vídeo que explora a conexão entre a terra do sal marinho, a natureza e o som, e como o desenvolvimento afeta esta bela cidade. Como a Bahia está ao longo da costa, semelhante ao local onde experimentei o "Breath", espero que este projeto tenha muitas lições para eu aprender e comparar com o lugar de onde venho. O "Breath" é o primeiro projeto, que marca minha primeira colaboração com um videógrafo profissional, e incorpora uma experiência humana universal. Pretendo expandir este trabalho convidando outros artistas que ressoem com sua mensagem para participar de performances ao vivo colaborativas, onde quer que seja. Através da expressão compartilhada e da criatividade coletiva, acredito que minha participação na Vila Sul não só contribuirá para o sucesso do meu projeto atual, mas também para o meu crescimento artístico futuro. Representa uma oportunidade de aprender, crescer e criar dentro de uma comunidade vibrante e de apoio, e estou mais entusiasmada e ansiosa para trabalhar nesta jornada transformadora.

Alemanha/Brasil

FRANCISCO KLINGER CARVALHO Nasceu em Óbidos (PA), Brasil, em 1966. Vive e trabalha em Mannheim, Alemanha. Graduado em Educação Artística pela Universidade Federal do Pará, Belém-Brasil, e pós-graduado pela Academia de Arte de Düsseldorf; Alemanha, com orientação do Prof. Tony Cragg. Foi bolsista do DAAD (Deutscher Akademischer Austauchdienst/Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico). Foi professor visitante da Universidad Nacional de Bogotá, Colômbia, de 2009 a 2011. É professor da Academia de Arte/Kunstakademie de Mannheim , Alemanha. Mais de 500 exposições, incluindo: 2024 PARTI-cipation X, Lisboa, Portugal; 2023 Am Limit, Galerie Gong, Ostrava, República Checa; 2022 AMAZONIA - Symphonie einer Erinnerung, KunstKulturKirche, Frankfurt, Alemanha; 2020 Nie rzuca się kamieniami, mieszkając w szklanym domu, Centrum Rzeźby Polskiej w Orońsku, Polônia; 2020 Na hrane, Kunsthalle Bratislava, Eslováquia; 2019 VAIVEM, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil; 2011 “Tensão/ Formas Navegatórias/ Expedición”, Museo de Arte Moderno de Bogotá, Colômbia; 2006 “Tandem”, Kunstmuseum Mülheim, Alemanha; 2003 Señales Limítrofes, ARCIS, Santiago, Chile; 1999 “Weltsichten”, IFA Galerie, Stuttgart, Alemanha; 1993 “Klima Global”, Staatliche Kunsthalle, Berlim, Alemanha.

"Oratorium Para Uma Árvore Morta", projeto proposto para a residência no Vila Sul, Goethe Institut Bahia a ser apresentado em uma instituição de Salvador é Performance-escultural que comecei a fazer a partir do ano de 2015, como manifesto em repúdio às crescentes mortes por conflitos de terra, que tem vitimado ambientalistas, indígenas e agricultores; homens e mulheres que resistem lutando pela posse de terras improdutivas ou sem uso social e pela preservação das florestas, como também, por oposição á derrubada de árvores seculares, algumas das quais, ameaçadas de extinção. Os cantos entoados, nesta realização são cânticos de recomendação das almas, os quais costumam ser executados na Sexta-feira Santa, ritual da Igreja Católica. Na primeira versão apresentada em 2015 no Museu do Estado do Pará a performer era minha mãe, a qual faleceu dois anos depois. Ela era uma mulher negra extremamente devota e conhecedora da liturgia católica e sua figura imponente contribuiu muito para amplificar a densidade ritualistica do lamento aos mortos. A referência as carpideiras possibilita uma diversidade cultural que ainda precisa ser melhor explorada, por essa razão, o ciclo deste trabalho/projeto ainda nao foi concluido. Necessita ser expandido em um amplo apelo de lamento aos mortos, na perspectiva de diferentes grupos que compõem a complexidade social brasileira, como exemplo as Carpideiras de Correntina, Bahia. Ele se baseia, também, no jogo performático de Samuel Beckett intitulado „O Quadrado". Nessa aproximação, atores, performers ou personas po- deriam entoar cânticos de recomendações, porém os cânticos seriam entoados alterna- damente. Seria a oportunidade de envolver a comunidade bahiana, pesquisar os diversos canticos para os mortos dentro da tradição afro-brasileira e indígena.

Holanda/Colômbia

Roberto Uribe se formou em arquitetura pela Universidad de los Andes em Bogotá e completou um Master of Fine Arts na Weißensee Academy of Art em Berlim. Como arquiteto independente, ele conduziu pesquisas sobre Bogotá e a Sabana e atuou como consultor externo no primeiro Plano de Ordenamento Territorial (POT) de Bogotá. Como designer, ele trabalhou em residências privadas em Amsterdã e Berlim. Seu mestrado em “Estratégias Espaciais” em Berlim marcou o início de sua prática individual como artista. Uribe se interessa pela cidade, arquitetura e espaço como documentos históricos e sítios arqueológicos, muitas vezes começando com um local específico para estabelecer um diálogo entre arquitetura, política e história através de alterações de elementos existentes. Às vezes, Uribe trabalha com elementos urbanos como outdoors em instalações públicas efêmeras que questionam histórias menos conhecidas do local escolhido. Ele recebeu uma bolsa de pesquisa do Senado de Berlim e foi finalista em vários concursos de arte pública na Alemanha, incluindo os do Ministério das Finanças e o "Monumento Decolonial" em Berlim, bem como o concurso EU Beyond Memorialisation. Além disso, ele é cofundador e membro da ONG CC_Berlin, que colabora com comunidades para desenvolver projetos que melhoram as condições de vida e reduzem a vulnerabilidade em comunidades rurais no México e na Colômbia.

Apartheid Climático
Meu trabalho investiga como vestígios históricos em materiais, ambientes e paisagens revelam presenças humanas e não humanas do passado. Usando metodologias da antropologia, etnografia e pesquisa arquivística, exploro como esses vestígios moldam nosso presente. Colaborar com especialistas de diversas áreas enriquece esse processo.
Recentemente, tenho me concentrado nas histórias de materiais como a borracha, examinando o crescimento industrial interligado na Europa e a brutal exploração colonial no Congo e na Amazônia durante o final do século XIX e início do século XX. Essa abordagem expõe os vínculos culturais, econômicos e políticos entre África, América e Europa, destacando como o progresso do Norte Global dependeu da extração violenta de recursos e trabalho do Sul Global. O reconhecimento e a ação reparadora são cruciais para enfrentar esse legado.
Durante minha residência em Salvador da Bahia, pretendo explorar o passado colonial da cidade examinando seu tecido urbano, fachadas e tradições culturais, contrastando-os com áreas periféricas marginalizadas. Meu objetivo é descobrir conexões entre zonas gentrificadas e excluídas, enfatizando como as desigualdades históricas persistem hoje.
Embora as mudanças climáticas afetem a todos, seu impacto é desproporcionalmente severo nas comunidades negras, pardas e marginalizadas. Pretendo aprender com a resiliência e as estratégias de sobrevivência dessas comunidades desenvolvidas através de traumas históricos como a escravidão, economias de plantação e genocídio indígena. Essa perspectiva amplia a compreensão da justiça ambiental e social para além das experiências humanas, incluindo todos os seres vivos que compartilham esses territórios.
Proponho a realização de oficinas com jovens comunidades e grupos sociais, promovendo trocas através da dança, música, poesia e culinária. Essas oficinas resultarão em uma intervenção em espaço público que reflita as narrativas e estratégias de resistência da comunidade. Embora a forma final permaneça aberta, o projeto desafiará legados coloniais, restaurará histórias negligenciadas e reivindicará espaço para vidas apagadas pelo mito do progresso.

Brasil/Alemanha

Crescendo nas favelas de São Paulo, Ellen testemunhou em primeira mão o poder do trabalho comunitário. Nascida em uma família da classe trabalhadora e sempre interessada na natureza, ela foi a primeira de sua família a obter um diploma universitário, e foi um mestrado em ciências por uma universidade na Alemanha.

Sua pesquisa é sobre o uso de tecnologia para coleta e análise de dados ambientais usando visão computacional.

A questão da sustentabilidade e da pobreza em um mundo cheio de recursos pode ser observada fortemente no Brasil. Essas disparidades muitas vezes se baseiam na necessidade de justiça ambiental, e essa questão não deve passar despercebida; deve estar no centro de nossos discursos com base na pergunta: Como podemos proporcionar um planeta sustentável para as gerações presentes e futuras?
Em sua opinião, a ciência moderna deve se concentrar em estabelecer uma estrutura baseada na igualdade entre diferentes grupos sociais e cientistas dispostos a trabalhar juntos em um terreno comum.

“Para mim, é importante estar socialmente engajada para uma democracia e um meio ambiente funcionais, não apenas fazer minha pesquisa científica desvinculada do mundo e de seus problemas. Considero a rede de associações sem fins lucrativos, cientistas, ativistas, artistas, educadores, intelectuais, jornalistas, influenciadores e cidadãos comuns como essencial para projetar, agitar e mudar constantemente a sociedade.

A oportunidade de fazer uma residência em Salvador é única. A cidade tem muito a oferecer, os baianos fazem parte do centro da cultura brasileira e africana na América Latina, e a compreensão da consciência negra pode se estender para a consciência ambiental e indígena no futuro.
Como pesquisadora em questões ambientais, vejo essa oportunidade única como uma inspiração para questões científicas de justiça ambiental que conectam as culturas do passado e do presente e oferecem possibilidades infinitas para o futuro."

Nascida em 1971 em Tóquio, Yui é uma artista e compositora multidisciplinar baseada em Düsseldorf, Alemanha. Ela possui um bacharelado pela Tama Art University em Tóquio e um diploma da Academy of Media Arts Cologne. Desde seu primeiro álbum "small sounds" em 1999, Yui explora a zona cinzenta entre nossa percepção e imaginação em relação ao ambiente, usando principalmente sons como meio. Ela lançou oito álbuns solo, produziu peças de rádio e realiza concertos na UE e na Ásia. Suas instalações sonoras foram apresentadas em eventos como Sonambiente Berlin (2006), Soundpocket em HK (2009), Manifesta14 RKS (2022), Kunsthal 44 Moen DK (2022) e Kunstmuseum LIE (2023). Paralelamente aos seus trabalhos musicais, ela realiza uma pesquisa artística contínua sobre temas ambientais. Ela participou de residências artísticas como LabVerde no BR (2018), Pollinaria, IT (2021), Echos: Soundforum Bonn, GHA (2024). Em 2019, o Flux Project, um projeto colaborativo com Nathalia Favaro, foi iniciado. Eles combinam a exibição do filme FLUX sobre a Floresta Amazônica com uma palestra ou workshop por especialistas locais para trocar ideias sobre a vida sustentável na Terra. Dezoito eventos foram organizados em diferentes cidades na Europa e no Brasil.
 

Brasil/Alemanha

Ana Paula dos Santos é uma artista nascida em Santos, Brasil. Ela vive em Frankfurt am Main e estuda Belas Artes na Städelschule, na turma de Willem de Rooij. Ana Paula estudou antropologia cultural e geografia humana na Universidade Goethe, em Frankfurt am Main, e, por meio de sua prática artística e pesquisa, envolve-se em debates críticos, decoloniais, pós-coloniais e de identidade. Dos Santos trabalha com fotografia, instalação e vídeos. Metáforas e símbolos estão muito presentes em sua obra.

Seu último trabalho institucional foi uma intervenção fotográfica na coleção permanente do museu histórico em Frankfurt am Main, onde apontou elementos e imagens racistas na coleção do museu. O nome desse projeto é “Change of View – Tracing Racism” (2022). Dos Santos co-curou essa intervenção com um grupo de artistas BIPoC baseados na Alemanha. Algumas de suas obras fotográficas passaram a fazer parte da coleção do museu histórico em Frankfurt am Main posteriormente. No mesmo ano, ela esteve com a Städellschule e o professor Willem de Rooij no Gana para trocar experiências artísticas com o coletivo de arte blaxTARLINES no departamento de Pintura e Escultura da Knust, em Kumasi. Ela foi indicada em 2022 para o Prêmio Wi Di Mimba da Savvy Comtemporary e da AKB Stftitung para artistas de cor na Alemanha, e é membro do coletivo de artistas e arquitetos Commune 6x3. A próxima exposição de Ana Paula dos Santos será uma mostra coletiva em maio de 2024, intitulada “City of Women Photographers: Frankfurt 1844-2024”, no museu histórico em Frankfurt am Main.

Canadá

Foi através de viagens que Gabrielle Lebeau reconectou-se com sua paixão de infância: a escrita. Ela estudou na London School of Journalism (Reino Unido) e em Escrita Criativa na Université de Montréal. Desde 2015, publicou muitos contos e três livros. Em outubro de 2017, lançou sua primeira obra jornalística, "Biographie, Claude Dubois". Em janeiro de 2018, concluiu o manuscrito de seu primeiro romance "Partie", que foi publicado em outubro de 2018. Em março de 2018, após uma viagem de três meses ao Brasil, começou a trabalhar em um novo romance e um ensaio. Este ensaio, "Nos ancêtres, les premiers hippies", foi premiado pela Union des écrivains du Québec (UNEQ) e foi publicado em setembro de 2023. Gabrielle Lebeau está atualmente finalizando seu romance "12 femmes", que recebeu uma bolsa do Conseil des arts du Québec.

Alemanha

Stephan Lanz, Prof. Dr., é um pesquisador urbano na Europa-Universität Viadrina em Frankfurt (Oder) e no Centro de Assuntos Urbanos metroZones (www.metrozones.info) em Berlim. Ele realiza pesquisas nas interseções de estudos urbanos nas áreas de ciências culturais e sociais e publicou inúmeros artigos acadêmicos e livros (mais recentemente em 2021: Governando a Favela... no Rio de Janeiro). Lanz co-curou projetos de pesquisa e culturais internacionais, incluindo 'Ersatzstadt' (Volksbühne Berlin, 2002-2006) e 'Global Prayers - Redenção e Libertação na Cidade' (Haus der Kulturen der Welt, metroZones, em colaboração com diversos Goethe-Instituts, 2007-2014).

Empiricamente, sua pesquisa urbana concentra-se em imigração e racismo, cultura popular e lutas sociais (por exemplo, na favela brasileira). Ele escreveu contribuições teóricas sobre governamentalidade urbana, teoria urbana pós-colonial e do Sul global, e religião urbana.

Alemanha

Cate Lartey é uma artista e curadora baseada em Düsseldorf, Alemanha. Ela estudou design de retail design e comunicação na Peter Behrens Kunstschule em Düsseldorf. Além disso, está concluindo um mestrado em Estudos de Arte e Mídia na Kunsthochschule für Medien em Colônia. Sua prática artística e curatorial é dedicada à cultura visual e material, com foco especial na África, sua diáspora e além. Esses temas são trabalhados por meio da fotografia, publicações e arte midiática. Um diálogo estético e intelectual está no cerne de seu trabalho.

Cate Lartey colaborou com Kunstsammlung NRW, Kunstverein Köln, Dortmunder U e Fachhochschule Düsseldorf e Dortmund. Em 2020, ela expôs seu trabalho fotográfico "Clothes of dead white people" em "Fluctoplasma" em Hamburgo. Como curadora freelancer no Dortmunder U, ela organizou o programa complementar para a exposição EFIE. O Museu como Lar. Arte de Gana. Em 2023, co-curou a exposição "Point of" como parte do festival de fotografia f2 no Kulturdepot Dortmund.

"A residência em Salvador, Bahia me anima de várias maneiras, não apenas porque será uma experiência única e enriquecedora, mas também porque abrirá novas formas para que eu me conecte e me relacione com a riqueza e a vastidão da hibridização afro-brasileira, especialmente em Salvador da Bahia."

África do Sul

Huda Tayob é uma arquiteta sul-africana, teórica e historiadora da arquitetura. Sua pesquisa concentra-se em arquiteturas minoritárias, migrantes e subalternas. Ela é co-curadora do currículo do curso de acesso livre Racespacearchitecture.org e curadora principal da plataforma digital Archive of Forgetfulness. Ela expôs na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura em Veneza (2023), com um projeto intitulado Índice de Margens, que mapeia arquivos aquáticos, métodos e histórias de arquiteturas migrantes ao longo das margens da costa leste da África, de Cape Town, África do Sul, a Port Said, Egito. Atualmente, está trabalhando em um projeto de manuscrito intitulado 'Arquiteturas Opacas: Mercados Negros como Infraestruturas de Cuidado' - um projeto que destaca locais transnacionais estabelecidos por migrantes africanos como locais de possibilidade.

"Arquiteturas Opacas" é um projeto de pesquisa e escrita que reúne a vida cotidiana das arquiteturas e ambientes urbanos, com a literatura de estudos pós-coloniais, decoloniais e subalternos, além dos frameworks de estudos negros, para questionar como podemos reconsiderar locais e espaços habitados por populações africanas marginalizadas. Na Vila Sul, gostaria de ampliar e desenvolver o quadro teórico para o projeto de escrita “Arquiteturas Opacas”, envolvendo-me com uma variedade de acadêmicos do sul global para questionar como um 'urbanismo sustentável' pode se parecer ao dar destaque às populações marginalizadas e migrantes, em meio ao aumento do deslocamento forçado relacionado às crises climáticas e aos contínuos níveis elevados de violência urbana? Como podemos desenvolver práticas e teorias para entender processos urbanos negligenciados? Como os 'urbanismos negros' dialogam com as práticas mutáveis e fugidias de construir uma vida urbana, globalmente, dentro e além do sul?"

Bolsista do programa "Rethinking the South - Repensando Sul" oferecida por KfW Stiftung.

Brasil/Alemanha

Jota Ramos (1989, Brasil) é um multiartista transmasculino não - binárie que atualmente reside em Berlim (Alemanha). Partindo de experimentos artísticos autobiográficos, Ramos explora as práticas de performance, vídeo, instalação, fotografia e poesia. Criando subjetividades dissidentes periféricas que dialogam com referências simbólicas, etimológicas e identitárias negras e de gênero o artista busca trazer uma reflexão poética como espaço de cura pensando em como retratar a autenticidade do corpo pardo de uma forma genuína, como negro de pele clara. Sua pesquisa investiga ferramentas para construir uma representação antirracista e poderosa da sociabilidade e identidade de pessoas trans negras e sua jornada histórica.

"A residência Vila Sul tem uma importância imensa dentro da minha jornada de pesquisa. Como uma pessoa trans negra que também faz parte da comunidade ballroom, esta residência estabelece uma conexão entre o Brasil e Berlim. Como brasileiro vivendo na Alemanha, "Private Property" surge como uma série de performances que explora as dinâmicas intricadas de acessar corpos trans sem consentimento. Esta residência oferece uma lente única para examinar as complexidades do contexto brasileiro."

Alemanha

Paula Hildebrandt (*1976 em Berlim) é autora, cineasta e pesquisadora urbana que, em suas obras, combina escrita literária, fotografia, vídeo, ações performáticas e ensino experimental. Seus textos foram publicados em numerosas revistas de arte e cultura, coletâneas acadêmicas, antologias e online. Seu livro mais recente, "Welcome City" (adocs 2022), retrata Hamburgo como uma cidade acolhedora e foi considerado um dos "Schönsten Deutschen Bücher 2023" (Livros Alemães Mais Bonitos de 2023).

"Esu matou um pássaro ontem com a pedra que ele jogou hoje. Podemos realmente fazer isso - tornar o tempo nosso? O enigma do tempo. Como lidar com um passado assombrado enquanto agimos simultaneamente no presente, com suas estratificações, encruzilhadas e vestígios? Junto com artistas/pesquisadores baseados em Salvador, espero explorar formas de contar, mostrar e encenar histórias."

Deji Akinpelu destaca-se como um artesão dedicado no cenário do desenvolvimento sustentável, usando as artes como sua tela para retratar histórias vibrantes em toda a África. Sua paixão por narrativas desafiadoras africanas se expressa através do documentário cinematográfico e fotografia. Fotógrafo autodidata transformado em cineasta, aprimorou suas habilidades no SAE Institute em Dubai. Fundador da Iniciativa Rethinking Cities (RCI), plataforma colaborativa dinâmica que une profissionais nos campos de Artes, Mídia e Planejamento Urbano para abordar desafios urbanos na África. O hub "researchinlagos" e o podcast "Yanme" amplificam as vozes das comunidades. Seu trabalho como fotógrafo e documentarista é reconhecido internacionalmente e teve o privilégio de produzir e dirigir documentários para respeitadas agências internacionais de desenvolvimento. Organizações como Heinrich Boll Stifftung (HBS), a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e Anistia Internacional confiam em Akinpelu para lançar luz sobre questões críticas e iniciar conversas que transcendem fronteiras e culturas. Poder da narrativa visual na promoção da mudança social. A busca apaixonada de Akinpelu pela inovação urbana e inclusividade o posiciona como um pioneiro na narrativa visual e defesa social.
 

Jumoke Adeyanju é uma artista interdisciplinar, linguista e pesquisadora. É a fundadora do 'Poetry Meets' [est. 2014], co-curadora do Sensi.Dance e apresenta seu programa de rádio Sauti ya àkókò e o Breakfast Show no Refuge Worldwide. Sob seu pseudônimo mokeyanju, ela se apresenta como seletora de vinil e aspirante a artista sonora. Ela é uma dançarina apaixonada, poeta multilíngue e DJ de vários gêneros, de origem nigeriana, que vive entre Berlim e Nairóbi e é fortemente influenciada pelo hip-hop e house music, fújì, highlife, ndombolo e gêneros musicais percussivos. Seu grande interesse pela cultura da África Oriental e do Caribe levou-a a colecionar discos de Trinidad e Tobago, Tanzânia, Quênia, Congo e outros países, descobrindo calipso, Zanzibari taarab, benga, soukous e sons contemporâneos da África Oriental. Ela se apresentou como compositora, cantora, poeta e compositora em vários projetos e exposições musicais e de arte sonora. Como artista versátil, Jumoke Adeyanju explora temas como nostalgia da diáspora, memória, espaços liminares espirituais, cores sonoras e como diferentes elementos de formas de arte expressivas se entrelaçam e têm o potencial de (re)criar momentos de reavivamento de outros eus, ou melhor, de eus perdidos.
 

A prática artística de Nour Symon é baseada na interação entre três eixos principais em suas criações, nomeadamente música de concerto, artes visuais e poesia. Essa abordagem transdisciplinar é especialmente refletida em suas partituras de pinturas sonoras, gráficas, instrumentais ou performáticas, interpretadas aqui e ali por profissionais de música e artistas com uma jornada tão sinuosa quanto possível.

Sua primeira coleção de poesia, "son corps parlait pour ne pas mourir", assim como seu primeiro livro de pinturas sonoras, "voir dans le vent qui hurle les étoiles rire, et rire", foram publicados em 2016 pela Éditions de la Tournure. A coleção de poesia e pinturas sonoras "L'amour des oiseaux moches" (2020, finalista do Governor General's Literary Awards e Émilie-Nelligan Award) representou uma culminação importante em sua trajetória, tendo sido objeto de publicação pela editora Noroît (Omri) e uma produção significativa do Ensemble contemporain de Montréal (ECM+). Desde 2008, Nour tem sido diretore artístique e musical de numerosos projetos - pessoais ou em colaboração. Nour também é um aclamade pianista de improvisação livre que se apresentou em todo o mundo.
 

Patti Anahory é uma arquiteta que atua com projetos arquitetônicos, arte, educação e curadoria. Seu trabalho visa desafiar noções estabelecidas de lugar e pertencimento, explorando as interseções de identidade, memória, raça e gênero. Nascida no mar, a bordo de um navio a caminho de São Tomé e Príncipe, Anahory está comprometida com abordagens decoloniais, centralizando os mundos africanos a partir de uma perspectiva insular, compreendida como borda fugitiva e margem radical. 

Anahory co-fundou as plataformas  XU:collective e Storia na Lugar, com as quais desenvolve práticas experimentais artísticas de narrativa e contra-narrativa. Co-criou também o projeto her(e), otherwise que propõe pensar formas de representação e a representatividade de lugares, arquiteturas e arquitectas Africanas e da diáspora.  

Com XU:collective montou a exposição ‘cabo verde social (un)sustainability’, que foi apresentada na íntegra na cidade da Praia, em Cabo Verde e na sua versão digital foi ao COP16, no México em 2010. Em 2017 montou na antiga prisão do Tarrafal, Cabo Verde, as instalações Pedestais de [X]clusão e Volumetrias [Vazias] de Memórias. O seu trabalho Águ integra o projeto da Google Arts & Cultura e da Design Indaba. Com Storia na Lugar expos na XVII Bienal de Arquitetura de Veneza em 2021 a instalação Hacking (the resort: Water Territories and Imaginaries (Águas).

Finalmente, a arquiteta integra o Conselho de Assessores Acadêmicos do African Futures Institute, um centro independente de pós-graduação para pesquisa arquitetônica no Gana. Foi Professora Visitante na Columbia University (2022-23) e Diretora Fundadora do CIDLOT - Centro de Desenvolvimento Local e Ordenamento do Território da Universidade de Cabo Verde (2009-2012).
 

Clarissa Rebouças é mestra em teatro e cinema pela Université Laval/Canadá, pós-graduada em roteiro e graduada em Cinema e Vídeo. Dirigiu e escreveu diversos curtas metragens que participaram de festivais nacionais e internacionais. Entre eles estão os premiados "Desvelo" (2012) e Émergence (2018). Clarissa também colaborou para escrita das séries de TV brasileiras "Santo Forte" e "Meu irmão nerd".Atualmente dedica-se ao seu projeto de longa-metragem, intitulado Cine Ruby.

Bolsista de Conseil des Arts et des Lettres du Québec (CALQ) na residência Vila Sul

Quase-artista nascido e criado na periferia de São Paulo, no bairro de Parada de Taipas. Neto de Rosa e Esmeraldo, Diego Crux é da cor que remete à memória. Pesquisa chamados íntimos e pessoais, experiências coletivas, representação, design, amostras visuais, palavras.

Crux já participou de exposições em São Paulo, Curitiba, Accra (GH), Arles (FR) e Copenhagen (DK) e em residências, como Pivô (2020) com curadoria de Thiago de Paula Souza e MAM Rio (2021) com coordenação de Camilla Rocha Campos.

Bolsista do programa "Rethinking the South - Repensando Sul" da KfW Stiftung.

A artista venezuelana Gotopo, atualmente residente em Berlim, Alemanha, está chamando muita atenção com o lançamento de sua estreia, o EP "Sacúdete", que saiu em 16 de maio sob o prestigiado selo Waxploitation Records. Como uma cantora, compositora, produtora e performer versátil, Gotopo se inspira em suas raízes sul-americanas, combinando instrumentos folclóricos de corda com batidas de techno para explorar sua herança afroindígena.

Sua música tem o objetivo de confrontar o apagamento histórico do seu povo devido ao colonialismo, buscando respostas através do futurismo ancestral e entrelaçando as belas e dolorosas histórias de seus antepassados. Nascida em Caracas, Venezuela, Gotopo recebeu sua formação musical em Barquisimeto, conhecida por seu conservatório de música e pelo sistema de orquestra juvenil El Sistema, que também produziu Gustavo Dudamel. Recentemente mudando-se para Berlim, ela foi desde artista de rua até participação em eventos musicais de vanguarda no prestigiado Humboldt Forum. Gotopo busca misturar as fronteiras entre música clássica e música de clubes, cultura acadêmica e cultura pop, mesclando o tradicional com o contemporâneo.

Seu projeto musical começou com o single "Malembe", explorando suas raízes afroindígenas e espiritualidade. A música combina batidas eletrônicas com guitarras distorcidas e sintetizadores, usando um hino afrovenezuelano destinado a proporcionar despedidas espirituais aos parentes escravizados. O álbum futuro de Gotopo continua essa exploração, reinventando a música folclórica ao infundir-lhe à vibrante energia eletrônica da cena de clubes de Berlim.

O EP "Sacúdete" é uma colaboração com o produtor Don Elektron (Ulises Lozano), membro da banda de música eletrônica mexicana Kinky, que já trabalhou com diversos artistas. A conexão única de Gotopo entre sua formação clássica, conhecimento de instrumentos tradicionais como o Cuatro e a guitarra, e sua busca por memórias ancestrais através da música a tornam uma verdadeira inovadora.
Sua música tem sido bem recebida em Berlim, com apresentações em eventos como o Festival X Jazz e como atração de abertura para Bomba Estereo. A inovação, energia criativa e apoio a artistas mulheres de cor na cidade têm sido inspiradores para a jornada artística de Gotopo.

Enquanto ela se adapta à vida em Berlim, ela continua a aprender a língua alemã, como retratado no premiado mini-documentário "Gotopo: The Sound of My Destiny". Gotopo abraça a atmosfera áspera, mas sedutora, de Berlim e está determinada a expandir seus limites artísticos e explorar novos horizontes nesta cidade vibrante.

Bolsista de MusicBoardBerlin na residência Vila Sul

Odun Orimolade envolve a sua prática numa perspetiva experimental e multifacetada de abordagens, investigação e colaborações transdisciplinares. Mantém um contexto aberto para a sua prática pedagógica, artística e curatorial, atendendo a uma mistura de ideologias e visões do mundo cultivadas a partir de diferentes áreas de recursos. Isto leva-a a explorar as tendências comportamentais humanas, a orientação e a interação como mecanismos de navegação. Os interesses de investigação de Orimolade giram em torno de abordagens à prática, envolvimento criativo, navegação e influências que desafiam e informam a produção criativa para um impacto externo positivo. Explora possibilidades de desenvolvimento da prática profissional, meios de aprendizagem e pedagogias que proporcionam novos caminhos para uma exploração criativa flexível. A sua investigação também questiona questões e iniciativas que promovem ou limitam a prática. Interessa-se por práticas de investigação participativa, como intervenção artística numa série de espaços diferentes. Orimolade é apaixonada pela criação de vias de orientação e contribui para diferentes campos de atividade criativa, juntamente com projetos comunitários.


Bolsista do programa "Rethinking the South - Repensando Sul" da KfW Stiftung.
 

Mba Bikoro é uma artista visual que combina arqueologia, rádio sonora, escrita, têxteis, esculturas, performances ao vivo, filmes e arquivos para criar instalações imersivas. No seu trabalho ela analisa processos de poder e ficção científica em arquivos históricos, envolvendo-se criticamente com as lutas migratórias e a memória colonial e focando-se na biopolítica queer, indígena e feminista. Ela é professora de culturas visuais e filosofia no TransArt Institute e diretora artística da Lukulule e.V. em parceria com o MARKK Museum. É curadora do Nyabingi Lab com os projetos "Decolonise The Green; Nature, Nudism and Colonial Continuities" e "Free State of Barackia: 150 Years of Decolonial Urbanism, Solidarity & New Berlin Utopias" em colaboração com Z/KU e HAU Berlin. Ela é apresentadora do Berlinale Film Festival anual e co-beneficiária do projeto "Somatic Charting" do Institute for Endotic Research.
 

Caroline Guye nasceu e cresceu no Senegal em um ambiente artístico sob a influência de seu avô Paul Ahyi, o criador da bandeira togolesa. Ela concluiu os estudos superiores na França, nos Estados Unidos e na China, formando-se em astrofísica, física atmosférica e chinês. Atualmente, ela está fazendo um doutorado em arte e ciências na universidade de Lyon na França.

O trabalho de Caroline Guye no estúdio do artista chinês Qin Chong (亲冲) em 2016 despertou nela sua preferência pelo volume. Desde então, ela participou em mais de trinta exposições coletivas, exposições individuais e residências em quatro continentes. Na Bienal de Dakar de 2022, ela recebeu o prêmio de Melhor Artista da África Ocidental (Prêmio ECOWAS).

Bolsista do programa "Rethinking the South - Repensando Sul", apoiado pela KfW Stiftung.

Kalaf Epalanga (1978) é um escritor e músico, que nasceu em Benguela, Angola, e vive em Berlim. Como músico ele co-fundou a gravadora Enchufada e é membro do Buraka Som Sistema (em hiato desde 2016). Escreveu colunistas para o jornal português O Público, a revista GQ (Portugal) e a revista angolana independente online REDE Angola. Atualmente ele trabalha para a revista literária brasileira Quatro Cinco Um. Em Portugal e Angola, ele publicou duas coletâneas de crônicas literárias: "Estórias de Amor para Meninos de Cor" e "O Angolano que Comprou Lisboa (Pela Metade do Preço)".

Em 2021, foi curador do Festival do Livro Africano de Berlim com o título "Também os Brancos Sabem Dançar". O romance de estreia de Kalf Epalanga será traduzido para o inglês por Daniel Hahn e publicado pela Faber no verão de 2023.

Rafael Giles Martinez é um escritor que nasceu em 1985 no México. Ele se formou na Faculdade de Arquitetura, Design e Comunicação da Universidade La Salle/México em 2008. Depois disso, seguiu sua carreira trabalhando com comunicação, publicação e produção em diferentes escritórios editoriais. É pós-graduado em Avaliação de Programas pela Université du Québec na Ecole Nationale D'Administration Publique (ENAP) e, além do espanhol, fala inglês e francês. Rafael pode mostrar uma ampla gama de experiências profissionais, tendo trabalhado no fórum do festival de cinema Festival of Nouveau Cinema (FNC), para a organização internacional do mundo francófono, a Organisation Internationale de la Francophonie (OIF) e na universidade canadense Université du Québec à Montréal (UQAM). Além disso, ele acumulou experiências trabalhando nos Ateliês de Criação Literária Digital e no projeto A Publicação como Espaço de Exposição Artística no Centro de Cultura Digital (CCD)/México.

Além disso, Rafael participa de dois programas do conselho do governo canadense "Les Offices jeunesse internationaux du Québec" (LOJIQ), primeiro, o Programa de Desenvolvimento de Carreira e, segundo, o programa Engagement Citoyen.

Ele é residente VILA SUL com o apoio do Conseil des Arts et des Lettres du Québec (CALQ).

Lisa C Soto é uma artista visual sediada em Porto Rico e Gana. A imagem da cartografia real e imaginária é usada em seu trabalho para abordar interações locais e globais, flora tropical e conexões cósmicas. Suas instalações multimediais, de grande escala - incluindo, flora e materiais baseados na terra, instrumentos/jogos e materiais industriais, questionam hierarquias e binários, refletindo sobre padrões rizomáticos na natureza e desafiando abordagens "racionais" ocidentais ao conhecimento.

As exposições selecionadas incluem a exposição coletiva Negro/A/X na galeria Corredor Afro, 2020, Loiza, Porto Rico; a iniciativa da Fundação Getty PST LA/LA, Correntes Substanciais Relacionais: Contemporary Art of the Caribbean Archipelago, exposição coletiva itinerante de 2017 - 2019; "Convergence", uma colaboração de 2018 com Adjaye Associates criando sua primeira instalação permanente no domínio público em Newark, NJ. As palestras dos artistas incluem MIT, Fundação Ford, KNUST, Claremont Graduate University e Rutgers University. Soto é atualmente candidata a MFA na Universidade de Ciência e Tecnologia Kwame Nkrumah (KNUST).

Bolsista do programa "Rethinking the South - Repensando Sul" oferecida por KfW Stiftung.

Olivia Hyunsin Kim trabalha internacionalmente como coreógrafa e curadora. Ela ganhou o primeiro lugar do Prêmio Amadeu Antonio de Arte 2019 e completou seu mestrado em Coreografia e Performance no Instituto para ATW Gießen com distinção. Antes disso, ela também completou seu bacharelado em Estudos Alemães com foco em Política Internacional na Universidade Nacional de Seul com distinção e também estudou dança na Universidade do Hawai'i em Mānoa e na Universidade de Falmouth. Ela realizou fellowships em Impulstanz 2017, Goethe-Institut Montréal e Circuit-Est centre chorégraphique 2022, e na Academia Cultural Tarabya em Istambul de 2021 a 2023, entre outros. Na temporada 2022/23, ela é compositora em residência no Staatsoper Hannover, onde ela faz curadoria e criação de obras artísticas.

Seu trabalho foi exibido na Sophiensælen Berlin, Tanzhaus nrw Düsseldorf, Schwankhalle Bremen, Rote Fabrik Zurich, Art Sonje Center Seoul e Museo Universitario del Chopo Cidade do México, entre outros. Sob o nome ddanddarakim ela trabalha em constelações recorrentes com artistas de diferentes disciplinas em obras coreográficas com um foco queer-feminista e pós-colonial.

O coreógrafo, bailarino, curador e ativista Raphael Moussa Hillebrand nasceu em Hong Kong em 1982, está radicado na Alemanha e na África Ocidental, foi criado em Berlim e treinado através do Hip Hop. Em junho de 2014, ele concluiu seu mestrado em coreografia na Universidade das Artes - HZT Berlim. Com base neste contexto, ele retoma seu instinto para as questões sociopolíticas, bem como a tradução das facetas e identidades culturais e as transfere para suas obras coreográficas do Hip Hop Dance Theatre. Com a mesma paixão, ele tem trabalhado com crianças e jovens, assim como estudantes e professores em uma grande variedade de níveis desde 1998, capacitando através da dança.

Como gerador de ideias e membro fundador do primeiro Partido Hip-Hop: Die Urbane. Um Partido Hip-Hop, está comprometido com a descolonização, a capacitação e a diversidade cultural, entre outras coisas. Sua peça atual, produzida na Ballhaus Naunynstraße "Auf meinen Schultern" (Pt.: Sobre os meus ombros) estreou em setembro de 2019. Em 2020, ele foi homenageado pelo Prêmio Alemão de Dança por seu notável desenvolvimento artístico na dança.

Cineasta nômade, Émilie B. Guérette tem suas raízes no Quebec e seu coração no Brasil. Ela dirige documentários ligados à justiça social, direitos humanos e migrações. Seu percurso multidisciplinar, misturando antropologia, ciências políticas, poesia e música, se traduz numa abordagem engajada, sensível e sensorial, tomando sempre o partido dos marginalizados e dos esquecidos. O documentário é para ela a arte do encontro, servindo para construir pontes entre os seres humanos.

Bolsista de Conseil des Arts et des Lettres du Québec (CALQ) na residência Vila Sul

"ASIAN BERLIN PUSSY POWER" é o que a talentosa MC de Neukölln chama de sua atitude, que não só representa o poder do Rap, mas também faz dela a voz de muitas pessoas que se importam. A recém-chegada e autoconfiante artista está enriquecendo a cena do rap alemão com sua mistura única de de atitude e habilidades distintas, uma forte consciência política e humorística e, ao mesmo tempo, devastadoras Punchlines.

Bolsista do MusicBoardBerlin na residência Vila Sul

João dos Santos Martins (Santarém, Portugal, 1989) é artista. Estudou na Escola Superior de Dança (Lisboa), na P.A.R.T.S. (Bruxelas), no e.x.er.c.e, (Montpellier) e no Instituto para Estudos Aplicados ao Teatro (Giessen). O seu trabalho, geralmente desenvolvido em processos colaborativos, abrange várias formas que focam a dança, seja através da coreografia, da exposição ou da edição. Essas formas são atravessadas por questões que concernem genealogias da história da dança, processos de transmissão, a relação entre prática e discurso, e paradoxos sobre a atividade de dançar. Juntamente com Ana Bigotte Vieira, criou um dispositivo para o mapeamento coletivo da dança em Portugal — Para Uma Timeline a Haver. Dançou em trabalhos de Ana Rita Teodoro, Eszter Salamon, Moriah Evans, Xavier Le Roy, Jérôme Bel, Manuel Pelmuş, Rui Horta, entre outros. Fundou a Parasita em 2014, uma cooperativa de artistas de que faz parte.

Koffi Mensah, artista visual autodidata, nasceu em Lome, Togo, em 1982. Quando jovem, Koffi Mensah desenvolveu paixão pela arte visual em todas as suas dimensões. Assim, absorveu vários treinamentos e workshops de desenho. Com o entusiasmo de adquirir mais conhecimentos, ansioso por satisfazer a sua alma e realizar o seu sonho, o rapaz, então com 17 anos, iniciou uma longa jornada cheia de aventuras e deixou o seu país, o Togo, para se submeter a muitos workshops de formação em Acra, Abidjan, Niamey e Cotonou.

Depois destas experiências, Koffi Mensah finalmente decidiu se estabelecer em Ouagadougou, Burkina Faso, onde passa a expor mais o seu trabalho, demonstrando as suas habilidades técnicas na arte visual. O artista multidimensional nunca deixou de surpreender os seus admiradores com o seu trabalho.

Combinando estética e conforto através da escultura e pintura, o artista criativo acredita fortemente que todas as criaturas são o resultado de um símbolo de duas faces da mesma moeda.

Além das influências de seus mentores ou anciãos, como Ousman Sow, do Senegal, e El Anatui, do Gana, Koffi Mensah é inspirado por uma nova técnica relevante emprestada da natureza, criando as artes figurativas e os retratos. Ele afirma para o mundo que se liberta de todas as teorias dogmáticas. Ele sempre reflete a relação íntima de sua arte e vive de acordo com ela. Hoje, Koffi Mensah é uma pessoa espiritual e acredita que o instinto tem um impacto muito forte na sua produção. Realizou várias obras de arte institucionais, como o retrato do primeiro presidente de Burkina Faso, Maurice Yameogo, com quatro metros de altura.

Em 2018, o artista recebeu o prêmio Grand Prix du Dessin d'art em Burkina Faso.

Mario Pfeifer (*1981, Dresden, Alemanha) vive e trabalha em Berlim e Dresden. Em seu trabalho, ele explora estruturas e convenções de representação em vídeo, filme e novas mídias em lugares como Mumbai, Califórnia, o Deserto do Atacama, o bairro brasileiro em Lagos ou o Saara Ocidental. Ele concebe cada projeto a partir de uma situação cultural específica, explorando os antecedentes sociopolíticos e tecendo referências históricas, cinematográficas, tecnológicas e políticas de arte transculturais em um corpo de trabalho multicamadas que vai desde instalações de filme e vídeo até instalações de texto e fotografia.

Mario participou da 10ª Bienal de Berlim (2018), da 11ª Bienal do Mercosul (2017), da 3ª Bienal de Montevidéu (2016) e da 4ª Bienal de Marrakech (2012). Foram realizadas exposições de pesquisa na GfZK Galerie für Zeitgenössische Kunst Leipzig em 2016 e na Usina em Toronto em 2019. Numerosas exposições individuais no Museum Folkwang, Casa Edith Russ para arte midiática, Berlinische Galerie, Museo Nacional de Bellas Artes, Santiago do Chile, entre outros. Uma exposição individual em Kunsthalle Winterthur está prevista para 2023. Seus filmes têm sido exibidos em festivais de cinema ao redor do mundo. Várias monografias foram publicadas pela Sternberg Press e Mousse Publishing. Suas obras estão em coleções privadas e públicas na Europa e América do Norte, incluindo o Getty Center Los Angeles, MMK Museum für Moderne Kunst Frankfurt am Main, Bundeskunstsammlung Bonn, Staatliche Kunstsammlungen Dresden e Fotomuseum Winterthur.

Oliver Hardt é um diretor, autor e cineasta. Seus filmes documentários tratam regularmente da cultura e história negra, incluindo "A Alemanha Negra" (2006), "Os Estados Unidos do Hoodoo" (2011), "David Adjaye - Colaborações" (2015) e "O Museu Negro" (2018). Em 2021 ele fez a curadoria da série de filmes "Black is not a color" para o Kunsthalle Schirn em Frankfurt. Atualmente, ele está trabalhando no roteiro de seu primeiro longa-metragem.

Alexandra Rodríguez (Culturalex) é uma artista multimídia, curadora e educadora radicada em Montreal. Nascida na Venezuela, ela viveu no Brasil, Suíça, México e Canadá. Esta educação multicultural, combinada com seu amor pela natureza, folclore e cultura, frequentemente convergem para criações que são reconhecíveis por sua vibração, diversidade e dimensões multissensoriais.

Em 2015, Alexandra criou "Bio Electro Sounds", uma instalação musical interativa que ela apresentou ao redor do mundo. Ela também gosta de criar e curar experiências e eventos onde diferentes disciplinas de arte se encontram, como a exposição online "Curando" (2020) em parceria com o Goethe-Institut Salvador-Bahia, o "Festival de las Artes" em parceria com o Tuxtla Gutiérrez City Museum (2016), e "Alegría", um pop-up independente de comida e arte (Montreal, 2018). A artista também é ativa como DJ e educadora oferecendo workshops sobre práticas multidisciplinares criativas.

Alguns dos lugares em que ela apresentou seu trabalho incluem a Semana de Arte Gastronômica de Berlim, o Museu da Cidade de Tuxtla Gutiérrez e o Centro de Artista-Combustível Moderno em Kingston/ Canada.

Bolsista de Conseil des Arts et des Lettres du Québec (CALQ) na residência Vila Sul

Florencia Romano é professora na Fundación Universidad del Cine em Buenos Aires, lecionando como supervisora assistente nos departamentos de História do Cinema, Semiótica do Cinema e Estética do Cinema. Como cineasta, estreou seu primeiro longa-metragem, "La noche polar" em 2016 no Entrevues Belfort International Film Festival/ França . Ela também trabalha como crítica de cinema colaborando para diferentes publicações (La Vida Útil, Otra Parte Digital, TranceZonda). Atualmente, possui uma bolsa de doutorado da CONICET (Consejo National de Investigaciones Científicas y Técnicas), trabalhando em um projeto de pesquisa sobre o cinema contemporâneo argentino e brasileiro.

Jackie Thomae escreve roteiros, não-ficção e romances. Seu romance “Brüder” (Irmãos) foi pré-selecionado para o Prêmio Alemão do Livro de 2019. Jackie reside em Berlim.

Renata Martins (São Paulo, 1980) é educadora social, crítica de arte, tradutora e curadora freelancer radicada em Bonn, Alemanha, onde trabalha desde 2018 no Departamento para a América Latina da Deutsche Welle. Durante 10 anos, atuou em vários departamentos do Goethe-Institut de São Paulo, Buenos Aires e Montevideo (programação cultural, cooperação pedagógica, ensino de alemão e administração). Escreve para vários veículos de comunicação no Brasil, Alemanha e Argentina sobre artes visuais, cultura, sociedade e especialmente sobre artistas sul-americanas. Em 2021, curou e organizou para o Instituto Goethe de Salvador o catálogo virtual „Arte+ Panorama de Artistas Visuais Transvestigeneres no Brasil“.

Dio Coutt, natural de Alvorada/RS. Graduado em administração, gay, negro, produtor cultural periférico e artista performance. Ingressou em 2015 no coletivo de teatro Levanta Favela. Em 2017 integrou o coletivo de cinema Cipó, na produção de curtas. Março de 2020 retorna a cidade natal onde, de forma coletiva, integra e cria movimentos culturais como Parque da Solidariedade, O Beco das Artes, Horta Umbuntu, Artistas Aqui, em exposição no Museu Baldio. A última performance foi “O Sujeito da Incúria'' (2021), arrastando uma árvore de pinus do parque, até a exposição.

Franz Thomas é estudante de psicologia, facilitador de processos transformativos e um fã dos diversos tipos de esportes, principalmente do barco à vela. Franz possui experiências em programas socioculturais. Inquieto e apaixonado por trabalhar com desenvolvimento de pessoas. Com a proposta de fazer o resgate da ONG em que cresceu fundou a iniciativa Navegando nas Artes, que tem a intenção de fazer a integração das crianças/adolescentes com a natureza por meios de vivências náuticas, de modo a promover a preservação do meio ambiente e a ocupação de espaços públicos com atividades de lazer e com a arte do graffiti.
 

Vitória Leona (br. 1998) é uma fotógrafa nascida em Belém do Pará. Trabalha com retratos, onde celebra a diversidade do povo brasileiro e registra a expressão humana com muita transparência, usando cores vivas que remetem à Amazônia, e vaga entre o analógico e o digital para registrar as ruas e os corpos que passam por ela.
Leona teve sua primeira exibição internacional em Londres, em 2017. Após viver no sudeste, de 2018 a 2020, passou a focar em fotografia de moda e trabalhou com marcas como Nike, Converse e Adidas. Desde então, foi considerada pela Vogue Brasil e pela FFW como uma das principais fotógrafas da região Amazônica e parte da futura geração de fotógrafas mulheres pelo Malala Fund.

Caroline Ribeiro é mulher negra e vegana em transição. É estudante de Engenharia Sanitária e Ambiental na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Jovem Embaixadora Ecowomen 2020, pesquisadora e professora voluntária de matemática e redação para estudantes de escola pública. Amante de desafios, natureza, educação, meditação e sustentabilidade. Seu projeto prevê a construção de uma ecofossa que vai fornecer redes sustentáveis com baixo custo de coleta e tratamento de esgoto em habitações desprovidas desta infraestrutura a partir da mobilização comunitária para construção de fossas individuais. Para tanto, serão utilizados como matérias-primas resíduos com potencial de reutilização e reciclagem que sejam capazes de garantir a eficiência do processo. Uma das formas mais sustentáveis e simples de garantir o esgotamento sanitário de forma individual é a Bacia de Evapotranspiração (BET) ou Fossa de Bananeira, que segundo definição de Vieira (2010) é um sistema de tratamento de água negra (proveniente da descarga de sanitários convencionais). Além de não gerar nenhum efluente, evitando a poluição do solo, das águas superficiais e lençol freático, os resíduos são transformados em nutrientes para plantas e a água residual é eliminada através da evaporação. No entanto, a Bacia apenas trata o esgoto proveniente do sanitário. Dessa forma a Ecofossa foi pensada como uma alternativa que une as melhores características da BET e a abrangência de um sistema convencional. Ou seja, além de coletar e prover uma destinação correta para todos os efluentes domésticos, a estrutura visa utilizar poucos recursos visto que todos os materiais que são usados na fossa bananeira serão substituídos por resíduos. É importante ressaltar que além de não gerar efluentes e poluição para água e solo, dispensa manutenções e limpezas.

Ivana Magalhães é artista plástica autodidata e desenvolve grafismos autorais inspirados nos grafismos indígenas e africanos, além de outras experimentações artísticas. É pedagoga, atuando como professora da rede municipal de Salvador. É também gestora de educação ambiental do Quintal Sensorial, sendo ainda idealizadora do projeto de arte-educação Potinhoterapia. Integra o núcleo pedagógico e artístico do Acervo da Laje e é colunista do Programa de TV “Periferia de Sucesso” com o quadro “Ervas medicinais, Saberes ancestrais”. Seu projeto parte de sua experiência com a natureza e com as plantas alimentícias, medicinais e protetivas encontradas em seu quintal, que, apesar de ser localizado em área urbana, guarda características ambientais que nos remetem a uma sensação de estar em uma “pequena floresta”, cercada de espécies nativas da mata atlântica e outras exóticas. Este ambiente será transformado em um quintal sensorial, para expandir vivências e onde a arte se soma ao processo de promoção de autocura e autoconhecimento.

Marília Reis é formada em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), especialista em Contabilidade Gerencial pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com foco em empreendedorismo e sustentabilidade. Foi representante estudantil e monitora do Programa Universidade Para Todos, que capacita estudantes carentes para o vestibular. Estuda finanças comportamentais com foco em educação financeira. Em 2020, venceu o Startup Weekend Woman, com o projeto “Zupbank”, que tem como objetivo transformar a vida de crianças e adolescentes através da educação financeira, proporcionando uma vida adulta mais saudável e próspera, com mais liberdade, autonomia e realização de sonhos. Este projeto se desdobra em sua proposta para a residência: com o “Zupbank - Projeto de Educação Financeira para Crianças e Adolescentes”, um aplicativo composto por uma trilha educativa baseada em três pilares: consumo, poupança e investimento. A trilha também é dividida em níveis que avançam conforme o aprendizado do usuário. Nos níveis mais avançados, por exemplo, é possível simular operações de investimento.

Tata Ribeiro é artista visual e pesquisadora da área de Tecnologias Educacionais. É formada em Comunicação Social pela Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (ESAMC), mestre em Tecnologias Educacionais pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e doutoranda em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Cofundadora da Aimọ Tech, startup de tecnologia educacional que contribui na formação artística de estudantes da educação básica. Explora seus conhecimentos nas áreas de design, artes gráficas, graffiti e ilustrações que exploram vertentes criativas das artes visuais e das tecnologias. Foi uma das artistas convidadas nas celebrações dos 33 anos da UNEB, fazendo uma intervenção de graffiti no prédio de 12m de altura, junto com três outros artistas. Desde 2016, compõe a equipe do Festival Tô Ligado na Energia, fruto da parceria entre a Coelba e a Bahia FM, com ações em comunidades com a temática de eficiência energética. No projeto “Bugs Imaginários”, ela vai representar os insetos que fazem parte do ecossistema de restinga presente no município de Lauro de Freitas através de esculturas produzidas com sucata eletrônica.

Jade Maria Zimbra aqui está taróloga-feiticeira-poeta. A artista escava traços perdidos dentro e fora do tempo ocidental, investigando antídotos para os venenos coloniais espalhados através de mente-corpo-espríto. Atravessando as linguagens que permeiam e guiam sua espiritualidade, usa as mãos e as vozes para tecer anúncios que advém de investigações em terras secas e abissais, onde as oráculas são ferramentas mágicas de manifestação e cura.

Artista visual, mestre em arte/educação e doutoranda em Artes pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista UNESP onde faz parte da coordenação da Comissão de Direitos Humanos e do Núcleo de Pesquisadores Negros da Unesp, Nupe-IA.  Com pesquisa em arte/educação e rupturas dos paradigmas hegemônicos como foco na descolonização das práticas educativas. Nos últimos anos vem realizando exposições, cursos, oficinas, palestras, atividades de formação docente e consultorias em diversas instituições nacionais e internacionais entre elas Núcleo de Educação Étnico-racial da Secretaria Municipal da Educação de São Paulo, Sesc, Instituto Vera Cruz, Universidade Federal do Ceará,Museu Afro Brasil, MAM-SP,  Masp, CCSP, Google Brasil e Academia de Belas Artes de Viena na Áustria e Bouge B festival Antuérpia Bélgica. Atuou como professora convidada no programa de pós-graduação em História da Arte da Faculdade Belas Artes e atualmente está como professora substituta no Instituto de artes da Unesp.

Vem realizando trabalhos em vídeo, pintura, performance, fotografia e multimídia. Juliana tem investigado a cor Azul da flor Clitória Ternátea  como possibilidade da cor como experiência sensível no processo de expansão dos sentidos. Sua pesquisa se dá na intersecção entre arte, história e educação, com interesse pela maneira como artistas negrxs se engajaram em práticas para lidar com os limites da representação. Realizou a primeira individual em 2018, como artista/docente convidada na residência artística da Academia de Belas Artes de Viena. Sua primeira solo nacional foi pela Temporada de Projetos do Paço das Artes em 2019.   Foi premiada em terceiro lugar 16 Salão de Artes Visuais de Ubatuba. Esse ano foi selecionada na 12 Abre-Alas da A Gentil Carioca galeria (RJ). Ainda este ano participou da 12 edição da Bienal do Mercosul  está integrando o time da Trienal de Artes do Sesc Sorocaba (2020/2021).

Natural de Vitória (ES), é graduada em Artes Visuais - Licenciatura pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Utiliza diferentes técnicas e escalas para explorar sua constante busca por memórias individuais e coletivas, a fim de ressignificar narrativas hegemônicas. É também arte educadora, atuando em projetos que se alinhem às suas práticas artísticas.

A artista nasceu na cidade histórica de Sabará, em Minas Gerais, e iniciou sua formação artística em Belo Horizonte, no Centro de Formação Artística do Palácio das Artes (CEFAR) e no Grupo Jovem Compasso. Trabalhou em conjunto com muitos importantes coreógrafos brasileiros, dentre eles Morena Nascimento, Mário Nascimento, Patricia Avellar, Tindaro Silvano, Gal Martins, Firmino Pitanga, Mário Lopes e Luciane Ramos. Atualmente, desenvolve o seu trabalho artístico na cidade de São Paulo, com parcerias e projetos independentes. Seus últimos trabalhos foram desenvolvidos através de sua pesquisa corporal “Corpo Negro: Tensão e Urgência“, colaborando com o projeto “RÉS” da Corpórea Companhia de Corpos, premiado pelo edital “RUMOS’ e tendo como destaque o clipe da Elza Soares, “O que se cala“, o qual coreografou. No ano de 2019, participou da residência PlusAfroT na Villa Waldberta (Munique), iniciando e aprofundando duas pesquisas, uma performance em dança chamada “1300° - Qual é a saúde de um vulcão?“, com a abertura do processo na cidade de Munique, e a “Sauna Lésbica“, uma obra relacional instalativa que teve a sua primeira edição no segundo programa de residência artística do Festival Internacional Valongo (Santos/2019). A cerne da pesquisa da artista parte do aterramento desse corpo dissidente que vive em constante estado de alerta e tem uma urgência pelo movimento que circula em um mistério que vem de dentro e transborda para além dos discursos que o cristaliza.

Alexandra Rodríguez (Culturalex) é uma artista multimídia, curadora e educadora radicada em Montreal. Nascida na Venezuela, ela viveu no Brasil, Suíça, México e Canadá. Esta educação multicultural, combinada com seu amor pela natureza, folclore e cultura, frequentemente convergem para criações que são reconhecíveis por sua vibração, diversidade e dimensões multissensoriais.

Em 2015, Alexandra criou "Bio Electro Sounds", uma instalação musical interativa que ela apresentou ao redor do mundo. Ela também gosta de criar e curar experiências e eventos onde diferentes disciplinas de arte se encontram, como a exposição online "Curando" (2020) em parceria com o Goethe-Institut Salvador-Bahia, o "Festival de las Artes" em parceria com o Tuxtla Gutiérrez City Museum (2016), e "Alegría", um pop-up independente de comida e arte (Montreal, 2018). A artista também é ativa como DJ e educadora oferecendo workshops sobre práticas multidisciplinares criativas.

Alguns dos lugares em que ela apresentou seu trabalho incluem a Semana de Arte Gastronômica de Berlim, o Museu da Cidade de Tuxtla Gutiérrez e o Centro de Artista-Combustível Moderno em Kingston/ Canada.

Bolsista de Conseil des Arts et des Lettres du Québec (CALQ) na residência Vila Sul

Iris Helena é uma artista multidisciplinar licenciada em Artes Visuais pela Universidade Federal da Paraíba, mestre em Poéticas Contemporâneas e doutoranda em Deslocamentos e Espacialidades em Arte Contemporânea pela Universidade de Brasília. Nascida em João Pessoa (PB), em 1987, vive e trabalha em Brasília (DF).

Sua pesquisa se caracteriza pela investigação crítica, filosófica, estética e poética da paisagem urbana a partir de uma abordagem dialógica entre a imagem da cidade e as superfícies/suportes escolhidos para materializá-la. Os suportes precários e ordinários são muitas vezes retirados de seu consumo cotidiano e possibilitam a (re)construção da memória atrelada ao risco, à instabilidade e, sobretudo, ao desejo do apagamento. Iris também é integrante do grupo de artistas pesquisadores VAGA-MUNDO: poéticas nômades, vinculados à Universidade de Brasília (CNPq). O grupo realiza residências e expedições pensando geopoética e poéticas da paisagem.

João dos Santos Martins (Santarém, Portugal, 1989) é artista. Estudou na Escola Superior de Dança (Lisboa), na P.A.R.T.S. (Bruxelas), no e.x.er.c.e, (Montpellier) e no Instituto para Estudos Aplicados ao Teatro (Giessen). O seu trabalho, geralmente desenvolvido em processos colaborativos, abrange várias formas que focam a dança, seja através da coreografia, da exposição ou da edição. Essas formas são atravessadas por questões que concernem genealogias da história da dança, processos de transmissão, a relação entre prática e discurso, e paradoxos sobre a atividade de dançar. Juntamente com Ana Bigotte Vieira, criou um dispositivo para o mapeamento coletivo da dança em Portugal — Para Uma Timeline a Haver. Dançou em trabalhos de Ana Rita Teodoro, Eszter Salamon, Moriah Evans, Xavier Le Roy, Jérôme Bel, Manuel Pelmuş, Rui Horta, entre outros. Fundou a Parasita em 2014, uma cooperativa de artistas de que faz parte.

Mario Pfeifer (*1981, Dresden, Alemanha) vive e trabalha em Berlim e Dresden. Em seu trabalho, ele explora estruturas e convenções de representação em vídeo, filme e novas mídias em lugares como Mumbai, Califórnia, o Deserto do Atacama, o bairro brasileiro em Lagos ou o Saara Ocidental. Ele concebe cada projeto a partir de uma situação cultural específica, explorando os antecedentes sociopolíticos e tecendo referências históricas, cinematográficas, tecnológicas e políticas de arte transculturais em um corpo de trabalho multicamadas que vai desde instalações de filme e vídeo até instalações de texto e fotografia.

Mario participou da 10ª Bienal de Berlim (2018), da 11ª Bienal do Mercosul (2017), da 3ª Bienal de Montevidéu (2016) e da 4ª Bienal de Marrakech (2012). Foram realizadas exposições de pesquisa na GfZK Galerie für Zeitgenössische Kunst Leipzig em 2016 e na Usina em Toronto em 2019. Numerosas exposições individuais no Museum Folkwang, Casa Edith Russ para arte midiática, Berlinische Galerie, Museo Nacional de Bellas Artes, Santiago do Chile, entre outros. Uma exposição individual em Kunsthalle Winterthur está prevista para 2023. Seus filmes têm sido exibidos em festivais de cinema ao redor do mundo. Várias monografias foram publicadas pela Sternberg Press e Mousse Publishing. Suas obras estão em coleções privadas e públicas na Europa e América do Norte, incluindo o Getty Center Los Angeles, MMK Museum für Moderne Kunst Frankfurt am Main, Bundeskunstsammlung Bonn, Staatliche Kunstsammlungen Dresden e Fotomuseum Winterthur.

Nana Adusei-Poku, PhD., é Orientadora Acadêmica Sênior e membro da Fundação Luma do Centro de Estudos Curatoriais e Arte Contemporânea (CCS-Bard) de Bard College. Anteriormente, ela foi professora convidada de História da Arte da Diáspora Africana em The Cooper Union, em Nova Iorque. Também ocupou a posição de professora pesquisadora em Culturas Visuais na Academia Willem de Kooning (2013-2017) e foi palestrante convidada na Universidade das Artes, Zurique, de 2012 a 2018.

Seus artigos foram publicados em Nka- Journal of Contemporary African Art, eflux, Kunstforum International, Flashart!, L‘Internationale e Darkmatter, entre outras. Dentre seus trabalhos curatoriais, estão o evento “Performances of No-thingness”, na Academia de Artes de Berlim, em 2018, e o programa “Longing on a Large Scale”, juntamente com a exposição “Eucledian Gris Gris”, de Todd Gray, no Museu de Arte de Pomona College, em 2019-2020.

Entre suas exposições mais recentes, destacam-se as individuais: “Social signs”, na Jack Bell Gallery, em Londres – UK (2020); “Tudo sob controle”, no 29ª Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (CCSP), em São Paulo – Brasil (2019); e “Aos que se foram, aos que aqui estão e aos que virão”, no Instituto Pretos Novos, Rio de Janeiro – Brasil (2019), além das mostras coletivas: “The discovery of what it means to be Brazilian”, na Mariane Ibrahim Gallery, Chicago – EUA (2020); 21ª Bienal de Arte Contemporânea Sesc VideoBrasil, na qual recebeu o prêmio Sesc de Arte Contemporânea (2019); e “Histórias Afro-atlânticas”, no Museu de Arte de São Paulo (MASP) e Instituto Tomie Ohtake (ITO), São Paulo – Brasil (2018).
 
Sua produção artística articula as linguagens da pintura, performance e experimentação com objetos, nas quais Martins investiga as relações interpessoais cotidianas, principalmente a convivência da população negra no cotidiano urbano, questionando conflitos sociais como o racismo, a mortalidade por violência e o super-encarceramento da população brasileira. Martins utiliza seu deslocamento na cidade como ferramenta de processo criativo. É encontrado com frequência em seu trabalho o que o próprio artista classifica como “signos sociais”, uma gama de representações de objetos, cenas e situações recorrentes na estrutura social brasileira.

Nasceu em Belém, Pará, em 1992. Vive e trabalha entre Rio de Janeiro e São Paulo. Graduou-se em Licenciatura e Bacharelado no curso de Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará (UFPA). As práticas performáticas de Rafael BQueer partem de investigações sobre arte política, gênero, sexualidade, afrofuturismo, decolonialidade e interseccionalidades. Drag queen e ativista LGBTQI+, BQueer tem um trabalho que dialoga também com vídeo e fotografia, utilizando de sátiras do universo pop para construir críticas atentas às questões da contemporaneidade.
 
Participou de diversas residências e exposições nacionais e internacionais, entre elas: Despina – RJ (2017); Red Bull Station – SP (2017); Artista finalista do prêmio EDP nas Artes – Instituto Tomie Ohtake – SP (2018); Artista selecionado pela EAV Parque Lage para a bolsa de residência artística na AnnexB, em Nova York (2019); Artista indicado para a 7ª edição do Prêmio Marcantonio Vilaça – SP (2019); Artista premiado na 7ª edição do Prêmio Foco Art Rio (2019). Recentemente realizou a exposição individual “UóHol”, no Museu de Arte do Rio (2020). Faz parte das coleções do Museu de Arte do Rio (MAR).

Filha das entranhas misteriosas da mãe Bahia, donde artérias de águas vivas sustentam em fé, abundam. Ventura Profana profetiza multiplicação e abundante vida negra, indígena e travesti. Rompe a bruma: erótica, atômica, tomando vermelho como religião. Doutrinada em templos batistas, é pastora missionária, cantora evangelista, escritora, compositora e artista visual, cuja prática está enraizada na pesquisa das implicações e metodologias do deuteronomismo no Brasil e no exterior, através da difusão das igrejas neo-pentecostais. O óleo de margaridas, jiboias e reginas desce possante pelas veredas até inundá-la em desejo: unção. Louva, como o cravar de um punhal lambido de cerol e ferrugem em corações fariseus.

Cineasta nômade, Émilie B. Guérette tem suas raízes no Quebec e seu coração no Brasil. Ela dirige documentários ligados à justiça social, direitos humanos e migrações. Seu percurso multidisciplinar, misturando antropologia, ciências políticas, poesia e música, se traduz numa abordagem engajada, sensível e sensorial, tomando sempre o partido dos marginalizados e dos esquecidos. O documentário é para ela a arte do encontro, servindo para construir pontes entre os seres humanos.

Bolsista de Conseil des Arts et des Lettres du Québec (CALQ) na residência Vila Sul

Koffi Mensah, artista visual autodidata, nasceu em Lome, Togo, em 1982. Quando jovem, Koffi Mensah desenvolveu paixão pela arte visual em todas as suas dimensões. Assim, absorveu vários treinamentos e workshops de desenho. Com o entusiasmo de adquirir mais conhecimentos, ansioso por satisfazer a sua alma e realizar o seu sonho, o rapaz, então com 17 anos, iniciou uma longa jornada cheia de aventuras e deixou o seu país, o Togo, para se submeter a muitos workshops de formação em Acra, Abidjan, Niamey e Cotonou.

Depois destas experiências, Koffi Mensah finalmente decidiu se estabelecer em Ouagadougou, Burkina Faso, onde passa a expor mais o seu trabalho, demonstrando as suas habilidades técnicas na arte visual. O artista multidimensional nunca deixou de surpreender os seus admiradores com o seu trabalho.

Combinando estética e conforto através da escultura e pintura, o artista criativo acredita fortemente que todas as criaturas são o resultado de um símbolo de duas faces da mesma moeda.

Além das influências de seus mentores ou anciãos, como Ousman Sow, do Senegal, e El Anatui, do Gana, Koffi Mensah é inspirado por uma nova técnica relevante emprestada da natureza, criando as artes figurativas e os retratos. Ele afirma para o mundo que se liberta de todas as teorias dogmáticas. Ele sempre reflete a relação íntima de sua arte e vive de acordo com ela. Hoje, Koffi Mensah é uma pessoa espiritual e acredita que o instinto tem um impacto muito forte na sua produção. Realizou várias obras de arte institucionais, como o retrato do primeiro presidente de Burkina Faso, Maurice Yameogo, com quatro metros de altura.

Em 2018, o artista recebeu o prêmio Grand Prix du Dessin d'art em Burkina Faso.

Renata Martins (São Paulo, 1980) é educadora social, crítica de arte, tradutora e curadora freelancer radicada em Bonn, Alemanha, onde trabalha desde 2018 no Departamento para a América Latina da Deutsche Welle. Durante 10 anos, atuou em vários departamentos do Goethe-Institut de São Paulo, Buenos Aires e Montevideo (programação cultural, cooperação pedagógica, ensino de alemão e administração). Escreve para vários veículos de comunicação no Brasil, Alemanha e Argentina sobre artes visuais, cultura, sociedade e especialmente sobre artistas sul-americanas. Em 2021, curou e organizou para o Instituto Goethe de Salvador o catálogo virtual „Arte+ Panorama de Artistas Visuais Transvestigeneres no Brasil“.

Andreas Dauererer (*1978) é um autor e fotógrafo. Depois de estudar ciências da cultura e das medias em Düsseldorf, completou a sua formação jornalística em Munique, após uma curta pausa de viagens. Desde 2008 tem trabalhado como autor e fotógrafo freelancer para várias revistas, jornais e meios de comunicação online, principalmente nas áreas de viagens e cultura, mas não só. Além disso, concebe e administra vários projetos web.

Andreas Dauerer é membro da Hamburger Autorenvereinigung Writersroom (Associação de Escritores de Hamburgo), na qual ele organizou várias leituras na cena cultural local. No entanto, sua paixão é cada vez mais pela fotografia. Desde 2018 algumas de suas obras estão listadas na galeria de Hamburgo Roschlaub.
 

THÓ SIMÕES, artista visual, nasceu em 1973 em Malanje, Angola.

Fez sua formação artística no Instituto Nacional de Arte e Cultura (INFAC) em Luanda, Angola. É um grafiteiro que trabalha em várias disciplinas de arte, incluindo pintura, graffiti, fotografia, filme, instalações e performances. Thó combina em seu trabalho o simbolismo de antigas tradições africanas com a linguagem do graffiti das ruas de São Paulo e com isso cria sua visão sobre a vida no interior das cidades africanas. Em seu próprio país, Thó pertence ao alto escalão nacional e é um dos principais artistas do projeto internacional Leba Murals, no qual 6000 m2 de murais são pintados nas províncias do Namibe e Huíla. Thó tem participado desde 2001 de muitas exposições individuais e coletivas em vários países, incluindo Angola, Brasil, África do Sul, Gana, Portugal, Itália e Holanda.

Lindiwe Matshikiza é uma artista com formação em criação teatral e  que vive em Joanesburgo.  Trabalha como autora, performer e realizadora em vários contextos, tais como projectos de artes visuais, espectáculos públicos, peças de teatro, cinema e outras media. Sua abordagem é predominantemente colaborativa, exploratória, baseada em processos e interdisciplinar, e seus projetos muitas vezes assumem mais de uma forma ao longo do tempo.  Lindiwe é co-fundadora e co-directora da Mother Box: Organização para a Cooperação nas Artes, uma organização sem fins lucrativos, artisticamente liderada que lida com pesquisas e processos artísticos autodeterminados com o objetivo de articulá-los em uma linguagem que incorpore os processos.

Sibel Kekilli (*1980) é uma atriz premiada. Sua estréia no cinema "Contra a Parede" (2004) ganhou vários prêmios nacionais e internacionais, incluindo o Prêmio Alemão de Cinema para Melhor Atriz e o prêmio de Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de Santa Bárbara. Isto foi seguido por outras excelentes produções como "Winterreise", "Eve Dönüs" ou a série de TV "Gier".

Sibel Kekilli será homenageada como melhor atriz pela sua participação no filme "Die Fremde" pela segunda vez com o German Film Award e no Tribeca Film Festival em Nova Iorque, em 2010. "Die Fremde" é também uma contribuição alemã para uma das cobiçadas indicações ao Oscar na categoria "Melhor Filme de Língua Estrangeira".

Além de outros papéis no cinema, como a comédia de sucesso "What a Man" (2011), Sibel Kekilli foi a detetive na série "Tatort" de Kiel de 2010 a 2017 e alcançou fama mundial através de seu papel como Shae na série de sucesso da HBO "Game of Thrones".

Além de atuar, Sibel Kekilli está comprometida com os direitos das mulheres. Ela foi embaixadora da Terre des Femmes por muitos anos e recebeu a Cruz de Mérito Federal 2017 por sua luta por direitos iguais para meninas e mulheres. Ela também apoia a organização de ajuda Papatya, onde atua como patrocinadora da consultoria online Sibel, e é membro fundador da rede de mulheres UNIDAS, com o objetivo de fortalecer os direitos das mulheres entre a América Latina, o Caribe e a Alemanha.

"Para a indústria da música", disse Daniel Haaksman à Afropop Worldwide, "é o pior momento de todos os tempos. Mas para novas músicas, é o melhor momento de todos os tempos. Com a internet, tudo está circulando". Como DJ e produtor, e como chefe do Man Recordings, Daniel, de Berlim, está bem no olho dessa tempestade emocionante. Ele não conhece fronteiras, regozijando-se com o fluxo livre da criatividade enquanto absorve todos os ritmos e sombras deste planeta de som nas suas produções. É um artista que nunca negligencia o poder de uma melodia forte quando se trata de saciar uma pista de dança esfomeada, seja um riff de guitarra ou um balafão. Cheio de sabor e 100% comprovado, uma apresentação do DJ Daniel Haaksman não faz prisioneiros, nem deixa uma única pessoa imóvel.

João Renato Orecchia Zúñiga é um artista, músico e compositor peruano-italiano  nascido no Brooklyn e radicado em Joanesburgo.
 
Através da experimentação e da improvisação, Orecchia explora as capacidades de conexão do som, tanto através das suas propriedades físicas quanto das propriedades materiais pre-conscientes, procurando um equilíbrio entre a tecnologia informática, eletrônica analógica e os sons do mundo real, como a voz humana, as gravações de sons do ambiente e os instrumentos musicais tradicionais.
 
A trajetória de Orecchia como músico autodidata está na performance e composição improvisada para vídeo arte, cinema e teatro. A sua prática estende-se à performance e intervenção pública e o seu mestrado recentemente concluído em Artes Digitais, trouxe uma mudança para uma abordagem mais espacial e física da composição, onde o som, a vibração, o espaço, a música e o público se ligam em experiência.
 
Orecchia lançou vários discos, recebeu o South African Film & Television Award  por design de som e publicou, no Leonardo Music Journal e no Oxford Handbook of Sound Studies.

Natasha A. Kelly é uma erudita independente, autora e curadora. Ela tem um PhD em Estudos de Comunicação e Sociologia com foco em pesquisa sobre o colonialismo alemão e feminismo negro. Nascida no Reino Unido e criada na Alemanha, Natasha lecionou em várias universidades na Alemanha e na Áustria. Como Assistente de Pesquisa no Centro de Estudos de Gênero transdisciplinares da Humboldt-University Berlin (2010 - 2013), ela lidou com a descolonialidade do conhecimento, poder e seres. Em suas publicações „Afroísmo“ (2008) „Irmãs e Almas“ (2015) „Afrokultur“ (2016) et al. e em seus trabalhos criativos „EDEWA - O Supermercado Pós-colonial“ (2010 em curso) (http://www.edewa.info), „O Gabinete de Veneno“ (Museu Histórico Alemão de Berlim, 2016/2017) e „Palácio de African_Diaspora“ („ World Exhibition_Reformation „, Wittenberg 2017) et al. ela combina teoria e prática, criando linhas de transferência entre academia, sociedade e política.

Além de seu trabalho de consultoria para várias instituições de arte, ela foi a diretora artística da série de teatro seqüencial „M (a) y Sister“, baseada em seu livro „Sisters & Souls“ (2015) e performou no HAU Hebbel no teatro Ufer em Berlim de 2015 a 2018. O seu premiado filme de estreia „Millis Awakening“ (2018) foi encomendado pela 10ª Bienale de Berlim e mostrado no Museu de Arte Moderna MMK Frankfurt am Main (2018/2019), no Museu Kirchner Davos, Áustria (2018), na Art Association Australia e Nova Zelândia AAANZ (2018) e na Bundeskunsthalle Bonn (2019). O livro bilíngüe (Eng. / Ger.) do seu filme foi publicado em 2018 e está disponível na Orlanda Frauenverlag em Berlim. Além disso, Natasha é ativista da Comunidade Negra Alemã há vários anos e se descreve como uma “ativista acadêmica”.

Ace of Diamonds, nascida e criada em Berlim faz parte do coletivo artístico No Shade e explora a boate como epítome da cultura. Como ela se acha muito rápida para viver e jovem demais para morrer, a pista de dança lhe dá a oportunidade de se estabelecer em um limiar, em que ela transforma ânsias desconhecidas em uma realidade saborosa.  É por isso que os sets dela são repletos de mash-ups vivas, mudanças de tempo e combinações incomuns no som.  Eles levam a multidão a uma jornada agitada, que deixa aberta a oportunidade de uma transformação individual através da experiência coletiva, enquanto suas batidas ganham cada combate mortal.

Anta Helena Recke é uma artista alemã-senegalesa. Antes de começar o estudo de “Artes Cênicas” na Universidade de Hildesheim, Alemanha em 2011 ela trabalhava na área do teatro pedagógico no teatro emancipatório para crianças “GRIPS” em Berlim.  Na universidade ela realizava várias performances transdisciplinatórios e projetos curatórios na área de som e música. Como performista e assistente do director / coreógrafo ela trabalhava com Ana Borralho e João Galante na Culturgest Foundation em Lisboa e com Gintersdorfer/Klaßen em diferentes locais internacionais. Ela era assistente do diretor em Münchner Kammerspiele, onde trabalhava, entre outros, com Susanne Kennedy, Philippe Quesne e Amir Reza Koohestani. Atualmente está trabalhando como artista e criadora de teatro em constelações diferentes, p.e. com Daniel Cremer, Khoikonnexion & KANTE, Julia*n Meding, Jeremy Nedd, Schwabinggradballett, Joana Tischkau, Julian Warner e outros. A sua obra, arte conceptual na forma de performances teatrais,  circula pela marcação e não-repetição de normatividade e convenções de percepção. A sua obra LOVEPIECE (2016), que se desenvolveu no contexto do treibstoff-Theatertage na Basileia, Suiça, foi mostrada a diferentes locais na Alemanha e na Suiça. Em 2017 ela obteve uma bolsa do teatro da cidade de Munique para fazer um estudo de pesquisa na África do Sul. No mesmo ano ela realizou a peça MITTELREICH em Müncher Kammerspiele, que depois foi selecionada para o Encontro de Teatro em Berlim (Berliner Theatertreffen).  Foi eleitada diretora do ano 2018 do journal “Theater heute” e fez parte do grupo residente veiculoSUR, que se realizou em Chile, França e Alemanha em colaboração com diferentes parceiros internacionais como o SESC São Paulo e o NT8H Lyon. A sua obra mais recente “ANGSTPIECE”, que se desenvolveu no  Sophiensaele Berlim, foi selecionada pelo festival radikal jung 2019 em Munique.

Friedrich Hanisch é um criador de videogames de Halle (Alemanha). No ano 2010 provou os seus estudos de Design de Multimedia na prestigiosa escola de artes alemã Burg Giebichenstein com distinção; o seu projeto final, um protótipo de um videogame, ganhou o SAE Alumni Award. Depois disso fundou em conjunto com Jana Reinhardt o estúdio de videogames “Rat King” e desenvolveu, entre outros, o jogo de mistério “TRI: OF Friendship and Madness”. TRI ganhou no ano 2015 o “Goldenen Spatzen” (Pássaro de Ouro) e o Prémio alemão de Videogames (na categoria melhor jogo de rapazes). O trabalho de Friedrich inclui o desenho de jogos, desenho de níveis, e o desenvolvimento e implementação de jogabilidade interativa.
 
Jana Reinhardt é programadora e jornalista de videogames. O seu trabalho consiste em ligar o jogo com o conto/relato, bem como criar um design de jogo atípico e caráteres excitantes.
Em 2010 terminou os seus estudos de Design de Multimedia na prestigiosa escola de artes alemã Burg Giebichenstein e fundou em 2011, junto com Friedrich Hanisch, o estúdio de videogames RAT KING. Com o seu jogo de mistério “TRI: OF Freidnship and Madness”, RAT KING ganhou o “Goldenen Spatzen” (Pássaro de Ouro) e o Prémio alemão de Videogames (na categoria melhor jogo de rapazes) no ano 2015.

Fabian Saavedra-Lara é curador chileno-alemão no campo da arte da mídia e da cultura digital. Em 2010 e 2011, trabalhou no escritório do fundador do Dotmunder U - Centro de Arte e Criatividade. Como parte do festival de arte de mídia ISEA2010 RUHR e em nome da HartwareMedienKunstVerein (HVMK) ele trabalhou como gerente de projeto da exposição E-Culture Fair 2010. Em 2012, foi curador assistente na HMKV. Em 2013, Saavedra-Lara recebeu a exposição interdisciplinar de grupos Requiem for a Bank e co-curou o New Industries Festival na HMKV. Em 2017, ele foi co-curador da exposição coletiva e festival Afro-Tech em HMKV. Desde 2013, ele lidera o escritório da medienwerk.nrw, uma rede de organizações que trabalham em vários campos da arte da mídia e da cultura digital na Renânia do Norte-Vestfália. Desde 2016, ele é co-diretor do Programa Interkultur Ruhr da Associação Regional do Ruhr.

Amaro Abreu mora em Porto Alegre e cursa Artes Visuais na Ulbra. Já pintou e participou em eventos em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Fora do Brasil na Argentina, Paraguai, Uruguai, Franca e Alemanha, Egito, Líbano e Índia. Realizou a exposição individual Habitat em Porto Alegre, Canoas, Nova Prata, Bagé e Santa Maria e a Vida Paralela na Galeria Mário Quintana. Participou também das exposições coletivas “Faço Parte” (Brasil), “Conexion Arte Melo” (Uruguai) e “Somos todos” (México). Atuou na curta-metragens “CineMarighella”  e “Graficleta”, produzidas pelos alunos da cadeira de Fotografia para Cinema e Video da Ulbra. Realiza oficinas de graffiti para crianças pelo projeto Mais Educação. Participou do “Mutirão Luz no Cárcere”, evento em que foi pintado o pátio interno do presídio central e foi curador no Projeto Canoas Multicultural, muro pintado por vários artistas na cidade de Canoas. Em 2016 publicou pela Editora Libretos um livro com imagens e textos sobre a sua trajetoria artística. 

Salma El Tarzi (nascida em 1978) é uma cineasta, artista visual e ensaísta baseada no Cairo.

El Tarzi estudou  animação de desenhos animados no Cinema High Institute, no Cairo. Desde que se formou em 1999, trabalhou em comerciais de cinema e televisão e, em particular, nas áreas de direção, produção, dublagem e escrita. Em 2004 El Tarzi dirigiu seu primeiro documentário curto "Do You Know Why?" (Português: Sabe Porque?), que lida com modelos jovens em comerciais de televisão e venceu o Prêmio Prata do Festival de Cinema Árabe de Roterdã.

Desde então, ela continua a trabalhar no mercado mainstream enquanto segue sua carreira como documentarista. Em 2013, ela dirigiu seu primeiro documentário "Underground / On The Surface", que trata da subcultura da música Electro Shabbi, também conhecida como Mahrganat, e ganhou o prêmio de melhor diretora no Festival Internacional de Cinema de Dubai. No mesmo ano e depois de um bloqueio de 14 anos, ela começou novamente de pintar e desenhar. Em 2018, ela foi coautora e completou o romance de não-ficção " Three women: Stories from the Egyptian revolution " (em Português: Três Mulheres: Histórias da Revolução Egípcia). O romance é sobre violência institucional e social de gênero durante os primeiros anos da Revolta Egípcia e será publicado em abril de 2019.

Atualmente, ela está trabalhando em uma novela gráfica autobiográfica, bem como em uma pesquisa de arte sobre a representação do desejo e da normalização da cultura do estupro no cinema egípcio tradicional. O primeiro trabalho em andamento da pesquisa foi exibido no Goethe festival de artes feministas Tashweesh.

Max Annas é um escritor baseado em Berlin, cujos romances se desenrolam na Alemanha e na África do Sul. Três dos quatro romances ganharam o prémio alemão de romances policias. O seu quinto romance, publicado em Julho 2019, “Morduntersuchungskommission“ examina o assassinato de um trabalhador moçambicano contratado na  República Democrática Alemã em 1983.

Annika Kahrs é uma artista que trabalha principalmente com cinema, performance e instalação. Em seu trabalho, ela examina representações e interpretações, e está interessada em construções sociais e científicas, bem como em relações orgânicas evoluídas, como aquelas entre humanos e animais. Seus filmes oscilam entre a encenação e a observação documental; ela é curiosa – mede o ambiente, soma e subtrai – e nunca se esconde no filme, mesmo que sua presença só seja revelada em um breve olhar de um ator para o diretor.
 
Os vídeos de Kahrs são como coreografias. A música geralmente desempenha um papel próprio, não apenas pictoricamente ou na trilha sonora, mas convertida em imagem. Através de sua seleção e dos ajustes durante o processo de edição, a partitura se transforma em filme e, como resultado, este filme pode se transformar em um filme diferente na mente do espectador que o vê como partitura (Andreas Reihse, Image Movement).
 
Annika Kahrs, nascida em 1984, vive e trabalha em Hamburgo e Berlim. Ela recebeu diversos prêmios e bolsas de estudo, incluindo o VG-Award em 2017, o Stiftung Kunstfonds em 2018 e o George-Maciunas-Förderpreis em 2012, doados por René Block. Kahrs expôs nacional e internacionalmente, incluindo: Hamburger Bahnhof – Museum für Gegenwart, Berlim; 5ª Bienal de Arte Contemporânea de Thessaloniki, Grécia; Kunsthalle Bremerhaven, Savvy Contemporary, Berlim; exposição “On the Road” em Santiago de Compostela, Espanha; Bienal Internacional de Curitiba, Brasil; Hamburger Kunsthalle, Instituto KW de Arte Contemporânea, Berlim; Kunst-und Ausstellungshalle der Bundesrepublik Deutschland, Bonn; Martin Gropius Bau, Berlim; Flat Time House, Londres; e o Festival Velada de Santa Lucia em Maracaibo, Venezuela.

Georgina Maxim nasceu em 1980 em Harare, Zimbábue. É conhecida pelo seu trabalho como artista e como curadora, com mais de uma década de experiência na gestão artística e na prática curatorial. Juntamente com Misheck Masamvu, cofundou a Village Unhu, em 2012, um espaço coletivo de artistas que fornece estúdios, exposições, oficinas e programas de residência para artistas, entre jovens talentos e profissionais. De 1999 a 2013, Maxim trabalhou na Gallery Delta Foundation for Art and the Humanities como gerente de galerias, adquirindo sua primeira experiência durante e após seus estudos na Universidade de Tecnologia de Chinhoyi.

Como artista, seu trabalho combina tecelagem, costura e utilização de têxteis descobertos, criando objetos que escapam de definição. Os vestuários são desconstruídos e às vezes reconstruídos para encontrar novas maneiras de prestar homenagem e reflexão sobre a pessoa que possuía a roupa original. Maxim descreve isso como “a memória de”. Maxim foi nomeada pelo Prêmio Henrike Grohs (Goethe-Institut Abidjan) em 2018, exibiu extensivamente internacional e regionalmente e atualmente é representada pela Galeria Sulger-Beul, em Londres. Maxim estuda Artes Verbais e Visuais Africanas – Línguas, Curadoria e Artes na Universidade de Bayreuth, na Alemanha.

Patrick Giguère é um compositor cuja música é executada através das Américas e da Europa. Ele foi diretor artístico do Erreur de Type 27 e do Ensemble Lunatik e atualmente é diretor do Codes d’accès – três organizações dedicadas à música contemporânea. Entre muitos momentos importantes dos últimos anos, está a atribuição do prêmio Serge-Garant da fundação Socan pela terceira vez para a sua obra “Le sel de la terre”, em 2015, que depois foi gravada pelo Thin Edge New Music Collective da editora discográfica Redshift Records e transmitido no BBC Radio 3. A sua obra “Revealing” estreou pelo London Symphony Orchestra no Centro Barbican em Londres em abril de 2018, sob a direção de Susanna Mälkki. No outono de 2018, Giguère fez parte no Generation 2018 Canadian Tour com ECM+.
 
A prática da sua arte é um caminho para Giguère viver na sociedade de hoje e também de pensar e refletir sobre relações humanas e o mundo que nos rodeia. Patrick acredita que a música não é um fenômeno apartado e puro, mas sim terreno e fundamentalmente ligado à pergunta do significado de ser humano. A sua inspiração tem origens diferentes, sendo os performistas as mais importantes. A intensidade mágica, a sensibilidade e a virtuosidade da performance, bem como a fisicalidade do som, são suas fontes constantes da fascinação.
 
Patrick compôs para vários conjuntos, como a London Symphony Orchestra, o Bozzini Quartet, o Birmingham Contemporary Music Group, o Ensemble Court-Circuit, o Nouvel Ensemble Moderne, o Exaudi Vocal Ensemble, o Ensemble Paramirabo, a Pacific Baroque Orchestra, o Le Page Ensemble, o Aventa Ensemble, a American Academy of Conducting in Aspen Orchestra e a Orchestre de la Francophonie. Também está colaborando com artistas que partilham a mesma visão artística, como François-Xavier Roth, Richard Baker, Mark McGregor, Jeff Stonehouse e Cheryl Duvall. 
 
Depois ter estudado na Universidade Laval, Canadá, Giguére concluiu em 2018 o doutorado no Royal Birmingham Conservatoire, na Inglaterra. Durante a sua pesquisa, se focou no conceito Duende e valores como espontaneidade, autenticidade e exploração durante o processo criativo. Joe Cutler, Éric Morin, Howard Skempton, Michael Finnissy, Richard Ayres, Andrew Toovey e Ana Sokolovic são compositores com os quais Giguère trabalhou em estreita parceria, influenciando o seu desenvolvimento como compositor.

Segundo Bercetche, músico e cineasta, lançou cinco álbuns como compositor sob o nome de Siro Bercetche. Além disso, é membro de Lujo Asiático, um trio que faz “música eletrônica”, mas sem máquinas ou computadores: usando apenas um conjunto de bateria, sintetizadores e samplers. Lujo Asiático percorreu o Japão em outubro e novembro de 2017, retornando com a edição em vinil de seu primeiro álbum.

Bercetche começou a fazer videoclipes para si e acabou fazendo mais de 20 videoclipes para artistas locais e internacionais. O trabalho no documentário “Buenos Aires Rap” (2014) despertou seu amor pelo gênero. Também filmou “No va llegar” (2017), estrelado pelo bandoneonista Tomi Lebrero e sua jornada épica pela Argentina a cavalo. Atualmente, Bercetche está trabalhando com Diane Ghogomu no filme “Buenos Aires Black”, um documentário que tenta responder o que significa ser negro em uma cidade que foi treinada para enterrar sua própria negritude. Também está trabalhando com Carla Sanguineti num documentário de auto-observação de um músico de Buenos Aires lutando contra a crise política, econômica, industrial e emocional, enquanto tenta entender a relação entre arte, trabalho e internet.

Emo de Medeiros (nasc. 1979) vive e trabalha em Cotonou (Benin) e em Paris. Estudou na Ecole Normale Supérieure (Paris/Ulm), Ecole Nationale Supérieure des Beaux-Arts (Paris) e na Massachusetts College of Art (MassArt).

Sua obra se baseia em um único conceito que ele chama de "contextura" e explora as interconexões, hibridizações e circulações de formas, mitos e mercadorias no contexto de um mundo pós-colonial, globalizado e digitalizado.
 
Centra-se em espaços transculturais, questionando noções tradicionais de origem, locus ou identidade e investigando suas mutações em narrativas não lineares.
 
A obra artística de Emo de Medeiros sempre incluem  uma dimensão conceitual saliente e se caracterizam por uma abordagem participativa e ritmica, fundindo elementos tradicionais, técnológicos e semiológicos em formas transmidias.
 
Dentro de sua prática, Emo de Medeiros emprega uma variedade de mídias, incluindo desenho, escultura, vídeo, fotografia, montagem, arte performática, música eletrônica, instalações, pintura e tecido aplainado.
 
Seu trabalho já foi exibido internacionalmente, na França (Centre Pompidou, Palais de Tóquio), na Alemanha (MARKK Hamburgo), Brasil (Videobrasil Festival de Arte Contemporânea de São Paulo), Nigéria (LagosPhoto), Reino Unido, Japão, China, nas bienais de Marraquexe, Dakar e Casablanca.
 
Emo de Medeiros é bolsista da Associação Cultural Videobrasil como residente da Vila Sul.

A saxofonista, compositora e improvisadora Ida Toninato, de Montreal, tem ouvido para o desconhecido. Ela explora espaços reverberantes, com acústica incomum, para desenvolver parcerias artísticas com um forte senso de ligação.
 
Depois de anos tocando música contemporânea com vários parceiros, ela mergulhou de cabeça na busca de uma música que venha de suas próprias e ousadas intuições musicais.
Seu álbum de estreia, “Strangeness is gratitude” [Kohlenstoff Records, 2016], a colocou firmemente na cena experimental underground, com uma recepção entusiasmada de críticos, artistas e uma crescente base de fãs.
 
Atualmente, ela está produzindo um álbum de remixes com colaboradores como Nicolas Bernier e Valerio Tricoli, e suas composições vêm sendo cada vez mais requisitadas, tendo trabalhado com o coreógrafo Simon Renaud e o cineasta Thierry Loa. Também está em produção de seu segundo disco solo, “We become Giants”, gravado em um antigo tanque de água no deserto do Colorado.
 
Além de suas composições solo, Toninato escreve e atua ativamente com a musicista Ana Dall’Ara-Majek como Jane/KIN, criando performances que misturam espacialização e improvisação. Também atua com a instrumentista Jennifer Thiessen: juntas, elas lançaram “The Space Between Us” [Ambiances Magnétiques, 2018], indicado ao prêmio Opus Prize na categoria de música eletroacústica e experimental.
 
Toninato percorreu extensivamente a Europa e a América do Norte com o mundialmente renomado grupo de dança La La La Human Steps, e frequentemente divide o palco local de Montreal com sua grande comunidade de música de improvisação.
 
Ida Toninato recebe bolsa do Conseil des arts et des lettres du Quebéc (CALQ) para realizar a residência no Programa de Residência Artística Vila Sul do Goethe-Institut Salvador-Bahia.

Nascido em Soweto, na África do Sul, Neo Muyanga cresceu cantando em coros tradicionais locais. Mais tarde, se mudou para Trieste, na Itália, para prosseguir nos estudos da tradição madrigal italiana.
 
Atualmente, seus interesses de pesquisa e performance estão no estudo da estética da música de protesto em todo o sul global. O foco particular é no teatro musical e na ópera, como uma prática política e marginal dentro da comunidade negra na África do Sul.
 
Em 1996, Muyanga fundou, com Masauko Chipembere, a dupla acústica de soul BLK Sonshine, reunindo seguidores em toda a região sul da África e outras partes do mundo, com seus lançamentos no topo das paradas “Born in a taxi” e “Building”.
 
Ele compõe óperas de câmara, peças e obras musicais para conjuntos grandes e mistos, empregando uma estética sincrética que, ao mesmo tempo, faz referência aos modos tradicionais de música Basotho e Zulu, free jazz e música barroca ocidental.
 
Ele e o editor Ntone Edjade cofundaram a Pan African Space Station – uma plataforma de música ao vivo e um portal de streaming que hospeda e exibe música e arte de vanguarda do continente africano e da diáspora.

Tine Fetz e Nick Jongen trabalham juntos desde 2016. Eles criaram o projeto colaborativo “Ghost Bag & Tine Fetz”, que é o resultado de uma relação por correspondência de longa distância, entre ilustrações e gravações caseiras.
 
“O que começou como o conceito solto de ‘Tine desenha, depois Nick grava’ se transformou em um diálogo artístico e pessoal que nenhum de nós viu acontecer antes. Foram necessários dois meses intensos para moldar este projeto, compartilhando segredos e nos aproximando ao longo do caminho. Desenhando e gravando em cada minuto livre que tivemos, ‘Ghost Bag & Tine Fetz’ tornou-se a narrativa do nosso sonho febril.”
 
Em 2018, eles fizeram uma turnê pela Europa, tocando suas músicas ao vivo. Além disso, criaram juntos pequenas histórias em quadrinhos e experimentaram diferentes formas de diálogo musical e visual.
 
Tine Fetz (*1984) mora em Berlim e trabalha com quadrinhos e ilustração. Ela publica suas histórias em quadrinhos em revistas e jornais.
 
Nick Jongen (*1991) também está nas bandas Sleep Kit, Baby Galaxy e I Am Oak. Ghost Bag é seu projeto solo.

Desde 2012, Hans Diernberger (* 1983 em Munique Alemanha , media art) e Will Saunders (* 1983 em Stockton-On-Tees Reino Unido, sound art) realizaram vários projetos artísticos juntos, seja a instalação de som surround LANYC (nomeada para Marl Media Art Awards 2016) ou a instalação multimídia VENUS, que foi produzida durante uma residência em Villa Aurora, Los Angeles.

Suas colaborações são amalgamações de arte sonora e instalações de vídeo / fotografia que se complementam e se expandem mutuamente. Os artistas estão atualmente trabalhando em seu projeto de longa data sobre a única gueixa masculina do Japão. Este projeto é apoiado pelo Ministério da Cultura e Ciência na Renânia do Norte-Vestefália e Conselho de Artes da Inglaterra/ British Council.
 

Hugues Anhes nasceu e foi criado em Paris, Port de la Chapelle, num projeto de construção que é quase tão velho quanto ele. Da Beaux Arts de Paris até a prestigiosa École des Gobelins, Hugues trabalhou como fotógrafo nos mundos da indústria de música e da publicidade.

Hugues Anhes usa a fotografia como um meio que permite que os seus sujeitos se revelem. Através dos seus olhos, ele toca as almas das suas intimidades para revelar uma parte dessa intimidade que está dentro de todos nós e que é universal.

Desde 2016, ele trabalha no projeto de arte in-situ que se chama #affichezvousproject (Mostre-se). Criando instalações de arte in-situ como pontes culturais e para nos fornecer uma reflexão de quem somos como seres humanos, ele contribui para a criação de uma nova consciência coletiva.
 
Exposições in-situ recentes:
 
Setembro 2018 na reserva indígena Lower Brule, na Dakota do Sul, EUA. Ele mostrou a herança da tribo Lakota através de retratos contemporâneos misturados com retratos dos antigos líderes indígenas americanos fora da reserva, instalando peças de arte na cidade de Chamberlain.
 
Agosto/Setembro 2018 no Climax Festival, um evento de eco-mobilização para mudança climática em Bordeaux, França, que reuniu várias personalidades e fundações como Jane Goodall, Sea Shepherd, WWF.

Ng'endo Mukii é uma premiada diretora de cinema. Seu filme mais conhecido, Febre Amarela, um documentário animado, mostra como as influências ocidentais afetam o ideal da beleza africana.
Seu trabalho se concentra nos relacionamentos, na separação entre percepção e realidade, e no uso da representação em movimento para incorporar verdades não ditas. Em uma de suas palestras - Film Taxidermy and Re-Animation - na renomada conferência de design Indaba (2015), ela sugere a animação como um meio de re-humanizar a representação indígena.

Ng'endo graduou-se na Escola de Design de Rhode Island (2006) e, posteriormente, obteve um mestrado em Animação no Royal College of Art (2012). Ela é aluna da Berlinale Talents (2014, 2015), oradora principal do Design Indaba 2015 e em 2015, participou na residência artística Grafikens Hus (em parceria com a Iaspis).

Seus filmes ganharam uma variedade de prêmios, incluindo o Prêmio Silver Hugo de Melhor Curta de Animação de no Chicago International Film Festival e a Melhor Curta-Metragem no Africa Magic Viewers´ Choise Awards.

Ela trabalha como cineasta freelancer em Nairobi.
 

Samy Ben Redjeb nasceu na Tunísia, filho de pai tunisiano e mãe alemã. Ele tem paixão pela música africana, coleciona discos de vinil africanos originais, trabalha como DJ e é o fundador da gravadora alemã Analog Africa.
 
“O futuro da música aconteceu décadas atrás” é o lema da Analog Africa. Criada em 2006, seu objetivo é mostrar algumas das músicas mais fascinantes criadas pelo homem.
 
Samy ficou interessado em música africana enquanto viajava de férias e de trabalho, mas a transformou numa paixão séria depois de se tornar DJ residente de um hotel no Senegal. Foi lá na capital de Dakar que ele começou a organizar festas africanas semanais e percebeu que sua percepção da música africana estava repleta de clichês. A música que ele estava descobrindo estava bem à frente do seu tempo – muito mais sofisticada e futurista do que os sons africanos que se podia ouvir nas rádios ocidentais. Esses sons vindos do que parecia ser um mundo musical paralelo, que ninguém sabia que existia, tinham que ser exibidos.
 
A Analog Africa nasceu com o lançamento de uma compilação da Green Arrows Band do Zimbábue e, desde então, já apresentou cerca de 40 projetos e viajou para 28 países africanos. A música lançada pela gravadora pode ser descrita como torcida, psicodélica, hipnótica, mística, às vezes peculiar e sempre incrivelmente groove. São sons que têm sido lançados com raridade, ou nunca fora da África.
 
As músicas são todas licenciadas diretamente pelos artistas e os produtores, e considerável importância também é colocada no encarte de álbum detalhado, contando histórias incomuns sobre músicos incomuns, completado com fotografias raras, entrevistas e discografias completas. A gravadora recebeu vários prêmios e nomeações, incluindo o “Preis der deutschen Schallplattenkritik” de 2011; “Angola Soundtrack: The Unique Sound of Luanda 1968-1976” (projeto parcialmente financiado pelo Goethe-Institut); e Gilles Peterson’s nomeação para “Label of the Year” em 2011.
 
Nos últimos anos, a Analog Africa cruzou o Atlântico e se aventurou nos gêneros de música influenciados pelo folclore africano. O ano de 2012 foi o lançamento de “Diablos del Ritmo – The Colombian Melting pot 1960-1980”, uma compilação de músicas obscuras colombianas. Em 2014, a jornada continuou nas águas do norte do Brasil, com duas compilações com o Mestre Cupijó, oriundo da linda cidade fluvial de Cameta, a modernização do estilo mítico Siria do Pará e o lançamento de um álbum chamado “The imaginary Soundtrack to a Brazilian Western Movie”, do lendário safoneiro Camarão de Caruaru (Pernambuco), o homem responsável por adicionar uma seção de trompas à música do forró.
 

Sabeth Buchmann é historiadora e crítica de arte, além de professora de Arte Moderna e Arte Pós-moderna na Academia de Belas Artes de Viena. No semestre de primavera de 2017, ela foi professora visitante no Kunsthistorisches Institut der Universität Zürich. De janeiro a março de 2016, foi professora convidada na UCLA, L.A. Desde 2018, é membro do conselho da Escola de Artes da Universidade Católica Portuguesa, no Porto. Desde 1998, é membro do conselho consultivo da revista Texte zur Kunst. Faz contribuições regulares para revistas de arte, antologias e monografias, bem como catálogos de exposições.

Juntamente com Helmut Draxler, Clemens Krümmel e Susanne Leeb, ela lançou PoLYpeN, uma série sobre crítica de arte e teoria política publicada pela b_books, Berlim. O último livro publicado: Co-ed. com Ilse Lafer e Constanze Ruhm: Putting Rehearsals to the Test. Practices of Rehearsal in Fine Arts, Film. Theater, Theory, and Politics em Berlim / Viena 2016 (no contexto do programa de exposições e filmes Putting Rehearsals to the Test na Leonhard and Bina Ellen Gallery (Universidade de Concordia), a Galeria SBC e VOX - VOX - Center de l ' imagem contemporaine em Montréal. Publicações anteriores: Textile Theorien der Moderne. Alois Riegl em crítica de arte (ed. Com Rike Frank), Berlim 2015), Hélio Oiticica, Neville D'Almeida e outros: Bloco de Experimentos na Cosmococa. Londres 2013 (com Max Jorge Hinderer Cruz), e Film Avantgarde Biopolitik, Viena 2009 (ed. Com Helmut Draxler e Stephan Geene), Denken gegen das Denken. Produktion - Technologie - Subjektivität bei Sol LeWitt, Yvonne Rainer e Hélio Oiticica, Berlim 2007; Art After Conceptual Art (ed. Com Alexander Alberrro), Cambridge / Mass e Cologne 2006.

O artista Jean-François Prost estudou Arquitetura e Design Ambiental. É interessado em novas áreas de pesquisa urbana que são marginalizadas dos lugares normalmente criados pela intervenção artística e design: espaços (ou situações) negligenciados, sem função, supercontrolados, estéreis e não particularmente específicos.

No trabalho de Prost, a arte é um ato de resistência, um estado de espírito, um meio de se expressar e trocar ideias. Estimula, promove e defende a presença da arte em todos os lugares e a qualquer momento.
Desde 1998, seus trabalhos individuais e colaborativos, como fundador da Adaptive Actions (2007) e cofundador do Atelier SYN (2000), foram exibidas na Bienal de Liverpool em 2006, na Bienal Internacional de Arquitetura de Roterdã, no Centro de Arquitetura Canadense em Dare, no 3º Manifesto de Quebec, na Bienal de Madrid Abierto, na Fundação Musagetes e Graham e na Bienal de Arquitetura de Lisboa e São Paulo.

Em 2014, após a publicação do livro Heteropolis, a Adaptive Actions Platform foi tema de uma série de eventos e exposições, incluindo a Bienal de Arte de Montreal, o MAC Museum, MUAC (México DF) e a Tokyo Wonder Site Gallery (2014-2015). Atualmente, ele está trabalhando em quatro novos projetos: Paradas / Arrêts na Cidade do México, Galeria de Arte Bina Ellen (Montreal), programa Queer City São Paulo e um projeto de livro produzido com foto e avatar VU (Cidade de Quebec).

Jean-François Prost recebeu bolsa do Conseil des arts et des lettres du Quebéc (CALQ) para realizar uma residência artística no Programa de Residências Vila Sul.
 

Vladimir Muhvich Meirelles (Uruguai - 1975) é artista visual, curador, restaurador e pesquisador de arte tradicional e contemporânea.
 
O artista vincula sua arte e sua carreira profissional por meio de estratégias no campo das artes, associadas à pesquisa, catalogação e preservação, aplicadas como material de consumo para modelar seu trabalho a partir de uma perspectiva conceitual e objetiva. Muhvich recorre a modelos matemáticos como ferramenta para analisar e verificar aspectos emergentes que possibilitam o estudo dos diversos campos envolvidos na produção humana. O seu trabalho prático pretende evidenciar como os contextos sociais, políticos e culturais influenciam a construção e validação de produções artísticas. Ele investiga o estudo de objetos culturais e seu contexto para gerar cartografias técnicas, institucionais, sensoriais, iconográficas e de conservação. Sua atividade está relacionada principalmente à criação e aplicação de ferramentas digitais para estudar e recriar o campo das artes.
 
Muhvich desenvolveu um aplicativo de software chamado OPPAMEV com o objetivo de modelar e classificar o campo das artes para gerar mapeamentos de diferentes meios de expressão e das áreas do cérebro que eles estimulam. Sua produção artística abrange desde os meios tradicionais de produção até meios digitais, incluindo a produção de software, arte de instalação, esculturas tradicionais e digitais, animações, vídeos, gravuras e pinturas.
 
O trabalho de pesquisa realizado por Muhvich, bem como sua produção artística e suas realizações acadêmicas, tem sido objeto de diferentes exposições, juntamente com apresentações e trabalhos publicados em toda a América Latina e Europa. Em seu país natal, ele atua em diferentes órgãos estaduais, trabalhando como curador e restaurador de peças de arte tradicional e contemporânea.

Willem de Rooij (*1969 Beverwijk / Holanda) vive e trabalha em Berlim. Ponto centrais do seu trabalho são a seleção e combinação de imagens em uma variedade de diferentes mídias, variando de escultura a fotografia, filme e texto. 
 
As recentes exposições individuais incluem “Whiteout” na KW Berlin (2017), “Entitled” na MMK2, Frankfurt am Main (2016), “Character is Fate” em Witte de With, Roterdão (2015) e “Intolerance” na Neue Nationalgalerie, Berlim (2010).  Desde 2006, é professor de Belas Artes na Städelschule em Frankfurt am Main e professor da Rijksakademie em Amsterdã.

Em 2016, foi cofundador do BPA // Berlin Program for Artists. Suas obras podem ser encontradas nas coleções do Museu Stedelijk em Amsterdã, MUMOK em Viena, Hamburger Bahnhof em Berlim, Centre Pompidou em Paris, MOCA em Los Angeles e MOMA em Nova York.

Akosua Adoma Owusu, nascida em 1º de janeiro de 1984, é cineasta, produtora e diretora de fotografia ganense-americana. Seus filmes tratam da colisão de identidades, nas quais os imigrantes africanos radicados nos Estados Unidos têm uma “consciência tríplice”. Owusu interpreta a noção de dupla consciência de Du Bois e cria um terceiro espaço cinemático ou consciência, representando diversas identidades, incluindo feminismo, queerness e imigrantes africanos interagindo na África, bem como cultura branca e negra americana.

Seus filmes têm sido exibido internacionalmente, incluindo festivais como o de Rotterdam, Rencontres Internationales Paris/Berlin, Toronto, New Directos/New Films, BFI London Film Festival e San Francisco International Film Festival, entre outros. Ela foi um dos artístas em destaque no 56th Robert Flaherty Seminar, programado pelo renomado crítico cinematrográfico Dennis Lim. Em 2015, ela foi nomeada ao Indiewire como uma das seis proeminentes cineastas mulheres Avant-Garde que redefiniram o cinema. Owusu combina, frequentemente, etnografia pessoal e representações culturais da beleza para jogar com estéticas filmicas experimentais que preservam tradições históricas. Projetos recentes incluem reviver o histórico Rex Cinema de Gana como um espaço criativo para arte, música e cinema.

Seu mais recente trabalho, On Monday of Last Week (2018) (Port.: Na segunda-feira da última semana), é um filme que adapta uma história curta da coleção da renomada autora Chiamamanda Adichie, The Thing Around Your Neck. (Port.: A coisa em volta do seu pescoço). Foi indicada ao prêmio African Movie Academy Awards de 2017 e estreou no Festival Pan-Africano de Cinema e Artes, antes de ser exibido no Fowler Museum e no 25º Festival de Cinema Africano de Nova Iorque, coapresentado pela Film Society of Lincoln Center.

Reluctantly Queer (2016) foi indicado ao Globo de Ouro e ao Teddy Award na Berlinale e venceu o prêmio especial do público do Best International Short no Baltimore International Black Film Festival. Foi listado como um dos melhores filmes da crítica de 2016 na Sight & Sound, uma revista mensal publicada pelo British Film Institute (BFI). Kwaku Ananse (2013) recebeu uma indicação ao Urso de Ouro no Berlinale de 2013 e ganhou o African Film Academy Award de 2013 de Melhor Curta-Metragem. Me Broni Ba / My White Baby (2009) foi aclamado pela crítica em mais de 100 festivais e museus internacionais de cinema, tendo um acordo de distribuição com o The Cinema Guild.

As apresentações solo de Owusu incluem Fowler Museum da UCLA (2018); Nickelodeon Theatre (2018); The Museum of Fine Arts Houston (2016); Museum of Modern Art (2015); UnionDocs (2012), entre outros. O trabalho de Owusu foi incluído em grandes exposições coletivas, como National Gallery of Art (2018), ICA London (2017), Smithsonian National Museum of the American Indian (2017), Art + Practice (2015), Institute of Contemporary Art, Philadelphia (2015) e Prospect.3 New Orleans Triennial (2013).
Owusu recebeu numerosas bolsas, incluindo a John Simon Guggeheim Fellowship em Artes Criativas (2015), Art Matters Foundation (2012) e o Africa First Award (2012), patrocinado por Focus Features. Ela também realizou residência na MacDowell Colony, Camargo Foundation.

Black Sunshine, sua próxima estreia, tem o apoio da Produire au Sud (2010), Creative Capital Foundation (2012), Durban FilmMart’s ARTE France International Prize (2013), Berlinale World Cinema Fund (2014) e Tribeca Film Institute (2015).

Seu trabalho integra as coleções permanentes do Whitney Museum of American Art, Centre Pompidou, Fowler Museum, Yale University Film Study Center e Indiana University Bloomington, sede do Black Film Center/Archive.

Owusu é mestre em Fine Arts em Filme e Vídeo e Belas Artes do Instituto de Artes da Califórnia e recebeu, com distinção, título de bacharelado em Media Studies and Studio Art da Universidade de Virginia. Atualmente, divide seu tempo entre Gana e Nova Iorque, onde trabalha como Professora Visitante Assistente da Pratt Institute no Brooklyn. Seus filmes são produzidos por sua empresa produtora Obibini Pictures LLC.

Akosua Adoma Owusu é representada por Andrew Farber da Farber Law LLC.

Cécile Martin é mestre em arquitetura (MArch). É fotógrafa, cinegrafista, ativa na web e na arte pública, performer, cenógrafa e curadora de arte com novas mídias e arquitetura. Radicada em Montreal (Canadá), ensina na Escola de Design da Université du Québec em Montreal.

Como diretora geral e artística da bienal internacional Champ Libre (www.champ-libre.org), Cécile Martin realizou, em Montreal e no mundo todo, 16 eventos de media arts site specific, em espaços públicos ou prédios históricos abandonado, tendo reunido intervenções colaborativas entre artistas de media art e arquitetos. Em 2009, recebeu a bolsa da Fundação RAIC (Royal Architectural Institute of Canada). É membro executivo da Hexagram International Network, Dedicada à Pesquisa-Criação em Artes com Novas Mídias, Design, Tecnologia e Cultura Digital e gerenciou o Media Art Histories Re-Criate 2015, simpósio de pesquisadores emergentes.

Em 2014, iniciou o doutorado em Humanidades no Centro de Estudos Interdisciplinares em Sociedade e Cultura (CISSC) da Universidade de Concordia (Montreal), com os orientadores Chris Salter, Orit Halpern e Brian Massumi.

Cecile Martin recebeu bolsa do Conseil des arts et des lettres du Quebéc (CALQ) para realizar uma residência artística no Programa de Residências Vila Sul.

Cecile Martin ist als Stipendiatin des Conseil des arts et des lettres du Quebéc (CALQ) Residentin in der Vila Sul.
 

Augusto Soledade, contemplado com a bolsa Guggenheim em 2008, é o diretor artístico, fundador e coreógrafo residente da Augusto Soledade Brazzdance, conhecida como Brazz Dance Theater Incorporated, em Miami.
 
Em 2015, Soledade foi premiado pela sétima vez com a Miami Dade Choreographer’s Fellowship, do Miami Dade Cultural Affairs. Em 2012, foi premiado com o Knight Arts Challenge Grant em apoio ao Miami Dance Mecca Project, uma iniciativa implementada pela Augusto Soledade Brazzdance para impulsionar a reputação de Miami como um centro emergente para a dança contemporânea. Também em 2012, foi premiado pela segunda vez consecutiva com a Bolsa Individual de Artista da Divisão de Assuntos Culturais do Estado da Flórida.
 
Em 2011, Soledade foi indicado para a bolsa Zelda Fichandler e recebeu a Creation Fund Grant and the Forth Fund from the National Performance Network (NPN). Em 2010, foi premiado pela terceira vez com a bolsa de estudos da Dance Miami Choreographer’s Fellowship. Ele recebeu esta importante bolsa pela segunda vez em 2008. Também em 2008, foi premiado com a prestigiada bolsa Guggenheim em Coreografia.
 
Desde sua transferência para Miami, Flórida, ele recebeu a Bolsa de Artista Individual da Flórida, a Bolsa de Acesso ao Artista, a Bolsa de Aprimoramento do Artista e o Subsídio de Intercâmbio Cultural Internacional da Divisão de Assuntos Culturais do Estado da Flórida. Em 2005, recebeu pela primeira vez a bolsa Miami Dade Choreographer, o subsídio para o Workshop Creative Capital e o subsídio da comunidade do Miami Dade Cultural Affairs. Também recebeu vários subsídios do Conselho de Artes de Northampton e do Smith College para desenvolver projetos coreográficos e de pesquisa.
 
Augusto Soledade atualmente atua como professor associado em tempo integral em Dança na Nova Southeastern University em Davie, Flórida. Outros cargos em universidades e faculdades incluem: professor assistente na Florida International University, em Miami, Flórida; professor assistente visitante e conselheiro de pós-graduação na Smith College, Massachusetts; professor assistente visitante em dança na Universidade de Michigan, em Ann Arbor; instrutor convidado no Wells College, Nova Iorque, e instrutor adjunto na Universidade de Rochester.
 
Ele obteve seu M.F.A. em Dança da SUNY Brockport em 1998. Também em 1998, recebeu o Prêmio de Dança de Pós-Graduação Pylyshenko-Strasser e foi o finalista na categoria de dança para a Thayer Fellowship de 1998.
 
Augusto Soledade, natural da Bahia, Brasil, iniciou seu treinamento de dança na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em um programa com forte ênfase em dança moderna, e treinou com Garth Fagan e Clyde Morgan. Ele também é formado em jornalismo pela UFBA.

jj18 é um coletivo artístico fundado em 2017, formado por metade do duo audiovisual 18+. jj18 publicou recentemente um mix de 48 minutos acompanhado de um vídeo no label Houndstooth em Lóndres. Participantes de jj18 participaram, extensivamente, em performances e exhibições, na Europa e na America do Norte, em locais como a 55th Venice Biennale, o Frieze Projects London, Artists Space NYC e Berghainem Berlin.

jj18 recebe bolsa da instiutição Musicboard Berlin para realizar uma residência artística no Programa de Residências Vila Sul.

Website: http://justinswinburne.xhbtr1.com/18plus

Ana Hupe (1983) dedica-se a construir uma contramemória dos arquivos coloniais, abordando constantemente os movimentos imigratórios e exercitando práticas de descolonização. É doutora em Artes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e atualmente vive em Berlim.
 
Seus mais recentes projetos são “A lot of future for one single memory” (Port.: Muito de futuro para uma única memória), solo performance apresentada na FUNAJ – Fundação Joaquim Nabuco, Recife, após uma residência artística de dois meses; e “Malungas”, exposição que aconteceu simultaneamente na Mario Kreuzberg Gallery, em Berlim, e no Paço das Artes – Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. A base de pesquisa de ambos os projetos questiona os traços da história colonial nas sociedades de hoje e lida com o sentido de comunidade.
 
Entre diversas exposições coletivas e residências, Hupe fez parte da residência Kunstkvarteret Lofoten, na Noruega; da Greatmore House Artstudios, em Cape Town; recebeu o prêmio CCBB de Arte Contemporânea (2016), onde ela apresentou o trabalho solo “Readings to move the center” (Port.: Leituras para mover o centro) e foi agraciada pelo IPHAN com o “Prêmio Honra ao Mérito Arte e Patrimônio” (2014).
 
Durante sua residência em Salvador, ela investigará a história dos retornados, brasileiros e africanos que foram da Bahia para Lagos no final do século XIX.

Website: http://www.anahupe.com/

Jonathan Dotse é um escritor de ficção científica afrofuturista e artista de hipermídia digital, radicado em Accra, Gana. Estudou Ciências da Computação e Psicologia na Universidade de Windsor, no Canadá, e se formou na Universidade Ashesi, em Gana, como bacharel em Sistemas de Informação de Gestão. Criou o blog AfroCyberPunk em 2010 para explorar o potencial criativo da ficção científica africana e, desde então, publicou vários artigos e contos em várias publicações impressas e online, incluindo Jungle Jim, Sci Dev, Acceler8 ou Brave New Now (2014) e o livro do Goethe-Institut African Futures (2016).
 
Dotse está atualmente trabalhando em seu primeiro romance, um mistério/suspense de cyberpunk que acontece em Accra no ano 2057. Já dirigiu e desenvolveu uma série de produções de realidade virtual (VR), incluindo “Pandora” (2015), “Elsewhen”, uma experiência interativa de VR para a Bienal de Dakar (2016), e o filme documental “VR Spirit Robot”, que estreou no Sheffield Doc/Fest (2017) e foi produzido com o apoio do Goethe-Institut como parte do VR Africa Project.
 
Em janeiro de 2018, Jonathan lançou o AfroCyberPunk Interactive, um estúdio e uma editora digital de hipermídia, que visa a lançar novas formas de conteúdo imersivo e interativo e que encapsula um amplo espectro de tradicionais e novas mídias em experiências contínuas e multidimensionais.

A princesa Iya Adedoyin Talabi Faniyi (nascida Olayiwola-Olosun) vem de uma tradicional familia real e nasceu na propriedade real Iyadudu na cidade de Osogbo, estado de Osun, na Nigéria. Mais de 40 anos atrás, foi adotada pela senhora Susanne Wenger, também conhecida como Adunni-Olorisa.  Desde então, ela foi treinada por diferentes sacerdotes, sacerdotisas e vários novos artistas sagrados para participar de uma série de atividades tradicionais, incluindo têxteis e pinturas tradicionais.
 
Ela cursou a escola primária e o ensino secundário em Osogbo, de 1971-1982. É certificada em Literatura Oral Yoruba pelo Departamento de Línguas e Literaturas Africanas na Universidade Obafemi Awolowo Ile-Ife. É bacharel em Artes (Yoruba) pela Universidade de Ilorin (2001) e mestre em Estudos Africanos pela Universidade de Ibadan (2005).

Adedoyin Talabi Faniyi participou em atividades artísticas, culturais e tradicionais em Portugal, França, Alemanha e Austria onde ela engajou-se em numerosas exposições com sua mãe adotiva. Também fez parte de um programa de intercâmbio cultural com a Manchester Educational Board no Reino Unido para o Commonwealth Games em 2005.
 
Recebeu o título de chefe do Yeye Apesin Alabola, Masifa, Ejigbo em 2002. Trata-se de um reconhecimento a sua contribuição para a promoção da religião e cultura tradicionais da Nigéria e na Diáspora, o que tambem lhe concedeu prêmios como o Mérito pela União Nacional de Estudantes de Osogbo, Osun State Polytechnic IREE em 2002; Olympia Youth Carnival e Olugun Chapel, Osogbo em 2003; Oyo State College of Education, Departamento de Estudos Yoruba, Oyo em 2007. Ainda foi homenageada com o Prêmio de Excelência pela Comissão Nacional de Museus e Monumentos, Osogbo em 2008, bem como os prêmios Troupe Cultural Africana Ajogbare, a Troupe Cultural Oludare em 2010 e Troupe Cultural Africana de Salako em 2012.
 
Em 2006, ela foi convidada a participar na Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora em Salvador, Bahia, Brazil.  Em 2008, ela foi convidada por La Musee Du Quai Branly em Paris, França para participar de um programa cultural e tradicional que incluía entrevistas na Rádio France. Também foi professora convidada no Centro de Pesquisa Africana e Africana Americana na Duke University, em Durham, Carolina do Norte. Em 2011, foi convidada a presidir a tradicional abertura da Fundação Susanne Wenger em Kunsthalle, Krem, na Áustria.
 
Ela é uma alta sacerdotisa da religião tradicional yoruba em Osun, Obatala, Ifa, Egbe, Obaluaye, Ogboni, Aje, Baayanni e participa do culto de Orisa em Yorubaland e na diáspora.

Cineasta e artista de instalações, Isaac Julien CBE nasceu em 1960 em Londres, local em que até hoje vive e trabalha. Suas instalações fílmicas multiteladas e fotografias incorporam diferentes disciplinas artísticas para criar uma poética e linguagem visual única. Seu drama-documentário de 1989, intitulado “Looking for Langston”, explora o autor Langston Hughes e a Renascença do Harlem e conquistou um fã-clube, enquanto seu longa de 1991, “Young Soul Rebels”, ganhou o prêmio Semaine de la Critique no Festival de Cinema de Cannes.

Tendo trabalhado recentemente na conservação e restauro de imagens de “Looking for Langston” do seu enorme arquivo, ele exibiu os trabalhos fotográficos na Victoria Miro Gallery, Londres (2017), Jessica Silverman Gallery, São Francisco (2016) e Ron Mandos Gallery, Amsterdam (2016) e o próprio filme, em seu formato original de 16mm, projetado no Tate Britain.

As exibições solo e apresentações de Julien incluem Zeitz Museum of Contemporary Art Africa (Zeit, MOCAA), Cape Town (2017); Platform-L Contemporary Art Centre, Seul (2017); The Royal Ontario Museum, Toronto (2017); Fundação Louis Vuitton, Paris (2016); MAC Niterói, Rio de Janeiro (2016); Museo Universitario Arte Contemporáneo (MUAC), Cidade do México (2016); De Pont Museum, Holanda (2015); Museu de Arte Moderna, Nova Iorque (2013); Art Institute of Chicago, Chicago (2013); The Bass Museum, Miami (2010); Museu Brandhorst, Munique (2009); Museu de Arte Moderna, Dublin (2005); Centre Pompidou, Paris (2005); e Moderna Museet, Estocolmo (2005). Seu último trabalho, “Stones Against Diamonds” (Port.: Pedras contra Diamantes), foi exibido em 2015 como parte da Rolls-Royce Art Programme na Bienal de Veneza, na Art Basel e Art Basel Miami Beach.

Julien participou da inauguração do Pavilhão da Diáspora da 57ª edição da Bienal de Veneza em 2017 com “Western Union: Small Boats”. Anteriormente, apresentou “Kapital” e dirigiu “Das Kapital Oratorio” na 56ª edição da Bienal de Veneza, curada por Okwui Enwezor, em 2015. Seu trabalho foi também exibido no 7º Gwaangju Bienal, Coreia do Sul (2008); Prospect 1, New Orleans (2008); Performa 07, Nova Iorque (2007); e no documenta 11, Kassel (2002).

O trabalho de Julien é parte integrante de coleções que incluem: Tate, Londres; Museu de Arte Moderna, Nova Iorque; Centre Pompidou, Paris; Salomon R. Guggenheim Museum, Nova Iorque; Hirshhorn Museum and Sculpture Garden, Washington DC; Albright-Knox Art Gallery, Buffalo, Nova Iorque; Fundação Louis Vuitton, Paris; LUMA Foundation, Arles; Kramlich Collection; Zeitz Museum of Contemporary Art (Zeitz MOCAA), Cape Town. Em 2016, a Towner Art Gallery Collection (Eastbourne, UK) adquiriu “Ten Thousand Waves” (2010) como parte do programa Moving Image Fund. “Ten Thousand Waves”, trabalho de instalação de telas múltiplas aclamado internacionalmente, estreou em 2010 na Bienal de Sidney e foi exposto extensivamente – recentemente na Platform-L em Seoul (2017) e Fundação Louis Vuitton em Paris (2016), bem como no Museu de Arte Moderna, Nova Iorque em 2013, onde ele também publicou uma abrangente pesquisa monográfica de sua vida e obra, intitulada “Riot”.

Julien tem ensinado extensivamente, ocupando cargos como Presidente de Arte Global na Universidade de Artes de Londres (2014-2016) e Professor de Arte de Mídia na Staatliche Hoscschule für Gestaltung, Karlsruhe, Alemanha (2008 - 2016). Ele é o destinatário do Prêmio e Palestras Memorial James James Brudner ‘83 na Universidade de Yale (2016). Mais recentemente, recebeu o Prêmio Charles Wollaston (2017), pela mais destacada obra na Exposição de Verão da Royal Academy, e recebeu o título de Comandante da Mais Excelente Ordem do Império Britânico (CBE) nas honras de aniversário da rainha, 2017.

Mark Nash é um distinto curador independente, historiador de cinema e cineasta com especialização em Belas Artes Contemporâneas do Movimento e Práticas de Imagem, Vanguarda e Cinema Mundial. Atualmente, mora e trabalha em Londres, Inglaterra.
 
Nash ensinou amplamente; até recentemente, era professor e chefe do Departamento de Curadoria de Arte Contemporânea no Royal College of Art London, onde desenvolveu o programa Inspire, que tornava viável que curadores de origens marginais fizessem mestrado. Para este projeto, ele arrecadou de fundos públicos £ 3 de Libras Esterlinas.
 
Foi conferencista visitante em programas diversos, tais como o Whitney Museum Independent Study Program, em Nova Iorque, e no Departamento de História da Consciência, Universidade da Califórnia, Santa Cruz. Também ensinou em Harvard como Professor Adjunto no Departamento de Mídia Visual e Ambiental e foi estudante visitante no Departamento de Estudos Afro Americanos. Atuou como Professor Adjunto no Departamento de Estudos do Cinema da Universidade de Nova York e, em 2015, foi Visiting Research Fellow no Centro de Arte Contemporânea da Nanyang Technological University Singapore.
 
Atualmente, ensina curadoria de filmes no Departamento de Filmes, Mídia e Estudos Culturais no Birkbeck College, Universidade de Londres.
 
Como curador, Mark Nash frequentemente colaborou com Isaac Julien em inúmeros projetos de cinema e arte. Também colaborou com Okwui Enwezor – Documenta11, “The Short Century: Independence and Liberation Movements in Africa, 1945-1994”, em 2002 e, mais recentemente, no projeto “The Arena”, Bienal de Veneza 2015, incluindo uma leitura épica do livro “Das Kapital”, de Karl Marx.
 
Mais recentemente, ele organizou duas exposições de imagens em movimento: “Viva L'Italia”, no Museo Civico Archeologico em Bolonha (2017), para Artefiera Bologna, com foco no legado da cultura socialista dos anos 1970 em Bolonha, “The Coming Community”, MAMBO (2018) e, em 2016, trabalhou na exposição internacional “Yingxiang / The Shadow Never Lies” (com Joshua Jiang, curador da 4º Trienal de Guangzhou, 2012), com foco na imagem em movimento e no trabalho fotográfico contemporâneo para M21: Museu de Arte Minsheng do Século XXI, Xangai.
 
Mark Nash é doutor pela Middlesex University e mestre pela Cambridge University (Cantab). Além da publicação de “The Shadow Never Lies” (catálogo de acompanhamento da exposição), foi publicado, em 2016, um trabalho com uma introdução crítica intitulado “Red Africa: Affective Communities in the Cold War”, London: Black Dog Publishing.

Boris Pofalla, nascido em 1983, estudou História da Arte e Literatura Geral e Comparativa na Freie Universität Berlin. Durante cinco anos, escrevou para o jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung e hoje é autor do jornal Welt e da revista de arte Blau. Em 2015, lançou a sua primeira novela, Low, pela editora Metrolit, e, no final de 2017, em colaboração com o artista Robert Nippolt, publicou o volume gráfico “Wenn es Nacht wird im Berlin der Wilden Zwanziger” (port.: Quando a noite cai na Berlin dos selvagens anos vinte), pela editora Taschen-Verlag. Mora em Berlim e está escrevendo a sua segunda novela. 

“Ela é uma das mais quentes DJs dos clubes de Berlim e conhecida internacionalmente como Queen da ‘Eklektik Berlinistan’, não em vão carrega o título de ‘MC of cross-cultural understanding’” (Port.: MC de compreesão transcultural) (Daniel Bax – TAZ).
 
Vivendo entre Berlim e Istambul, queer-living DJ, produtora e curadora, DJ Ipek Ipekçioğlu tem uma reputação estabelecida nas cenas da vida noturna de todo o mundo. Já performou sua música em festivais como Glastonburry, Fusion, Sziget, At.tension, Berlin Festival e muitos outros eventos de música eletrônica e mundial. Gerou burburinho entre multidões de Nova Iorque até o deserto do Saara de Mali, desenvolvendo uma assinatura própria com o seu exclusivo e híbrido soundmix. Assim, tornou-se uma dos DJs mais populares da cena de clubes de Berlim e internacionalmente conhecida como Queen da Eklektik BerlinIstan.

Em seu espectro musical, o funk turco psicodélico se encontra com o disco, o folk dos Balcãs com o minimalismo, o folk de Anatólia com o deep house, kurdish halay com eletro, tango turco com break beat, bhangra com moombahton, dabke com reaggaton, folk albanês com twerk, bandari iraniano com tecno. Seu ‘EthnikFolkElektronikMix’ é livre de convenções e se recusa a ser limitado a um estilo, tempo ou gênero.
Os seus sets ‘Eklektik BerlinIstan’ proporcionam pausas surpreendentes para o curso constante da música de clubes hoje. Inspirada por sua paixão pela música étnica e pelos ritmos de genre-hopping, Ipek roda melodias da Turquia, do Oriente Médio, da Anatólia (Mesopotâmia) e dos Balcãs.

Em seus sets ‘electronic only’, leva ao deep-house, tech-house, minimalismo e tecno temperado com étnico e folk, com criativa mixagem ao vivo de beats vibracionais e basslines dramáticas.
Ipek deve a esta mistura especialmente versátil a homenagem da revista da cidade de Berlim, Zitty Magazin, como uma das “personalidades culturais mais importantes da capital”.

Mouhamadou Diol é membro administrador do grupo de Teatro Fórum Kàddu Yaraax, uma estrutura criada em novembro de 1994, em Dakar, Senegal, para apoiar a mobilização da comunidade contra todas as opressões sociais, como a poluição da Baía Hann, que é a área de residência da associação.

A principal atividade do Kàddu Yaraax é o Teatro Fórum, com atuações frequentes e regulares em todo o Senegal. Os instrutores realizam regularmente oficinas de teatro para companhias teatrais de diferentes cidades do país.

Atualmente, Mouhamadou é também coordenador do Festival Senegalês de Teatro Fórum, que se confirma, depois nove anos, como um lugar proeminente desta ferramenta interativa a serviço de comunidades em atividade para o desenvolvimento.

Esta residência tem o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo.
 

Paz Ortúzar é uma artista interdisciplinar, nascida em 1985, em Santiago, Chile, onde mora e atua. O seu trabalho é uma série de projetos com base em processos que englobam vídeos, objetos, instalações e performances. Através da sua prática, Paz encontra realidades na existência de objetos, ações e narrativas cotidianos; usando materiais comuns, ela tenta descobrir novas ideias em torno das noções de tempo, ciclos e vazio. Estudou Artes Visuais na Pontificia Universidad Católica de Chile (2008). Também é certificada em Estética da Arte Latino-americana (2008) e mestre em Belas Artes na Universidade de Pennsylvania, EUA (2014).
 
As suas obras foram exibidas internacionalmente de forma individual e coletiva em lugares como a Fjord Gallery, em Philadelphia (EUA), The Arnold and Sheila Aronson Galleries, em Nova Iorque (EUA), MUCHA, em Mendoza (Argentina), FRANZ JOSEP KAI 3, em Viena (Áustria), e Museo Nacional de Bellas Artesm em Santiago (Chile). Recebeu prêmios como o CONYCIT Scholarship, Fondart Nacional, Vermont Studio Center Fellowship, Oakley Medal of Achievement e, recentamente, o Juan Downey Creation and Autorship Award.
 
Além de sua prática artística, desenvolveu e trabalhou em vários projetos curatoriais como No Horizon, em Santiago e Roswell, Migratory Patterns, em Nova Iorque, e En Medio: Arty y Sociedad, em Santiago, entre outros.

Paz Ortuzar recebeu um prêmio do Goethe-Institut Santiago do Chile para realizar uma residência artística no Programa de Residências Vila Sul.

Ángela Bonadies (Caracas, 1970) é uma artista cujo trabalho está focado em memória, arquivo, espaço urbano e pensamentos sobre a imagem fotográfica na perspectiva da fotografia. Suas exposições recentes incluem: “West Side” (pt.: Lado Oeste), na Galeria Abra, Caracas, Venezuela; “Magical (un) Real: Entranced Land” (pt.: Mágica (ir) Real: Terra Fascinante), no Momenta Art, Brooklyn, EUA; “Translocations” (pt.: Deslocamentos), na Galeria Arts Santa Mònica, Barcelona, Espanha; “Bonadies + Caula: cartografías de un territorio compartido” (pt.: Bonadies + Caula: cartografias de uma território compartilhado), no Centro de Histórias de Zaragoza, Espanha; “The Beast and the Sovereign” (pt.: A Fera e o Soberano), no Museo de Arte Contemporáneo de Barcelona (MACBA), Barcelona, Espanha e Württembergischer Kunstverein (WKV), Stuttgart, Alemanha; “The White Elephant” (pt.: O Elefante Branco), na After-the-butcher gallery, em Berlim, Alemanha; e “Global Activism” (pt. Ativismo Global), no Zentrum für Kunst und Medientechnologie (ZKM) em Karlsruhe, Alemanha.

Bonadies recebeu o Prêmio Latinoamericano de Fotografia Josune Dorronsoro 2004 e a Ayuda a la Creación 2008, oferecida pelo centro de criação Matadero Madrid. Seu projeto “La Torre de David” (pt.: A Torre de David) recebeu o reconhecimento Best Architecture and Landscape Projects 2011 (pt.: Melhor Projeto de Arquitetura e Jardinagem 2011), promovido pela revista Polis e pelo site DomusWeb (DomusWeb Best of Architecture 2011). Em 2016, foi convidada como artista residente na 18th Street Arts Center em Santa Monica, Califórnia, em conjunto com o Los Angeles County Museum of Art (LACMA), para participar da exibição “A Universal History of Infamy / Pacific Standard Time: LA/LA” (2017-2018).
 
Ángela Bonadies recebe bolsa do Goethe-Institut Caracas para a residência no Programa de Residência Artística Vila Sul do Goethe-Institut Salvador-Bahia. 

Julia Phillips nasceu e cresceu em Hamburgo e é cidadã da Alemanha e dos EUA. Estudou Artes Visuais na Academia de Belas Artes de Hamburgo (HFBK) e morou em Berlim por 18 meses antes de se mudar para Nova Iorque para participar do mestrado no Programa MFA da Universidade de Columbia. Depois de se formar em 2015, frequentou o programa Whitey seguido de uma residência na Skowhegan e, finalmente, uma residência de um ano no The Studio Museum no Harlem em 2016-17, seguida diretamente por uma residência de um mês na Denniston Hill, na zona norte de Nova Iorque.
 
Julia trabalha principalmente com cerâmicas e metal, criando esculturas que lembram objetos funcionais que se relacionam com o corpo humano. Ela também trabalha em papel e em vídeo. Phillips descreve seus interesses intelectuais como enquadrados pelo pensamento psicanalítico feminista negro e biracial.
 
Já mostrou seu trabalho na Europa e nos EUA, em cidades como Berlim, Londres, Viena, Varsóvia, Los Angeles e Nova Iorque. Suas exibições mais recentes foram uma exposição coletiva organizada pelos curadores membros do Whitney Program na The Kitchen, “Dreamers Awake” (Port.: Sonhadores Acordados) – uma exibição coletiva sobre  um grupo de mulheres artistas e surrealismo no White Cube London, e a exposição Artist-in-Residency “we Go As They”, no The Studio Museum no Harlem, que está em cartaz até o início de janeiro de 2018.

Radicada em Atenas, Grécia, Marina Fokidis é curadora e escritora. Em 2014, foi diretora do escritório artístico Atenas e curadora-conselheira do documenta 14. Fundou a Kunsthalle Athena und South as a State of Mind, revista bianual de arte e cultura.
 
Em 2011, foi uma das curadoras da 3ª Bienal de Thessaloniki (www.thessalonikibienniale.gr). Também foi comissária e curadora do pavilhão grego da 51ª Bienal de Veneza (2003) e uma das curadoras da 1ª Bienal de Tirana (2001). Foi ainda curadora-adjunta no Art Space Phytagorion da Schwarz Foundation, onde curou apresentações individuais com trabalhos recém-comissionados por Slavs e Tatars (2013) e Nevin Aladag (2014). De 2001 a 2008, ela atuou como codiretora da Oxymoron, uma organização sem fins lucrativos de Atenas, dedicada à promoção das artes visuais contemporâneas na Grécia em nível internacional.
 
Escreveu ensaios para diferentes coleções editadas, para artistas, catálogos de exposições, diversas revistas e publicações internacionais de arte, incluindo Frieze, Art-Agenda, Artinfo, Flash Art e Australia, Manifesta Journal, Empires Ruins e Networks, entre outras. Também participou de muitas conferências e discussões internacionais, incluindo Arco 2010, Art Basel Conversations 2013, Global Art Forum, Art Dubai 2014, Bienal de Liverpool 2016 e Bienal de São Paulo 2014 e 2016. Foi membro do corpo de jurados de vários prêmios, 2013 Furla Award, Bes Revelaco 2013 – Serralves Museum, entre outros, e fará parte do júri internacional do Videobrasil 2017.
 
Foi membro associada da Akademie Schloss Solitude, um programa internacional de residências artísticas, e atualmente é integrante da AICA (Association Internationale des Critiques d’Art).
 
Marina Fokidis recebe bolsa do Goethe-Institut São Paulo para a residência no Programa de Residência Artística Vila Sul do Goethe-Institut Salvador-Bahia. 

Pauchi Sasaki foi descrita pela revista norte-americana The Wire como uma artista “com coragem de trabalhar dentro de diferentes disciplinas e sem restrições estilísticas”. Seus conhecimentos interdisciplinares integram composição musical com design de performances multimídia, novas tecnologias e design de instrumentos, em busca da incorporação da performance à música eletrônica. Compositora, performer e improvisadora, sua música recria paisagens subjetivas íntimas através da mixagem de sonoridades eletroacústicas com gravações da natureza e sintéticas, influenciadas por estéticas de improvisação e tradições musicais étnicas. Ativa compositora de música incidental para cinema, as trilhas de Pauchi Sasaki figuram em mais de 30 longas e curtas-metragens.
 
Pauchi Sasaki recebe bolsa do Goethe-Institut Lima para a residência no Programa de Residência Artística Vila Sul do Goethe-Institut Salvador-Bahia. 

Adama Amanda Ndiaye é a talentosa designer e empreendedora atrás da marca Adama Paris. Nascida em Kinshasa, Congo, de pais Senegaleses, a bem viajada jovem mulher incorpora o designer multicultural do novo milênio.

Adama fez de diversas cidades internacionais sua casa, permitindo-lhe testemunhar uma enorme variedade de tendências através dos anos. Sua odisseia fashion global inspirou o nascimento do espírito da Adama Paris. Fashion feito na África para o mundo é o conceito da marca.

Adama vive entre Dakar, Los Angeles e Paris. Megalópoles urbanas são a fonte de inspiração para esta jovem cidadã do mundo afropolitana do século XXI.
 
Adama Paris não reflete apenas um caminho dinâmico e elegante de vestir, mas também o espírito da jovem mulher contemporânea. Conecta culturas e contempla as mulheres que se recusam a ser definidas por uma imagem demasiadamente limitada e muitas vezes controlada por uma marca ou uma cultura.
 
Imbuída do desejo de compartilhar fashion e de criar pontes multiculturais, Adama lançou muitos eventos pelo mundo, como a Dakar Fashion Week, há 15 anos, e, em 2010, a Black Fashion Week, em Praga, Montreal e, na sequência, Nova Iorque, além dos Africa Fashion Awards, que se tornaram “les trophés de la mode Africane” (pt.: os troféus da moda africana) (TMA).
 
Em abril de 2014, Adama lançou no Senegal a “Fashion Africa TV” (FA TV), primeiro canal de televisão 100% dedicado à moda africana, exibida em 44 países africanos no canal 24 do Canal+, em 33 países da Europa e em 13 da América, com Roku Box.
 
Adama é uma fashion ativista que quer colocar a moda feita na África no mapa da moda mundial e também dar visibilidade à mulher negra na luta contra a discriminação e falta de oportunidades existentes na indústria da moda.
 
Adama Paris recebe bolsa do Goethe-Institut Dakar para a residência no Programa de Residência Artística Vila Sul do Goethe-Institut Salvador-Bahia. 

Escultora, videografista e landartist (pt.:  paisagista), Sandra Tannous atualmente vive e trabalha em Montreal, Canadá. Dois projetos de arte em espaço público e várias exibições solo e coletivas já a levaram a Quebec, França e Suíça. Ela possui título de bacharel em Artes Visuais pela Laval University de Quebec, Canadá, e também estudou design ambiental na Ecole Nationale des Beaux-Arts, em Bourges, França. Após seus estudos em arquitetura e paisagismo, foi aprovada pela Canadian Society of Landscape Architecture.
 
As origens do seu trabalho estão em torno da escala humana. Ela procura compreender como pessoas organizam seus espaços e quais ferramentas utilizam no processo. Trabalhando entre o urbano e o natural, cria harmoniosas instalações, as quais potencializam a relação que as pessoas têm com seu ambiente. Levando em consideração a história do lugar, ela se movimenta livremente entre a galeria e o espaço público.
 
Sandra Tannous recebeu bolsa do Conseil des arts et des lettres du Quebéc (CALQ) para realizar uma residência artística no Programa de Residências Vila Sul.

Músico solo e produtor musical, Allie vive e trabalha em Berlim, Alemanha. Sua música parece, de acordo com a revista Popmonitor, “uma peculiar mescla de arranjos robóticos e acústicas dinâmicas em algum lugar entre uma ameaça misteriosa e uma intimidade terna”.
 
Após produzir dois álbuns na tradição do Do it yourself (pt.: faça você mesmo) e realizar os primeiros shows em Nova Iorque, Allie assinou um contrato com a Hamburg Indie-Label Clouds Hill (Faus, Bosnian Rainbows, Turbostaat) em 2012 e produziu, no mesmo estúdio, seu terceiro álbum, Uncanny Valley (pt.: vale lúgubre). Realizou mais de 200 shows solo em toda a Europa, também uma turnê no Canadá, patrocinada pela Initiative Musik, e muitas apresentações de apoio para Angel Olsen, Adam Green e SEA+AIR, entre outros.
 
Para o álbum seguinte, Allie, ele se transferiu para o estúdio Berlin Label Motor Music. O patrocínio da Musicboard Berlin permitiu que ele mesmo fosse produtor e diretor e que colaborasse com outros artistas (Black Cracker, Talking Straight). Allie ampliou seu show ao vivo, até então “orgias de calma verdadeiras” (Melodie & Rhythmus), incluindo uma banda de apoio, e o apresentou em vários festivais (Reeperbahnfestival, Fusion Festival, 3000 Grad, entre outros).
 
No final de 2015, um novo patrocínio da Initiative Musik fez com que viesse para o Brasil, tendo se apresentado no Rio de Janeiro, Curitiba e Blumenau.
 
Allie recebe bolsa da instiutição Musicboard Berlin para realizar uma residência artística no Programa de Residências Vila Sul.

Nadine Siegert é chefe adjunta do Iwalewahaus, museu e centro de pesquisa da Bayreuth Universität (Universidade de Bayreuth, Alemanha). Estudou Etnologia, Filosofia e Sociologia na Johannes Gutenbert Universität Mainz (Universidade de Mainz, Alemanha). Em 2006, transferiu-se para a Bayreuth Universität, onde trabalhou como pesquisadora em projetos de pesquisa para artes midiáticas na Iwalewahaus e como curadora de exposições sobre arte contemporânea africana. Em 2013, conclui doutorado em Arte Contemporânea em Angola, pela Bayreuth International Graduate School of African Studies. Desde 2016, coordena o projeto de pesquisa African Art History and the Formation of a Modernist Aesthetic (pt.: História da Arte Africana e a formação de uma Estética Modernista) e investiga a estética socialista na África, especialmente a iconografia de militantes femininas na África lusófona. Suas curadorias de exposições mais recentes foram: Mashup (pt.: Mistura) (2015), Things Fall Apart (pt.: Coisas desmoronam) (2016) e FAVT: Future Africa Visions in Time (pt.: Visões Africanas Futuras no Tempo) (desde 2015).
 
Nadine Siegert recebe bolsa da Robert Bosch Stiftung para realizar uma residência artística no Programa de Residências Vila Sul.

Paul Ingendaay, jornalista e escritor alemão, nasceu em 1961 em Colônia, Alemanha. Após concluir seus estudos em filologia americana, espanhola e alemã, atuou como correspondente internacional do jornal Frankfurter Allgemeinen Zeitung, em Madrid. Desde 2016, trabalha para o mesmo jornal como correspondente europeu (cultura) em Berlim, produzindo reportagens das capitais e arredores.
 
Por seu romance Warum du mich verlassen hast (2006) (pt.: Porque você me deixou), Paul Ingendaay recebeu o prêmio Aspekte-Preis pela melhor prosa de estreia em língua alemã, assim como o prêmio Niederrheinischen Literaturpreis. Seguiram-se o romance Die romantischen Jahre (2011) (pt.: Os Anos Românticos) e a coletânea de histórias Die Nacht von Madrid (2013) (pt.: A Noite de Madrid). Seus ensaios de não-ficção são: Gebrauchsanweisung für Spanien (14ª Edição, 2016) (pt.: Manual de Instruções para a Espanha), Gebrauchsanweisung für Andalusien (2013) (pt.: Manual de Instruções para a Andalusia) e a monografia Mark Twain: Ein Leben in Bildern (2015) (pt.: Mark Twain: Uma vida em Imagens). Ingendaay é coeditor da edição em 32 volumes de Patricia Highsmith (Editora Diogenes) e escreve regularmente sobre literatura do mundo das línguas espanhola e inglesa.
 
Paul Ingendaay recebe bolsa da Robert Bosch Stiftung para realizar uma residência artística no Programa de Residências Vila Sul.
 

Adam Kinner é um artista Americano que vive e trabalha em Montreal, no Canadá. Após realizar sua formação e carreira em música, em 2011 ele passou a trabalhar com dança como forma de experimentar com os potenciais radicais do corpo. Seu trabalho atravessa a música, performance, coreografia e documentação, ao passo que compõe o corpo performático entre as matérias, afetos, discursos, histórias e objetos do presente vivido.
 
Seu trabalho já foi apresentado em teatros, festivais de performance, palcos de dança e galerias em Montreal, inclusive a Tangente, OFFTA, Studio 303, Usine C, o McCord Museum, SBC Gallery, Leonard & Bina Ellen Gallery, Gallerie d’UQAM and Innovations en Concert, bem como em Toronto, Washington DC, Chicago, Nova Iorque, Berlim e Rotterdã. Além do trabalho solo ele também realiza colaborações com Noémie Solomon (EUA), Ame Henderson and Public Recordings (Toronto), Jacob Wren and PME-ART (Montreal) e Christopher Willes (Toronto/ Montreal).

Adam Kinner é bolsista do Conseil des arts et des lettres du Quebéc (CALQ) – Conselho de Artes e Letras de Quebec e residente da Vila Sul. 

Ele apresentou na Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA) a performance “Intempestivamente”, dirigida em colaboração com três artistas locais: Ana Brandão, Nerfetiti Charlene Altan e Thiago Cohen.

Mohamed Elshahed vive no Cairo, é arquiteto, pesquisador independente e escritor. Ele é o curador do Modern Egypt Project (port.: Projeto Egito Moderno) do British Museum. Elshahed tem graduação em Arquitetura pela New Jersey Institute of Technology e mestrado em Estudos da Arquitetura do MIT e leciona história da arquitetura na American University no Cairo. Em 2014-15 ele foi professor pos-doutor adjunto de Histórias da Arte e Práticas Estéticas do fórum Transregionale Studien, sediado em Berlim. Elshahed é doutor pelo departamento de Estudos do Oriente Médio da New York University. Atualmente ele está preparando o manuscrito de seu livro Revolutionary Modernism? Architecture and the Politics of Transition in Egypt, 1936-1967 (port.: Modernismo Revolucionário? Arquitetura e as Políticas de Transição no Egito, 1936-1867), que foca em arquitetura e planejamento urbano no Egito durante o período de transição política em torno do golpe de estado de 1952. 

Gunther Schumann (*01/12/1987 em Berlim, Alemanha) é artista gráfico, ilustrador e pintor de murais e quadrinhos. Ele trabalha e vive em Halle (Saale), Alemanha desde 2009. Schumann fez sua gradução de 2009 – 2015 no Castelo Giebichenstein, Universidade de Artes em Halle e estudou de 2012 – 2013 na Mimar Sinan Güzel Sanatlar Üniversitesi em Istanbul.
 
Dentre as exposições e performances realizadas por ele destacam-se Wagemutig, festival de curta metragem, Halle 11/2016; Fantifantastisch, exposição em grupo, Halle 10/ 2016 – 01/ 2017, Fundação de arte Sachsen-Anhalt; exposição em grupo, Freiraumgalerie, Halle 10/ 2016; Utopias do dia-a-dia, exposição em grupo, Comicsalon Erlangen, Erlangen 05/ 2016; All You Can Paint Effects, Freiraumgalerie, Halle 05/ 2015; exposição de design award, Fundação de arte Sachsen-Anhalt, Halle 10/ 2015; exposição em grupo, Galerie Solitaire, Berlim 01/ 2014; exposição em grupo, Kooperatif Art Space, Istanbul 03/2013; exposição em grupo, Bauhaus, Dessau 06/ 2012. Além disso Schumann realizou 12/ 2015 o projeto Graphic Short Stories of everyday life no Goethe Institut Istanbul.
 
Gunther foi nomeado para o prêmio Kurzsüchtig no festival de curtas em Leipzig em 2016 e ganhou o segundo lugar no One-Take festival de filme em Viena também em 2016. Além disso foi nomeado para o prêmio de design em Halle em 2015. No período de 02 – 05/2016 Schumann recebeu uma bolsa da Kunststiftung Sachsen-Anhalt para a realização dos seus trabalhos em Halle.
 
Gunther Schumann é bolsista da Kunststiftung Sachsen-Anhalt e residente da Vila Sul. 

Subasri Krishnan é cineasta e também encabeça o Media Lab do Indian Institute for Human Settlement - IIHS (Instituto Indiano para Assentamos Humanos), instituição educativa que lida com o urbano. Seus filmes lidam com política contemporânea.
 
Seu primeiro filme, Brave New Medium (port.: Admirável Meio Novo) sobre censura à internet no Sudeste Asiático tem sido apresentado em festivais nacionais e internacionais. O premiado This or That Particular Person (port.: Essa ou Aquela Pessoa em Especial) se volta para a noção de documentos de identidade oficiais e, naquele contexto, para o número de Identidade Única.  O filme recebeu o prêmio de Melhor Curta Documentário no Festival Internacional  de Curtas e Documentários de Kersala (IDKSFFK), em 2013. Seu filme mais recente What the Field Remembers (port.: Do Que Se Lembra o Campo) sobre o massacre de Nellie ocorrido em Assam em 1983, explora as ideias de memória, violência e justiça através das narrativas dos sobreviventes.
 
Como parte do Media Lab no IIHS, ela leciona e faz a curadoria do festival Urban Lens (port.: Lentes Urbanas). Ela também é diretora da edição de 2017 do festival de cinema  IAWRT - International Association of Women in Radio and Television (port.: Associação Internacional de Mulheres em Rádio e Televisão). Antes de estudar cinema, Subasri Krishnan trabalhou na publicação acadêmica “Seminar”.

Susanna Gyulamiryan, (nascida em Yerevan, Armênia) é curadora e crítica de arte que estabeleceu e desenvolveu diversos programas expositivos, educativos e de pesquisa na Armênia e internacionalmente. Em 2007 ela foi co-fundadora do Laboratório de Estudos de Arte e Cultura (ACSL), onde ela é atualmente a presidente nomeada. Em 2008 ela iniciou o programa internacional de artistas em residência  ‘Art Commune’ . Desde 2006 Susanna Gyulamiryan é membro do AICA-Armênia (Associação Internacional de Críticos de Arte). Ao longo de dez anos Susanna Gyulamiryan lecionou cursos em Estudos Culturais e Arte Feminista (Teoria e Prática) no departamento de Belas artes na Universidade Aberta da Armênia) e conduziu um curso de mestrado em Estudos de Gênero no departamento de Estudos Culturais na Universidade Estadual de Yerevan.

Suas publicações mais recentes incluem “‘Women’s Art versus Feminist Art. Categories and Contradictions in Art Practices of Armenia’, (Arte de Mulheres versus Arte Feminista. Categorias e Contradições nas Práticas de Arte na Armênia) in ‘Manifestation of Women’s Movement in Armenia at the end of 20th beginning of 21st Century, G.Shahnazaryan (ed.), ZartPrint, 2015; ‘Women’s Art in Armenia. Categories and Contradictions in Contemporary art of Armenia’, (Arte de Mulheres versus Arte Feminista. Categorias e Contradições nas Arte Contemporânea na Armênia) in ‘Women’s Museum. Curatorial Politics in Feminism, Education, History and Art’, Elke Krasny (ed), Frauen Museum Meran and contributors, Loker Verlag, Austria, 2013; ‘Thoughts Provoking Art. Possibility of the Angel’(Arte Instigante. A Possibilidade do Anjo), in ‘Plot for a Biennial’, 10th Sharjah Biennial of Contemporary Art, Susan Cotter, Rasha Salti (eds), Sharjah Art Foundation, UAE, 2012; ‘All Others’ (Todos os Outros), in ‘Human Doors’, S.Gyulamiryan (ed), ACSL, Armenia.
 
Projetos curatoriais recentes incluem: Political and Cultural Paradox of V.Shukhov ‘Alternative Modernity/Alternative Colonization in Soviet Empire. Rethinking Post-Soviet’,(Paradoxos Políticos e Culturais de V. Shukov – ‘Modernidade Alternativa/ Colonização Alternativa no Império Soviético. Repensando o Pós-Soviético) pesquisa de campo e exposição, GARAGE Museu de Arte Contemporânea de Moscou, RF, 2017 (em construção); ‘Come Close. Art from Different Angles’ (Se Aproxime. Arte de Diferentes Ângulos),exposição internacional de artistas da Armênia, França, Irã, e Suíça, co-curadora: Alina Mnatsakanian (sz), Le Manoir de la Ville de Martigny, Suíça; ‘Taking Position. Identity Questioning’ (Tomando Posição. Questionamento de Identidade), pesquisa, falas públicas e exposição de artistas e curadores da Armênia e Itália, co-curadora: Aria Spinelli (it), FARE-CCA, ACSL, Frigoriferi Milanesi, Milão, Turin, Florença, Yerevan, Vanadzor, 2013; ‘Dependency Culture as a State of Mind’ (Dependênica Como um Estado de Espírito), exposição internacional (uma afirmação visual à chamada aberta da Berlin Biennale (BB7)), Interior DAsein (Kolonie Wedding), Berlin, Alemanha, 2012; ‘Art and Power - Atlantis 11’ (Arte e Poder – Atlantis 11) dentro da HEICO (Herança, Identidades e Comunicação em Práticas Artísticas Contemporânea Europeias), co-curada com uma rede internacional de curadores, 54th Bienal de Veneza, Itália, 2011; ‘Gender Trouble’(Problema de Gênero), series de exposições e falas públicas e exibições, Yerevan, Armenia, 2008-2011; ‘Possibility of the Angel’(Possibilidade do Anjo), 10ª  Bienal de Arte Contemporânea, Sharjah, UAE, 2010; ‘Subjects-Objects of the History and Their Stories’ (Sujeitos-Obketos da História e suas Histórias), Centro Para Indústrias Criativas FABRIKA, Moscou, Rússia, 2009; ‘Inter-diagnose’(Inter-Diagnóstico),  Fórum internacional de arte contemporânea, série de seminários do crítico cultural H. Bayadyan e international exposição de artistas da Armênia, Noruega, França, Taiwan, Finlândia, Canadá, Artists’ Union, Yerevan, Armênia, 2008.

Klaus Janek e Milena Kipfmüller trabalham juntos desde 2013, nas suas colaborações desenvolvem „instrumentos performativos“ na interface entre encenação, arte de rádio e som. Nas suas composições eles produzem sonoridades insólitas e de um som diferente através do processamento musical de material musical já existente, field recordings e sons baseados na lingua humana. Os trabalhos são muitas vezes específicos do local ou acontecem no espaço público, além disso são fortemente marcados por influências externas e pelos arredores. No processo compositivos se inscreve não só o contexto acústico, mas também o contexto estético, político e social.

Klaus Janek nasceu em Bozen e vive em Berlim desde os anos 90 onde trabalha como contrabaixista e compositor na cena livre e experimental entre outros na area de dança e teatro.

Milena Kipfmüller nasceu em Porto Alegre e cresceu entre o Brasil e a Alemanha. Ela trabalha em Berlim como artista de sonoridade/som, autora de peças radiofónicas e dramaturga.

Em Salvador o duo analisa micropartículas do diálogo acústico entre diversos actores acústicos. Além disso investiga como um diálogo compositivo em concertos encenados ao público pode surgir, entre eles, artistas locais, transeuntes e o espaço público. 

Eles são bolsistas da Fundação Robert Bosch.
 

Kudzanai Chiurai nasceu em 1981 em Harare, no Zimbábue, onde vive e trabalha. O foco de seu trabalho está em traçar as trajetórias das condições políticas, sociais e econômicas de sua terra natal do colonialismo e independência até os dias atuais.

Chiurai se formou em Belas Artes pela University of Pretoria em 2005 e continuou morando na África do Sul por vários anos, onde fez diversas exposições individuais com a Goodman Gallery, acompanhadas de publicações co-editadas por ele em parceria com criadores e pensadores sul-africanos de destaque. Dentre as exposições internacionais realizadas por ele destacam-se The Divine Comedy: Heaven, Purgatory and Hell Revisited (“A Divina Comédia: Paraíso, Purgatório e Inferno Revisitados” em tradução livre) com curadoria de Simon Njami no Museum für Moderne Kunst, Frankfurt (2014) e SCAD Museum of Art, em Savannah, EUA (2015); Impressions from South Africa, 1965 to Now no Museum of Modern Art in New York (2011), que comprou obras de Chiurai para a coleção do museu;e Figures & Fictions: Contemporary South African Photography na Victoria and Albert Museum em Londres (2011). Sua série Conflict Resolution foi incluida na Documenta 13 em Kassel em 2012e seu filme Iyeza compôs o programa de curtas New Frontier do festival de cinema Sundance em 2013. Chiurai recebeu o prêmio FNB Artist of the Year na África do Sul em 2012.