Estreia de série de lives acontece no dia 13 de maio, data de assinatura da Lei Áurea
A memória é uma prática. Precisa de repetição para se manter viva e aberta para mudanças de narrativa. Como lembrar da escravidão? Como lembrar do holocausto? Como dar significado a eventos traumáticos do passado, enquanto atos e estruturas racistas e antissemitas continuam ameaçando a vida e o convívio no presente?
Essas são indagações presentes no projeto "Nossas vozes. A escuta nas políticas de memória", uma série de lives para discutir o ódio e o racismo contemporâneos em uma perspectiva histórica. Os debates, que começam no próximo dia 13 de maio, jogam luz sobre os temas abordados pela exposição "Nossa Luta: a perseguição dos negros durante o Holocausto”.
A mostra aborda o tratamento dado pelos nazistas aos afro-alemães e africanos. Realizada pelo Museu do Holocausto de Curitiba em parceria com a Clínica de Direitos Humanos da PUC do Paraná e com o Centro Cultural Humanita, veio para o Rio de Janeiro em 2020, com o apoio do Goethe-Institut. No entanto, as restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus interromperam a visitação do público.
A série de lives, transmitidas no canal do Goethe-Institut no YouTube, terá quatro encontros, o primeiro no dia que marca a assinatura da Lei Áurea:
Dia 13 de Maio, 17h.
Políticas de Memória - Colonialismo e holocausto
Live no YouTube
Debatedores:
Felix Axster, historiador do Centro de estudos de anti-semitismo da Universidade Técnica em Berlim.
Leandro Santana, ator e diretor de teatro, diretor do MUHCAB.
Luciane Dom, produtora musical, cantora e historiadora.
Moderação:
Astrid Kusser Ferreira e David Alfredo
Tradução:
Raquel Luciana de Souza
Minibios
Felix Axster é historiador no Centro de Estudos de Antissemitismo, na Universidade Técnica em Berlim, e coorganizador da tradução do livro de Michael Rothberg, "Multidirectional Memory. Remembering the Holocaust in the Age of Decolonization" ("Memória Multidirecional. Lembrando o Holocausto na Época da Decolonização”).
Leandro Santana, ator e diretor de teatro, é diretor do MUHCAB. Com participação em mais de 30 espetáculos, foi indicado ao Prêmio Shell de melhor ator por seu papel em "Lima entre nós”. Reúne diversas participações em filmes e novelas, sendo um dos articuladores da Rede Baixada Encena e da Frente Teatro RJ, além de membro da coordenação externa do Artes Cênicas em extensão - UNIRIO.
Luciane Dom é cantora e historiadora. Vive no Rio de Janeiro e representa uma nova geração de artistas no Brasil. Sua música, que combina ritmos e elementos do afrobeat, reggae e modern jazz, denuncia a injustiça e a desigualdade social.
Raquel Luciana de Souza é acadêmica interdisciplinar afrobrasileira, tradutora e intérprete, doutora em Antropologia Social, com especialização em Estudos da Diáspora Africana pela Universidade do Texas em Austin.
David Alfredo é graduado em história pela Universidade Cândido Mendes. Desde 2010, dedica-se à educação museal, tendo passado pelos programas educativos e por exposições de instituições como CCBB-RJ, MAM-Rio, Academia Brasileira de Letras, Galpão Bela Maré, Museu de Arte Popular Janete Costa e Museu do Amanhã. Neste, co-idealizou o programa Evidências das Culturas Negras.
Astrid Kusser Ferreira é doutora em História e coordenadora da programação cultural do Goethe-Institut Rio de Janeiro.
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