Durante os meses de outubro e novembro de 2021, foi iniciado um processo de escuta e diálogo, para identificar as ideias que suscitam em nossos feminismos quando falamos sobre leis, direitos, juízes, sentenças, condenações e impunidade.
Durante esse período, convidamos ativistas de sete países sul-americanos para discutir e refletir, a partir de uma perspectiva transterritorial, sobre suas experiências no acesso à justiça e no combate à violência de gênero.
Paralelamente, foi criada a plataforma (
memoriafeminista.org), destinada a catalogar sentenças judiciais como instrumentos "legais" e "culturais", tornando visível seu papel na perpetuação da violência. Essa iniciativa deve ser vista como uma contribuição para o debate atual sobre a necessidade de uma reforma do Judiciário a partir uma perspectiva feminista
Ao mesmo tempo, pensamos num espaço específico voltado para a construção de uma memória coletiva que possibilitará outros formatos de expressão. O objetivo desta busca é criar as condições necessárias para recuperar as vozes silenciadas daquelas mulheres que foram vitimadas sem oportunidade de se expressarem.